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    Quando a anjo desferiu o sétimo golpe, sua espada penetra o peito da criatura com uma ferocidade implacável. A lâmina atravessa o coração, o qual é espetado e perfurado instantaneamente, fazendo com que o sangue jorre em um fluxo quente e grotesco.

    — Onde está, ó, espírito maligno, teu semblante de escárnio? Mostra-me, se é que tens, a expressão de teu riso impertinente! — A voz da anjo corta o ar, carregada de fúria e desprezo. Aproveitando que os braços da criatura estão imobilizados e que ela está se afogando em seu próprio sangue, que escorre pelos lábios e mancha o chão, e ela ergue sua espada novamente. 

    Com um movimento decidido, desferi outro golpe, seu ombro e braço inclinando-se para trás com o esforço.

    — Vocês são divertidos! — a criatura murmura, rangendo os dentes em dor e desafio.

    A anjo desce essa lâmina com uma fúria renovada, o golpe corta o corpo do demônio mais uma vez, imersa na raiva e determinação de punir o tormento que ele representa.

    E é tão devastador que arranca o braço e um pedaço do ombro direito e do peito do ser maligno, deixando esses fragmentos flutuando no vácuo. Ele parece ser fatiado com uma facilidade brutal, como se fosse apenas carne para a lâmina implacável da entidade.

    — Calma, Selaphiel, calma-te… — Uriel diz, tentando manter a situação sob controle. — Ele está condenado; não há motivo para te entregares às suas malícias! — Ele tenta intervir, mas é tarde demais. 

    Enquanto o pedaço de corpo flutua no vazio, começa a se mover de maneira grotesca, como se estivesse vivo. O braço arrancado emana uma esfera negra de trevas, que se espalha pelo ambiente, uma presença maligna que é sentida imediatamente, como uma onda de escuridão que desafia a luz e a ordem.

    — Maldito! — Ela sai de um instante de reflexão e rapidamente efetua um corte espacial, partindo a esfera negra em dois e neutralizando-a em milessegundos. — Tu és um tolo! — Exclama, mirando a lâmina na horizontal para onde o demônio deveria estar, mas não encontra nada.

    — O quê? — Uriel olha ao redor, confuso. — Como… ele conseguiu fugir? — E está prestes a baixar a guarda, quando, em segundos, seu chicote retorna para seu braço, bloqueando um soco da entidade que tentava atacá-lo.

    O chicote age com precisão, protegendo Uriel de um golpe que poderia ter causado danos significativos. Uriel percebe o peso extra no ataque do ser demoníaco.

    Essa arma, assim como a lâmina, é uma extensão de seus corpos e seus sentidos são tão aguçados quanto os das próprias entidades divinas; portanto, mesmo sem movimento físico, o chicote age em prol de seu empunhador.

    — Tenho meus truques! — berra o demônio, desaparecendo quase instantaneamente. Ele se teleporta para uma ilha a alguns mil quilômetros de distância. — E está na hora… de… elevar o nível dessa batalha! — Enquanto se regenera, seus membros se recompõem instantaneamente, e seu corpo expelia mais sangue púrpura.

    — Vejo que precisarei recorrer à minha bênção! — ela resmunga, olhando para Uriel. — Selaremos um dos reis demônios neste espaço-tempo! — brada, com a determinação de uma verdadeira guerreira.

    — Façamos isso juntos! — indaga o aliado. Enquanto ergue o braço, transformando sua Himmlisches em um bastão de pura energia.

    Respeitando suas formas, as armas podem ser modificadas assim como suas bênçãos.

    — Iustitia! — entoa ela, e sua Klinge se une à sua bênção, a Justiça, que a torna capaz de atravessar qualquer coisa. 

    A lâmina perfeita, capaz de aplicar justiça independentemente da situação, brilha intensamente.

    E enquanto a empunha, sente suas mãos se encherem de veias, carregadas pelo peso de mundos e pela imensa energia que domina.

    À medida que Bezeel libera sua energia total, agora livre dos venenos da luz, ele está livre para assimilar e devorar qualquer essência. No entanto, em vez de se contentar com isso, decide aumentar a escala do embate.

    Ilhas e mais ilhas são destruídas em sua ascensão, mas nada se compara ao que ele está prestes a trazer para a batalha. A magnitude do que está por vir promete transformar o campo de combate em um cenário de caos e devastação incomparáveis.

    — Bezeelus! — murmura ele, enquanto uma larva negra e multicolorida surge na palma de sua mão, emergindo de uma poça líquida púrpura em sua carne. O pequeno ser faz um sorriso largo surgir no demônio, revelando mais do que um mero verme; é o lendário Bezeelus, o devorador de mundos, um servo conjurado de forma maldita.

    Este ser ancestral, alimentando o poder ilimitado de seu mestre, está sendo trazido para aquele embate como um mero peão da sua insanidade.

    Essa entidade, imersa na escuridão e no caos, é reduzida a um tamanho minúsculo, comparável a um grão de areia, e admirada por seu mestre. No entanto, uma rajada de luz apaga a ilha ao redor. O demônio vê Bezeelus desaparecer de seus olhos, enquanto o feixe de luz consome cada campo de sua visão, engolindo tudo em sua imensidão luminosa.

    — Vá! — indaga Uriel, com a mão erguida e emanando luz ao seu redor, sua força projetando-se em uma onda luminosa. — Ele virá com toda a sua força!

    — Certo! — responde ela, e no mesmo instante, corta o espaço e aparece na frente de Bezeel. O primeiro golpe, uma explosão de energia luminosa semelhante a uma granada, causa danos mínimos, mas a surpresa é evidente em seu rosto quando recebe o segundo golpe, focado apenas em causar dano. 

    Apesar de estar envolto em sua energia total e abissal, no auge de seu poder, Bezeel tem seu braço cortado, e sua regeneração imediatamente selada. Isso demonstra que, mesmo no ápice de sua força, a ameaça dos guerreiros alados ainda é formidável.

    — Boa! — murmura, desaparecendo de sua frente e flutuando para trás, enquanto o ambiente ao redor balança. — Mas vocês não vão me vencer! — Quando ela percebe, uma rajada de raios negros surge ao seu redor.

    E tem apenas segundos para desviar de uma gaiola de raios capaz de rasgar a própria realidade.

    No entanto, não é Bezeel quem criou a armadilha, mas o verme, que agora não é tão pequeno, flutuando ao redor com o tamanho de um caminhão. A entidade ancestral está amplificando seu poder inesperadamente, e sua presença é um susto para os dois anjos, aumentando ainda mais o desafio para os guerreiros.

    — Quê? — pensa ela, enquanto empunha a lâmina à frente de seu rosto para se defender de um raio mais potente, disparado da “boca” do verme. — O que é esta coisa?

    A sorte é que Uriel consegue atingir o ser diretamente com outra rajada de luz, fazendo-o cessar momentaneamente. A mesma rajada que havia aniquilado milhões de quilômetros de rochas, mas que não causou nem sequer danos superficiais.

    Ao dissipar das nuvens carregadas de energia, a entidade está agora cinco vezes maior, evidenciando seu crescimento e o aumento de sua ameaça, tornando o desafio ainda mais formidável para os guerreiros.

    Eles estão apenas alimentando a criatura, fazendo seus rostos demonstrarem nervosismo. Eles compreendem agora a imensidão do poder do abismo.

    — Qual a essência da gula? — reverbera a voz da entidade, amplificando a ameaça com a pergunta.

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