Capítulo 111 - A Reunião do Conselho dos Nove, Parte Final
— Ideia? Haha… Rimuru Shirasaki, um dos mentores da ordem, pedindo a opinião de um depravado como eu? — Hugo resmunga, seu sarcasmo evidente em cada palavra.
Seus olhos, no entanto, revelam uma mistura de admiração e camaradagem, uma confiança mútua que permite o tom irreverente.
— Até mesmo um depravado pode ter o que é preciso para salvar o mundo, não acha? — retruca com um sorriso discreto, mas é interrompido pela chegada de um terceiro.
Trazer os dois para o cerne da discussão é essencial.
— Ideia? Acredito que a melhor abordagem seja formar uma equipe de exorcistas, com um líder encarregado da caçada a Rasen! — Sua mente está a mil, e deduz rapidamente a pergunta crucial que iriam fazer, suspirando antes de continuar. — Quanto ao governo, podemos disfarçar isso como uma missão de extrema urgência, considerando que o cara é um criminoso, é plausível! — sugere Mahamoud, soltando um suspiro pesado.
Seu semblante reflete a seriedade da situação, contrastando com o humor de Hugo, que parece desviar a atenção do ambiente.
Como sempre… Mas, caro avatar que, através dos olhos de Elum, testemunha, ele não parará.
— Centralizar os problemas em três ou quatro exorcistas competentes e habilidosos é uma excelente ideia! — observa Seiji, com um tom ponderado. — Na minha opinião, Masaru é o líder mais adequado para a missão!
Hugo quase cai da cadeira ao ouvir o que Seiji acaba de dizer.
— Exatamente, velho! — responde, quase gritando, enquanto retira uma garrafa de vinho de alta qualidade de sua sacola. — Masaru é um especialista em eliminar rebeldes!
— Masaru? Não seria melhor optar por Zuri ou Gabriel? Eles são muito mais responsáveis e excelentes tutores — questiona Kyotaka, coçando a barba pensativamente. O nome de Masaru parece causar-lhe uma leve inquietação, como se estivesse prestes a enfrentar uma tempestade devastadora. — Hugo, por favor, guarde essa garrafa! — ordena.
— Ah, poxa… Participar de uma reunião, sóbrio, é pior do que enfrentar um consolo com cerol! — responde, meio desanimado, mas sua desilusão é apenas uma fachada; ele só quer causar um desconforto.
“Cuidar de uma pirralha e ser chefe não é fácil!”
O irônico é que suas palavras arrancam uma risada sincera da maioria dos presentes, enquanto pensa amargamente.
— É verdade — quase gagueja Shirasaki, com a mão à frente do rosto. — Zuri e Gabriel têm as melhores pontuações em disciplina. Além disso, Gabriel foi quem treinou Masaru! — analisa, sentindo a mesma inquietação que os outros.
— Também concordo com vocês! Masaru é extremamente forte e capaz, mas… sei lá, às vezes parece que ele se diverte mais do que entende a seriedade de suas responsabilidades — completa Matteo, recebendo uma leve batida nas costas de seu companheiro.
— Cala a boca, jovem! — resmunga Javier.
Os dois riem, e imediatamente Hugo se intromete.
— Ele se diverte fazendo seu dever… simples! Qual é o problema se ele não age como vocês esperam? — desafia Hugo, rindo de lado enquanto guarda a garrafa. — Só queremos Rasen morto; não me importa se ele decide fazer isso enquanto dança em cima do cadáver! — diz, lançando um beijo com os lábios para o rapaz.
— Concordo com o Hugo. É inesperado, mas precisamos resolver o problema, não buscar perfeição! — alerta Mahamoud, com uma expressão resoluta, seus dedos entrelaçados. — Além disso, ele pode lidar com isso sozinho!
— Lidar sozinho ou não é uma questão de conformidade; faz parte da propaganda de responsabilidade, não se esqueçam! — responde Kyotaka, com um tom reflexivo e sério. — Mas, bem… podemos fazer uma votação sobre o líder. Quanto aos outros, Shirasaki, pegue os melhores resultados e escolha-os! — ele fala com autoridade, sua calma conferindo peso às suas palavras.
— C-certo, na verdade, já tenho os nomes… — diz ele, puxando um papel debaixo dos outros que ainda segurava. — Bem… Amai Shirasaki, Arthur Lewys e Yami Yamasaki. Minha filha tem os melhores resultados e é a melhor do grau cinco. Os outros dois são extremamente fortes e habilidosos, embora pecam em disciplina e em seus compromissos. No entanto, meu ponto é, eles estão formando um grupo e têm uma boa química — conclui Shirasaki, com um olhar de certeza e uma pitada de orgulho ao mencionar sua filha.
— Entendo… Bem, apesar de não conhecer bem nenhum dos rapazes, só tendo ouvido falar e visto cada um apenas uma vez, confio em suas palavras e aprovo! E os demais líderes? — pergunta, olhando para os presentes e esperando uma resposta imediata.
— Pode ser que esses caras sejam os certos! — diz Javier, concordando com todos pelos olhares e palavras. — Mas e quanto à votação para decidir o líder? Vamos fazer isso agora?
— Bem, acho que podemos simplesmente levantar as mãos e aceitar o resultado como nossa decisão — responde Rimuru, erguendo a mão direita. A sugestão provoca uma reação sincera de todos, mostrando o quão irrelevante seria para eles a formalidade da votação. — Levante a mão quem não quer Masaru como líder… — resmunga, esperando.
Em segundos, além de Rimuru, Matteo e Kyotaka também levantam suas mãos. E após um suspiro, ele se sente pronto para prosseguir.
“Cabeças duras…”
Pensa, já sabendo o resultado, mas respeitando a democracia. Eles vão aos votos, sem espaço para grandes discussões, apenas um claro não e um claro sim.
— E quem apoia Masaru como líder?
Sua voz é como música para os demais, que aguardam ansiosos aquele momento.
Hugo, Seiji, Muhamed e Javier levantam suas mãos imediatamente.
Com isso, são quatro votos a três e Javier olha para todos na mesa, conta os resultados e faz um sinal positivo para os demais.
— Então, com quatro votos a três, Masaru é eleito o líder dessa missão! — exalta Javier, visivelmente animado, como se estivesse preparando o homem para uma grande batalha.
Os membros do grupo começam a se ajustar à nova dinâmica, alguns murmurando baixinho sobre a decisão. Enquanto Hugo, Seiji, Muhamed e Javier trocam olhares satisfeitos, Matteo e Kyotaka permanecem em silêncio, refletindo sobre a nova liderança.
Foi um momento breve, mas todos acabam se conformando, apesar das reservas.
— Certo, então, o que diz o Sr. Shibata? — pergunta Rimuru, sempre o mediador, buscando apaziguar os ânimos e aceitar a decisão com calma.
— Agora que temos um líder escolhido, vamos nos concentrar no que precisamos fazer a seguir! — diz Ayanokoji, satisfeito com o andamento da reunião, enquanto observa as cadeiras vazias, mas, focando apenas na sensação positiva que a situação proporciona. — Estava pensando…
Sua voz vai diminuindo à medida que Hugo, impaciente após minutos de atenção à reunião, começa a se entediar com a avalanche de informações.
— Aff… — ele revira os olhos, deitando-se de bruços na mesa. — Que saco…
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