Índice de Capítulo

    A presença da entidade cresce como uma sombra, e o céu começa a sangrar escuridão… Assim o ser reivindica seu domínio com o puro poder de sua aura abissal.

    O breu, outrora oculto na noite, desce como neve negra, moldando-se em lâminas que despencam em direção aos rapazes.

    Como lâminas invisíveis, capazes de dilacerar aço, as sombras se cravam no solo com violência, levantando uma nuvem densa de poeira e provocando um tremor avassalador, que transforma tudo em uma cortina opaca de desolação.

    O simples ato de endurecer essas trevas, sem recorrer a maldições ou gestos, já é algo aterrorizante. Mas a assinatura do caos presente nessa escuridão, chamada de “magnetismo umbra cinético”, é a dádiva abissal da entidade.

    No entanto, no coração da destruição, algo muda…

    De repente, uma luz irrompe da poeira.

    — Transmutatio materiae et status! — A voz de Hazan reverbera como um trovão, e um feixe de luz irrompe de suas mãos nuas, acertando o peito da entidade.

    É tão forte que ele sente queimar entre os dedos, liberando uma quantidade imensa de energia espiritual.

    O sangue púrpura da criatura evapora no instante em que entra em contato com o poder do exorcista, criando uma fenda em seu peito. Mas Hazan não sai ileso. Seu corpo é perfurado pelas adagas de trevas, e seu rosto se distorce em uma expressão de dor. Se não fosse sua aura envolvendo seu corpo, teria sido fatal.

    “Seu merda! Agora a luz fará seu trabalho…”

    Mesmo nesse estado, um sorriso perspicaz surge em seus lábios após o pensamento súbito do sucesso.

    E apesar da agonia de sentir as adagas cravadas em sua pele, após o movimento, seu corpo enfraquece, os punhos relaxam e sua postura vacila.

    “Consegui atingi-lo… é com vocês agora!”

    A mensagem é transmitida telepaticamente para Kryntt. Sem hesitar, ele toca as costas da entidade, que está em transe devido ao impacto do golpe, seus sentidos comprometidos por milésimos de segundos. A luz entrou em sua mente como veneno, mas seu corpo começa a se recuperar.

    Então, assim que sente o toque, grotescos tentáculos emergem de suas costas, servos do demônio, e lançam o exorcista ao ar como uma marionete sem cordas.

    Kryntt é arremessado violentamente contra o chão.

    — Maldição… o quê…? — rosna a entidade ao perceber uma leve queimadura onde foi tocada. Mas não há tempo para reagir. Rasen surge das sombras, com as mãos em brasas, após um movimento audacioso. Ele tenta incinerar a criatura com um golpe direto, mas o monstro bloqueia com o braço, demonstrando uma resistência que parece inabalável.

    Mas é apenas uma ilusão… o que realmente conteve o ataque foram as trevas que o cercam.

    “Como é possível?”

    Pensa a entidade por um instante, enquanto seu braço se contorce grotescamente, metamorfoseando-se em uma serpente negra. O réptil se enrola ao redor do pescoço de Rasen, esmagando-o contra o telhado de uma casa próxima.

    Novamente, a criatura faz uso de sua metamorfose bestial.

    Por um momento, a situação parece desesperadora, mas os três exorcistas mantêm a compostura.

    A cartada final está por vir.

    — Extensio energiae: Filorum marionettae! — murmura Kryntt ao pousar, suas palavras conjurando fios invisíveis que se entrelaçam nas articulações da entidade, conectando-os aos seus próprios dedos. Ele ativa sua técnica inata: o marionetista das sombras.

    Com um simples movimento e através de um pacto selado, agora controla parcialmente os movimentos do monstro.

    A entidade percebe o golpe tarde demais. Ao tentar canalizar sua energia abissal, formando uma esfera negra de destruição pura para aniquilar Rasen, suas asas se dividem em quatro. Duas o mantêm estável, e as outras duas defendem seus flancos.

    Mas, no momento em que a energia está prestes a ser liberada, seus dedos se fecham contra sua vontade, dissipando o ataque.

    “O que!?”

    Pensa a entidade por um instante, enquanto seu braço se contorce grotescamente, metamorfoseando-se em uma serpente negra. O réptil se enrola ao redor do pescoço de Rasen, esmagando-o contra o telhado de uma casa próxima.

    Novamente, a criatura faz uso de sua metamorfose bestial.

    Por um momento, a situação parece desesperadora, mas os três exorcistas mantêm a compostura.

    A cartada final está por vir.

    — Extensio energiae: Filorum marionettae! — murmura Kryntt ao pousar, suas palavras conjurando fios invisíveis que se entrelaçam nas articulações da entidade, conectando-os aos seus próprios dedos. Ele ativa sua técnica inata: o marionetista das sombras.

    Com um simples movimento e através de um pacto selado, agora controla parcialmente os movimentos do monstro.

    A entidade percebe o golpe tarde demais. Ao tentar canalizar sua energia abissal, formando uma esfera negra de destruição pura para aniquilar Rasen, suas asas se dividem em quatro. Duas o mantêm estável, e as outras duas defendem seus flancos.

    Mas, no momento em que a energia está prestes a ser liberada, seus dedos se fecham contra sua vontade, dissipando o ataque.

    “O que está acontecendo?”

    Pensa a entidade, girando a cabeça com fúria. Hazan, mesmo sangrando profusamente, se ergue mais uma vez.

    Com um movimento sagaz, joga seu próprio sangue sobre as asas da criatura. O líquido espesso queima como ácido nas membranas da besta.

    Ele cai de joelhos, seu corpo frágil após a perda massiva de sangue, mas o sacrifício vale a pena.

    “Que miserável!”

    A entidade ruge em desprezo, suas emoções transbordando em ira. Em um instante, dispara uma microesfera de trevas em direção a Kryntt. O exorcista mal tem tempo de reagir, desviando por pouco, enquanto a esfera explode no ar com a força de uma granada.

    “Merda… mesmo enfraquecido, ele é um perigo…”

    — Expando potentiam meam, ut omnis pars mei, quae iam non est pars, sicut ignis explodat! — Hazan recita, sua técnica assinatura explodindo em uma onda de poder que arremessa o demônio para longe, desorientando-o por um breve instante.

    Isso é tudo que precisam.

    Rasen, atento ao que ocorre, se ergue e desencadeia uma torrente de chamas infernais sobre a entidade. O calor é devastador, agarrando a criatura antes que ela possa reagir.

    É uma dança caótica de destruição e poder que consome o ar e transforma a rua em uma panela de pressão.

    Quando as chamas finalmente se dissipam, a criatura ainda paira no ar. Suas asas estão incendiadas, sua pele queimada e chamuscada, mas seus olhos brilham com ódio.

    Ele cai de joelhos, mas sua fúria transborda, além dos danos que sofreu…

    Seria o triunfo da vitória! Nos olhos do líder brilha uma esperança; sua aura está pronta para levar aquela batalha a um embate físico. O loiro permanece atento a imobilizar o ser, enquanto Rasen se resguarda, mas…

    — Maldição! Vocês… são tão irritantes! — a voz da entidade se torna grave, quase monstruosa. E então, pela primeira vez, eles veem a verdadeira forma da criatura.

    Com um simples estalar de dedos, ele se alimenta das emoções mais abjetas… o prazer macabro de saborear a miséria alheia!

    Sua cabeça, outrora humana, contorce em uma transformação perturbadora. Os olhos, nariz e orelhas desaparecem, fundindo-se em uma superfície lisa e preta como a escuridão da própria noite. A única característica restante é uma boca larga, permanentemente aberta, em um sorriso distorcido. Dela, pende uma língua monstruosa, maior que o braço de um homem, escorrendo um líquido viscoso e nauseante que pinga no chão como ácido, corroendo lentamente a superfície.

    Sua pele, antes marcada por cicatrizes de batalhas anteriores, torna-se inteiramente negra, absorvendo a luz ao redor, como se o próprio breu fluísse por suas veias. Dois chifres, afiados como lâminas, irrompem de sua testa, formando curvas sinistras com um tom infernal. Seu queixo, agora longo e pontudo, complementa a fileira de dentes serrilhados e irregulares, como os de um tubarão. Cada mão e pé é composto por três dedos desproporcionais, e cada unha parece uma lâmina de faca, refletindo a luz das brasas deixadas por Rasen.

    Suas extremidades pulsam com uma fome sanguinária.

    Os braços e pernas da criatura se curvam, assumindo uma postura animalesca. As costas, antes densas e musculosas, são agora um antro de tentáculos. As grotescas extensões serpentinas se retorcem de forma independente, chicoteando o ar com violência, como se tivessem vontade própria. E, entre suas pernas, o que resta de sua humanidade está há muito perdido — uma monstruosidade fálica, uma paródia perversa da forma masculina, que lateja como um símbolo do desejo mais nojento e primitivo.

    A criatura não é mais tão humana.

    Emanando uma aura de pura ansiedade e desejo, seus olhos inexistentes ainda conseguem transmitir uma fome insaciável, uma besta que não tem pensamentos racionais, apenas uma necessidade desesperada de consumir, destruir e corromper tudo ao seu redor. Contudo, por mais que sua forma sugira pura bestialidade, algo nela demonstra controle, uma inteligência obscura por trás de toda aquela aberração. Ele não é apenas uma máquina de carnificina — é uma entidade que compreende o prazer em causar sofrimento.

    Os exorcistas, que até então haviam mantido o controle da situação, agora sentem o peso da verdadeira batalha que estão prestes a enfrentar. O ar ao redor fica denso, e o chão parece tremer sob o peso do poder da criatura.

    Kryntt, Rasen e Hazan trocam olhares rápidos, avaliando suas forças e ferimentos. A energia que emana da besta parece corroer sua confiança, sugando sua coragem com o mesmo magnetismo umbral que antes os atacara.

    Será que conseguirão lidar com isso?

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