Capítulo 10 - Cúmplice insanidade
Com o rosto voltado para baixo, após o impacto, jazia sem vida, afogado em seu próprio sangue, enquanto a penumbra da noite dominava os céus.
Apenas o som das janelas batendo ecoava pelo recinto, como um lamento.
O ruído tornava-se um sinistro prelúdio ao macabro ritual de passagem, uma punição imposta pela possessão do miserável, que o transformava em uma marionete de sua própria ruína.
No centro desse cenário de morte, os pigmentos negros começaram a surgir, ondulando sobre a viscosidade escarlate como sombras. Consumiam, com uma voracidade sobrenatural, cada gota do sangue derramado, até que este começasse a evaporar, dissolvendo-se em um véu efêmero.
Nenhuma mancha, nenhum vestígio da tintura fúnebre foi deixado para trás, como se a própria realidade se recusasse a guardar memória daquele ato profano.
O calor era avassalador, como uma fogueira que irrompe na escuridão, suas chamas crepitando em torno de seu corpo, famintas e indomáveis. Seus músculos enrijeceram e incharam, como se fossem esculpidos em tempo real, ganhando massa de maneira sobrenatural. Uma pressão sufocante emanava de seu ser, espalhando-se como ondas no ar, enquanto se erguia do chão em um movimento abrupto. De forma assustadora, ascendeu, uma monstruosidade nascendo no ápice de sua transformação.
Mas, no mesmo instante, desabou de joelhos, esmagado pelo peso opressor da morte que ainda o assombrava, uma sombra insuportável em suas costas. Sua respiração era irregular, entrecortada, cada ofego carregando a memória do abismo dos mundos do qual ele acabara de emergir.
De repente, garras surgiram em seus pés e mãos, rompendo seus sapatos e arranhando violentamente o piso abaixo de si. Ao mesmo tempo, uma escuridão viscosa começou a preencher o vazio em seu peito, onde antes havia um coração dilacerado. As manchas negras trabalhavam incansavelmente, célula por célula, como tecelãs de carne e vida, reconstruindo cada detalhe. Era como se o próprio coração, movido por sua vontade, decidisse renascer de suas cinzas, recusando-se a sucumbir.
Ao abrir os olhos, um abismo profundo de negrume os dominava, com veias escuras irradiando-se por baixo deles, como raízes. Gemidos indecifráveis ecoavam, sons disformes que vibravam com a agonia. Ele se apoiou nos joelhos, o corpo tremendo como se desafiasse a gravidade que o prendia novamente.
Com esforço quase sobre-humano, tentou mais uma vez se erguer.
E então conseguiu. Uma onda distante de sons ecoou em seus tímpanos; o cheiro denso e mundano do mundo alcançou suas narinas.
— Novamente… esse ar… esse vento… — A voz era rouca e hesitante.
Mas era o demônio, latente dentro de seu corpo, quem verdadeiramente sentia a vertigem de estar vivo, de habitar uma casca que não nasceu, mas que agora incorporava. O buraco em seu peito fechou-se com um estalo silencioso e definitivo. Um fio de líquido púrpura escorria por seus lábios, deslizando até seus pés. O contraste, estranhamente vermelho, é um lembrete de sua origem — um ser condenado a transitar entre o que é humano e o que jamais deveria existir.
Isso o surpreende genuinamente. Seus dedos tocam os lábios, e seus olhos, agora bestiais, se fixam naquela cor, naquele aroma que lhe é tão estranho e familiar ao mesmo tempo.
Uma possessão limitada… droga… devo ter gastado mais energia do que deveria reconstituindo o coração desse moleque…
Frustrado, sente uma pulsação no ar que o alerta.
De repente, sente um calor ardente consumindo seus braços e peito. A pele queima e o desconforto o faz arrancar as vestes em um movimento instintivo. Seu corpo, antes marcado pela escuridão, começa a exibir padrões que se formam lenta e dolorosamente. Desenhos ganham vida, queimados na carne como brasas vivas, expelindo vapor em espirais que dançam no ar.
Chamas negras entrelaçam-se com flores que brotam de sua pele, marcas indeléveis de um espírito condenado. Lótus envoltos nas chamas do purgatório o tatuam como ferros quentes, traçando a expressão de sua alma no limite entre a redenção e a danação. Era a manifestação do estado de seu espírito naquele instante: um inferno calmo, mas insuportavelmente ardente, onde beleza e destruição coexistiam.
E quase tomba sob a intensidade do fervor que o consome, os joelhos novamente cedendo. Mas se apoia nas paredes que dividem o corredor dos outros cômodos; suas mãos queimam a moldura de madeira da porta. As chamas negras e a força que carrega deixam marcas profundas; rachaduras se espalham pela parede como teias de aranha, traçando o impacto de sua presença.
Mas…
Um sorriso se forma lentamente em seu rosto, revelando dentes afiados como os de uma piranha, reluzentes e ameaçadores. Um par de chifres começa a emergir de sua cabeça, rompendo a carne com uma dor excruciante. Fecha os olhos, suportando o sofrimento que parece rasgar não apenas seu corpo, mas sua própria essência. O sangue escorre em filetes densos pelas laterais de seu rosto, como lágrimas profanas que denunciam o sacrifício daquela transformação.
Isso será o suficiente…
E assim, novamente, o rei demônio, o dragão vermelho, pisa em Crea, trazendo consigo a promessa de caos.
Em um movimento feroz, salta da porta para a janela como uma fera espreitando na escuridão. Seus pés esmagam o que tocam, rompendo a moldura de madeira que despenca do oitavo andar até o estacionamento abaixo. O impacto de sua força é tão avassalador que o concreto do chão também cede, despedaçando-se em uma cascata de ruínas. O som dos carros atingidos ecoa como trovões, enquanto permanece agachado na moldura da janela, lembrando um animal, selvagem e mortal.
A luz projeta sua sombra sobre o terreno do prédio. Seus olhos brilham como dois faróis infernais, transmitindo puro terror.
— Vamos estragar um pouco desse mundo!
Sua audição demoníaca desperta completamente, captando cada som da cidade: o murmúrio dos ventos, os sussurros das almas aflitas e gemidos quase inaudíveis. É novamente o predador absoluto, capaz de ouvir até o pulsar da vida mais distante.
Com outro salto, desaparece da janela, rompendo o ar e alcançando o firmamento a dezenas de quilômetros de altura. Seus cabelos tocam a luz de Nox, uma luminosidade gélida, tão fria que supera até a essência da morte. Lá do alto, sua visão abrange toda Crea: das terras geladas de Regnum à vasta extensão de Aija, passando pelo imenso oceano Flumen, até os limites do horizonte conhecido pela humanidade.
No extremo do oceano, ele contempla o abismo que separa o limbo do mundo. Lá, as almas vazias dos suicidas caem, arrastadas pela gravidade do desespero eterno. Ele sente a pressão da entidade que rege os céus, uma força que o empurra de volta ao solo, como se rejeitasse sua presença profana.
Enquanto isso, a dupla finalmente chega ao distrito fantasma, o antigo sexto distrito. Suas ruínas imponentes são uma lembrança sombria de um ato terrorista ocorrido durante a impiedosa guerra civil, um evento que transformou o local em um vasto cemitério urbano. Cinzas humanas ainda se prendem às paredes destroçadas, e os lamentos dos mortos ecoam incessantemente, compondo uma sinfonia mórbida.
O cenário é um testemunho cruel da devastação e do luto. E Gabriel, imóvel diante da vastidão daquele cemitério, sente o peso do passado, enquanto cada passo sobre o chão carbonizado parece ser um lembrete daquilo que não deveria ter sido esquecido.
Tudo isso é o legado de uma explosão, a mais terrível já registrada, capaz de reduzir ao pó os prédios que outrora compunham o maior distrito da capital. Agora, jazem em ruínas, um amontoado de entulhos e memórias esquecidas, entre os ossos expostos dos que pereceram naquele dia fatídico.
O ar, carregado de opressão, parece dançar em espirais de trevas que emergem das profundezas do solo, como se as sombras tivessem vida própria. Aquele lugar se tornou o maior símbolo do paranormal, onde o sobrenatural não apenas sobrevive, mas prospera, alimentando-se do sofrimento impregnado em cada pedra.
— Esse lugar, mesmo após 227 anos, nunca muda — comenta Gabriel ao descer de seu carro. Ele deixa para trás a rodovia de Yūrei e adentra o distrito, envolto por um cheiro que mistura pecado e sofrimento. Seu olhar percorre as ruínas, mas a repulsa é evidente em seu semblante. — Odeio essa paisagem… esse cheiro… — levando as mãos ao rosto em um gesto instintivo para abafar o odor asfixiante. Sua voz carrega mais do que aversão; há nela um tom de cansaço, como se as memórias daquele lugar pesassem mais do que ele poderia suportar.
Respirava fundo, mas o odor pútrido parecia escapar de qualquer barreira, impregnando sua mente mesmo após vinte e um ciclos. O peso era sufocante, como se cada partícula de ar carregasse os lamentos dos que foram consumidos pela tragédia.
Masaru, em contraste, parecia alheio à opressão, rindo da cena com sua usual irreverência.
— Então por que você escolheu estar aqui? Qual é a jogada, velhote? — provocou, seus olhos estreitando-se com um brilho de curiosidade e desafio.
Quando levantou o olhar para os céus escuros, ele deu um passo à frente, cada movimento pesado, como se o solo sob seus pés o arrastasse para o passado.
— Bem… — começou, a voz baixa, quase um murmúrio, — estar aqui me torna mais determinado em meus ideais. Você não entenderia… — finalizou, o tom carregado de convicção.
Ele arqueou as sobrancelhas, jogando os braços para trás em um gesto teatral, como se a resposta fosse insuficiente.
— Não? Você é engraçado… — retrucou, um sorriso enviesado no rosto. Deu alguns passos, sentindo o ambiente ao seu redor mudar, como se sombras dançassem pela escuridão ao ritmo de sua presença. — Estar aqui me traz uma comodidade sem igual. Não sei… a solidão da morte me acalma. Sinto que a adrenalina, da qual sou viciado, corre livremente quando todos já estão mortos…
Havia um desabafo em suas palavras, um traço de honestidade que raramente deixava transparecer. Mas, ao perceber a ausência de reação do amigo, revirou os olhos em um gesto quase entediado e suspirou sem graça.
— Típico… nem um comentário?
Murmurou para si, enquanto continuava a caminhar, o som de seus passos ecoando entre as ruínas como uma melodia discordante.
A ventania uivava, penetrando os ouvidos como um lamento, enquanto sons grotescos de demônios rastejando na penumbra ecoavam ao redor.
Gabriel permanecia imóvel, com os olhos fixos no horizonte nebuloso, mas com os sentidos atentos a cada ruído.
— Estou cercado de malucos… — respondeu finalmente, sua voz tingida de sarcasmo, acompanhada de uma risada baixa e quase resignada.
Já o outro ergueu a cabeça, seus olhos brilhando com intensidade, como se aquelas palavras o desafiassem a ser ainda mais imprevisível.
— Aponte um exorcista que seja são! — exclamou, gesticulando dramaticamente enquanto ria com escárnio. — Sério, não há como se manter são após morrer e reviver, encarar o abismo, acreditar que conhece a verdade… ou sequer achá-la. Nenhum homem nasce para isso!
As palavras tinham o peso de uma insanidade, um estranho senso de lucidez por trás de sua excentricidade. Para qualquer outro, soariam como delírios; para seu companheiro, entretanto, carregavam um tom inesperado de verdade.
Ouviu com atenção, sem interromper, como se aquelas frases, tão absurdas quanto sensatas, trouxessem um conforto inesperado no caos de suas próprias reflexões. Um breve momento de compreensão mútua…
Então, abruptamente, a conversa ligeiramente amistosa é interrompida por um rugido ensurdecedor, como se os céus fossem rasgados em fúria. Azazel finalmente pousa.
O impacto é devastador, como se a terra sucumbisse sob o peso de sua presença. O solo treme, paredes já fragilizadas desabam e um eco ensurdecedor reverbera por toda a extensão do distrito fantasma. Morcegos, escondidos nas sombras, se dispersam em bandos caóticos, rasgando o ar enquanto o ambiente é tomado por uma vibração.
Pesa toneladas, sua força descomunal manifestando-se na cratera que se forma sob seus pés. Ventos brutais explodem em todas as direções, uma tempestade que levanta poeira e espalha destroços como projéteis, ofuscando temporariamente a visão de ambos.
Quando a poeira começa a assentar, surge o dragão vermelho, exalando poder e ameaça. A presença é avassaladora, um predador absoluto que força os menores a recuarem.
Nesse ambiente de morte e desolação, ele é o alfa, o único inimigo digno de atenção.
Gabriel reage instintivamente, saltando para trás com a agilidade de um guerreiro celestial.
Seu movimento faz ecoar um som seco de seus pés contra os destroços, enquanto uma cortina de poeira se ergue como um véu denso à sua frente. Apesar da barreira visual, seus olhos carregados de luz divina enxergam além, penetrando a névoa de partículas que esconde a entidade à sua frente.
O brilho castanho de suas íris contrasta com a escuridão ao redor. Ao seu lado, Masaru sorri de forma insana, como se desse boas-vindas ao caos que havia chegado.
Um demônio? O pensamento atravessa sua mente como um relâmpago.
Como?… Eu nem senti ele se aproximar…
A perplexidade em sua expressão é algo raro, mas não descontrolado. Inspira fundo, ajustando sua postura, enquanto o peso da ameaça toma conta do ar ao seu redor.
Já o outro, com os cabelos jogados para trás pela ventania selvagem, não se move de imediato. Um arrepio percorreu sua espinha, não de medo, mas de uma excitação misturada com um respeito instintivo pela magnitude da presença diante dele.
As trevas ao seu redor parecem ganhar vida, espalhando-se junto com os ventos, dançando em formas de raios negros que iluminam brevemente o cenário sombrio.
Ele permanece imóvel, seus olhos prateados fixos, lentamente refletindo a figura que emerge das trevas. A cortina de poeira começa a se dissipar, e, diante deles, a entidade se revela, sua presença aterradora, dissolvendo qualquer dúvida sobre a gravidade da situação.
Estão frente a frente com algo que transcende o ordinário. Sua coroa de ossos brotando em sua cabeça é um símbolo de sua supremacia, enquanto os chifres curvados em espirais agressivas emergem como lâminas. Sua silhueta, esculpida por sombras dançantes, exibe tatuagens negras que brilham como marcas ardentes de condenação.
Ele está completamente exposto, uma presença que domina e sufoca o ambiente.
— Exorcistas!? Isso vai ser divertido… — Seu olhar, afiado como uma lâmina, varre o espaço, sentindo cada vibração das presenças à sua frente com sua percepção que roça o onisciente. — Não, não quaisquer exorcistas! — Corrige, seus olhos brilhando ao encontrar o olhar desafiante de Masaru.
Sua língua bifurcada, áspera como a de uma serpente, desliza por seus lábios enquanto ele profere cada palavra com uma clareza quase teatral.
— Hm… por que não quaisquer exorcistas? — questiona, imerso naquele instante como se estivesse saboreando o jogo.
Essas palavras cortam o ar, mas sua intenção não é apenas dialogar.
Diferente de Gabriel, que está tenso e ciente do perigo esmagador, não demonstra fraqueza. Seus pés permanecem firmes, e sua postura é de alguém que vive para sentir a adrenalina daquele confronto.
Que usa a tensão crescente como combustível, mantendo o tom quase provocador.
Quer entender, sentir o verdadeiro peso da criatura que se ergue diante deles. Seu companheiro, por outro lado, mantém o olhar fixo, já se preparando mentalmente para o que está por vir, ciente de que enfrentam mais que um demônio — enfrentam o próprio predador do sobrenatural.
O sorriso de Azaael se alarga, expondo os dentes afiados enquanto observa a ousadia de Masaru. Seus olhos brilham com uma mistura de interesse e desprezo, como se saboreasse antecipadamente a batalha.
— A energia que compõe suas almas… ela flui com grandeza… isso é interessante… — murmurou, erguendo as mãos lentamente, como se moldasse o ar ao seu redor, seu olhar oscilando entre os dois exorcistas. — Bem, o que acham de dançar até a morte comigo?
Gabriel sente a densidade da presença demoníaca envolver o ambiente como um peso sufocante. Em resposta, ele cruza os dedos em frente ao peito, e uma aura translúcida de luz dourada começa a envolvê-lo, como uma chama que queima silenciosamente, mas com intensidade. Seus olhos brilham com concentração, enquanto suas pernas flexionam levemente, indicando que está preparado para qualquer movimento súbito.
Mas, antes que possa agir, Masaru ergue a mão direita em um gesto audacioso, sinalizando para que ele espere. Seu olhar permanece fixo em seu desafiante, devolvendo-lhe a intensidade provocadora.
— Não seja guloso, você vai enfrentar apenas um de nós! — declara, sua voz carregada de um entusiasmo quase infantil diante do perigo. Ele então se vira para trás, um sorriso largo no rosto, e acrescenta com um tom inconsequente: — Deixe-me divertir um pouco, Gabriel! Não é todo dia que encontro um peixe tão grande!
Ele hesita, o peso da decisão claramente refletido em seu rosto. Sabe que Masaru vive para esses momentos, mas também reconhece a magnitude da ameaça que enfrentam. Mesmo assim, o brilho nos olhos de seu parceiro o faz baixar os ombros em um suspiro resignado.
— Se você morrer, não diga que eu não avisei… — recuando alguns passos, sua aura ainda vibrante, em alerta.
E com os olhos prateados brilhando, Masaru volta toda a sua atenção para o demônio. Estica os braços, estalando os dedos, enquanto um sorriso feroz se forma em seu rosto.
— Então, grandão… está pronto para me entreter? — provoca, assumindo uma postura relaxada, mas com o corpo tenso como uma mola prestes a se soltar.
O demônio inclina a cabeça ligeiramente, como se considerasse a audácia. Em seguida, abre os braços, suas tatuagens negras se movem enquanto as chamas do purgatório ao redor de seu corpo crescem em resposta ao desafio.
— Muito bem, pequeno inseto. Mostre-me do que é feito… antes que eu o esmague! — responde, sua voz carregada de um tom ameaçador e divertido, como um predador que brinca com a presa.
Um sorriso crescente toma a face dele.
Diante do comentário inocente e insensato que fez, uma risada macabra irrompe de seus lábios ressecados, ecoando no ar como prenúncio de algo sombrio.
E Gabriel, após um breve momento de hesitação, cede ao pedido. Sua aura se dissipa gradualmente enquanto ele descruza os dedos.
— Pois bem, maluco… só não morre. — recuando alguns passos, os olhos atentos, quase predatórios.
Ele responde com um aceno firme, ajustando a postura. Sua aura se manifesta ao redor do corpo, oscilando como a chama de uma vela. Tons azuis dominam sua base, enquanto o vermelho intenso incendeia as extremidades, marcando um contraste vívido com a energia translúcida.
Azazel, por sua vez, começa a conjurar suas chamas negras. Elas dançam nas pontas de seus dedos em movimentos hipnóticos e ondulantes, a mais pura expressão de trevas entre os demônios. O som crepitante ressoa com intensidade crescente, carregado de um poder ancestral que há tempos ele não liberava…
Olhares de ambos se encontram, famintos, enquanto seus sorrisos repletos de intenções sombrias se entrelaçam.
O embate está prestes a começar!
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