Índice de Capítulo

    Tudo começa três dias atrás, em Katakana, quando o destino escreve suas marcas sanguinárias em um beco mal iluminado.

    Três jovens guerreiros, com corações acelerados e a vida por um fio, lutam contra o inevitável. A morte, fria e implacável, brandindo sua lâmina invisível, que age por meio de Rasen, o seu carrasco mais fiel, cujas ações ultrapassam todos os limites da humanidade se necessário.

    Ao menos, os que o tornavam “bom” ou, heroico…

    Mas, em um golpe final, sua espiral afiada como uma adaga, composta de energia densa e frenética, dispara letalmente, cortando o ar como um relâmpago voraz, e, em um instante, a líder do grupo é decapitada.

    Ele lança a espiral como um disco, com a precisão letal de um assassino brincando de frisbee, transformando o corpo da jovem num mero alvo. Afinal, como fizera!?

    Com a maestria de um gênio maligno ele impulsionou o feitiço para frente e o construiu em um loop, ao unir a desfragmentação a fragmentação, portando duas cargas pesadas alternas, equilibrando, em uma gangorra, era como brincar com a morte e a vida a palma de suas mãos.

    — Que idiota! Sério! — ele vocifera com desdém, os olhos faiscando de frustração. — Ela não consegue desviar de um feitiço tão medíocre? Uma simples barreira e puff, aquela espiral ridícula já era! A estabilidade se desmancharia por uma terceira via… droga… esqueci que são três novatos inúteis! — continua, enquanto a falsa calmaria deles se dissipa como neblina diante do choque. Não estavam prontos para um confronto tão teatral, com um antagonista cujas reações beiravam o exagero e a completa insensibilidade.

    E a vítima? Era Claire, uma jovem de cabelos ruivos como fogo e olhos verdes como esmeraldas. 

    Esses olhos, que em seus últimos momentos, se fixam na imagem distorcida e aterradora de seu assassino, o “messias”, em orgasmo pelo prazer da carnificina. 

    Ele imediatamente desfaz sua postura de ataque enquanto o sangue encharca o chão, e o corpo decapitado de Claire cai para trás com um baque seco. Sua cabeça, agora sem vida, rola pelo chão sujo até seus lábios beijarem o asfalto frio. A morte é tão brusca, tão desprovida de qualquer dignidade, que a realidade se transforma em uma sombra gelada ao redor dos sobreviventes.

    — Claire!? — O grito de Hans rasga o ar, desesperado e em choque, enquanto a visão do corpo sem vida de sua companheira faz suas entranhas se revirarem. Involuntariamente, o poder dentro dele praticamente “desperta”; uma ventania mágica se materializa em suas mãos trêmulas. 

    E Claire, com quem ele enfrentou exorcismos, resolveu mistérios e dividiu tantas noites sem fim, agora é apenas um cadáver, pálido e inerte, no chão encharcado de sangue, e brutalmente posta.

    — C-CLAIRE! — A raiva transborda em seu segundo grito, mais forte e mais intenso. Sua mente colapsa em um redemoinho de fúria e dor, e, sem pensar, lança uma rajada de ventos com toda a força de sua alma quebrada. A força do ataque é esmagadora, um túnel de pura destruição que balança tudo ao redor, arrancando pedaços das paredes com cortes profundos.

    Mas Rasen, aquele que se banha na adrenalina do massacre, é um demônio vestido de carne, movendo-se como um espectro. Ele desvia dos ataques com uma precisão sobrenatural, uma dança mórbida com a morte.

    O vento passa por ele, mas é como se o próprio ar o evitasse. Sua pele se enchia de feridas sobrenaturais…

    Quase num piscar de olhos, ele aparece diante de Hans. A distância entre eles se desfaz como uma ilusão. Ele agarra o braço do jovem com uma força brutal, erguendo-o no ar como uma boneca de pano. Hans tenta reagir, mas é tarde. A aura de Rasen pulsa com o prenúncio de um ataque fatal. Seria o fim ali e agora, mas outro golpe o interrompe.

    Um chute feroz atinge no peito, interrompendo mais uma execução, arremessando-o contra a parede. O agressor é um jovem de pele negra e olhos cor de mel, o outro parceiro dos dois, cuja determinação arde como brasas em suas mãos. Ele entoa palavras encantadas, e faíscas começam a dançar entre seus dedos, alimentadas por uma fúria incontrolável.

    — Desgraçado! — rugi o jovem, avançando para um novo ataque, suas chamas prontas para consumir o inimigo. Então, o inferno responde. Um som profundo, como o bater de tambores no abismo, ecoa pelo beco, distorcendo o ar ao redor.

    — Disrumpe! — A voz do assassino corta o ar como um trovão maligno, carregada de ódio e destruição. A energia que emana dele se expande como uma explosão. O braço do jovem, antes envolto em chamas, é instantaneamente consumido pela espiral descendente invocada pelo feitiço, que envolve o seu ombro até a palma de sua mão. É um poder insaciável, que devora tudo em seu caminho — matéria, vida, e até a própria esperança.

    Mas, mesmo tão devastador, o assassino o conjura de forma instável, incompleta.

    Ele sabe que o preço é alto — futuros danos cerebrais, ou talvez já presentes, mas o resultado é irresistível. Cada vez que lançava dessa forma, o córtex pré-frontal pagava o preço, comprometido pela fome descontrolada da magia.

    Mas, sem cessar, avança novamente, brincando com suas presas como se fossem meros obstáculos. Com um sorriso macabro, empala o abdômen do jovem astuto após recuar e realizar um movimento de estocada, seu braço perfurando carne e ossos com facilidade. O sangue jorra, tingindo a face de Rasen com um brilho carmesim. Ele lambe o sangue de seus lábios com uma perversão animalesca.

    — Não seja tão precipitado — murmura com um tom zombeteiro, enquanto retira seu braço ensanguentado do corpo quase despedaçado. O jovem cambaleia para trás, suas costas colidindo com a parede. As tripas vazam, derramando-se no chão como restos de uma marionete sem vida. Seus olhos, antes tão cheios de determinação, agora quase apagados, fitam o vazio.

    “Quando?”

    Pensa, enquanto sente sua vida se esvair. Seus dedos desesperados tentam conter o sangue e as entranhas, mas a força de sua aura já desapareceu, deixando apenas a morte aguardando.

    — Oh! — Rasen exclama com um sorriso cruel, desviando o chute que quase acerta seu rosto. O impacto ainda reverbera em seu braço, tremendo levemente com a força bruta do jovem. Ele não pode deixar de apreciar o esforço desesperado do oponente. — Você é forte, garoto… — sua voz soa como um veneno doce, carregada de sarcasmo e desprezo.

    — Não fode!

    — Poderia ter um futuro tão brilhante, mas… vai ser apenas parte da minha tese!

    Sem qualquer piedade, Rasen o lança para trás com um movimento brusco, como se o jovem fosse um brinquedo sem peso. O corpo do rapaz colide com a parede com um baque seco, e antes que possa sequer pensar em revidar, o inimigo já entoa as palavras que condenam sua existência: “Reversio incantationis: Disrumpe.”

    A espiral, tão familiar em suas mãos, surge novamente. No entanto, desta vez, ela se transforma quase instantaneamente, metamorfoseando-se em uma esfera cercada por anéis que flutuam em torno de si. A complexidade do ataque é aterradora, uma técnica que ultrapassa o entendimento comum. Esta é a extensão de sua habilidade: a capacidade de desfragmentar o próprio tecido da energia, antes ele quebrava a força, agora, através da reversão da técnica, ele fragmenta o absorvido.

    O jovem mal tem tempo de processar o que está acontecendo. Sua surpresa é esmagadora, o terror estampado em seus olhos quando ele percebe a extensão do que está por vir. Ele tenta, num último esforço, conjurar sua própria defesa, erguer uma barreira energética que possa ao menos retardar o inevitável.

    Mas é tarde demais…

    A esfera de Rasen toca seu abdômen, após ele a empurrar em um movimento sagaz, e em um piscar de olhos, a explosão de energia é devastadora. De seu estômago para cima, tudo evapora em uma fração de segundo. O som é ensurdecedor, uma detonação de pura força que rasga o ar ao redor, deixando apenas a fumaça e o cheiro metálico de carne queimada. As pernas do jovem, agora desconectadas de seu corpo, caem inertes no chão, enquanto os restos são resumidos a um rastro de sangue, que pinta todo o lugar.

    Aquilo em sua visão seria uma obra de arte, se não percebesse o outro, agonizando, encarando-o, seus olhos como um espelho, enquanto lágrimas caem pela face do rapaz.

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