Índice de Capítulo

    Vassael investe com golpes imbuídos de energia negra, cada ataque rasgando o ar com uma densidade capaz de incinerar o ambiente. Elizabeth contra-ataca com movimentos precisos, seus punhos carregando uma força que transcende o físico, aproveitando sua técnica inata.

    Ainda que não toque diretamente o demônio, o impacto de seus golpes é sentido, forçando a entidade a recuar a cada troca… o sabor da morte raspando em seus lábios demoníacos.

    Os sons dos impactos não são apenas estrondos, mas explosões nucleares que reverberam por quilômetros, pulverizando estruturas e varrendo a paisagem com a força de um vendaval apocalíptico. A cidade ao redor se desfaz em escombros; prédios inteiros desaparecem em ondas de energia, deixando um vazio aterrador.

    A exorcista se esquiva no instante crítico, vendo o cenário atrás de si ser engolido pelo nada.

    “Caramba… esse é o poder de um Original?”

    O pensamento ecoa enquanto ela tenta estabilizar a respiração.

    O próximo ataque do demônio vem rápido, quase impossível de acompanhar. Mas a mulher escapa por reflexos que transcendem o humano, surpreendendo até mesmo o demônio.

    Cambaleando para trás, raspando o chão e erguendo poeira como em um passe de balé, ela fixa o olhar na entidade, enquanto a energia ao seu redor brilha, tornando-se cada vez mais intensa e esmagadora.

    — Então você está concentrando energia em um único ponto… no braço, e depois liberando? — observa, com a voz ofegante.

    Sua leitura é hábil; ela enxerga os impulsos negros sendo liberados pela aura abissal da besta, acompanhando o fluxo de seus golpes.

    A análise a deixa imóvel por um instante. A perspicácia dela o surpreende, mas Vassael logo sorri, os dentes afiados refletindo a energia sombria que o envolve.

    — Então seus olhos de celeste desvendaram o segredo dos meus ataques? — responde, com uma risada amarga.

    — Exatamente. Mas… — Ela pisa firme, rachando o solo enquanto sua energia espiritual irrompe como uma chama descomunal. — Eu também uso uma técnica parecida. Meu corpo se torna uma extensão da minha energia. Cada golpe é amplificado pelo meu feitiço inato. Você faz algo similar, não é!?

    — Ah… está falando da minha Dádiva do Abismo? Sim, é o Vendaval da Morte! — Ele rola o pulso, gerando uma espiral de vento sombrio em sua mão. O turbilhão cresce com uma força avassaladora, antes de ser disparado contra ela sem qualquer entoação de encantamentos.

    Elizabeth observa o ataque aproximar-se, seus olhos brilhando com a adrenalina do combate. Ela é consumida pelo embate, assim como a própria besta diante dela.

    “Que extravagante…”

    Pensa, hipócrita o suficiente para ignorar que está fazendo o mesmo que fez na última luta, enquanto avança sem hesitar.

    Cada passo empurra o chão para trás, abrindo crateras no percurso. O vendaval a corta, deixando feridas superficiais, mas ela não diminui o ritmo. Pelo contrário, como um titã, atravessa a tempestade e aterrissa diante dele. O impacto de sua chegada quase derruba o demônio.
    Ele tenta disfarçar o nervosismo com um sorriso forçado, mas a surpresa está estampada em seu rosto.

    — O… que…?

    Ela não para. Move-se como um raio, golpeando o ar ao lado do rosto dele. O ataque parece errar, mas ele sente algo — um alerta. De repente, uma dor aguda explode em seu peito. Ele recua instintivamente, percebendo tarde demais que seu corpo está ferido.

    Seu peito se abre em um rasgo profundo, e metade de seu rosto é desfigurada.

    O impacto quase o faz desmaiar.

    — Esse foi com a potência total! — murmura ela, deixando-o incrédulo.

    “Que poder… caramba… sério que há humanos com tanto poder assim? Sua presença irradia energia… mesmo eu, com ciclos de existência, não estou neste nível!”

    Para ele, a exorcista agora parece um dragão colossal. Sua presença é esmagadora. Mas, antes que ela consiga desferir o golpe final, algo a interrompe.

    Correntes negras irrompem do chão aos pés dela, cintilando com eletricidade sombria e a atingindo em cheio. Quem surge é Moloel, o irmão mais velho, emergindo como uma flor maligna brotando da terra. Seu corpo está envolto em trevas ainda mais intensas e poderosas. Ele encara Elizabeth com um sorriso malévolo, posicionando-se às costas dela.

    — Não achou que ele estaria sozinho, achou? — diz, sua voz grave ecoando pelo campo de batalha.

    As correntes negras disparam com a força de um relâmpago negro. A energia pulsante queima sua pele, drenando sua resistência. Não é apenas um golpe brutal; é uma técnica aprimorada, como um imobilizador projetado para subjugar.

    Ela cambaleia, a dor percorrendo cada fibra de seu corpo, enquanto ele gargalha, saboreando a sensação de superioridade.

    — Sua vaca! — vocifera Vassael, a voz carregada de malícia e escárnio.

    Ele pisa firme, enquanto a morte parece escapar entre seus suspiros.

    “Pensei que seria meu fim!”

    Admite para si: sua atitude é apenas uma casca.

    Ela quase cede, os joelhos ameaçando dobrar sob o peso da dor e da humilhação. Mas, antes que consiga reagir, Moloel aproveita a abertura. Com um golpe rápido, ele a desarma e coloca suas garras contra o pescoço dela. Qualquer membro além da cabeça ela poderia arriscar, mas…

    — Vocês exorcistas são ossos duros de roer, hein? — provoca ele, os olhos brilhando com uma satisfação sombria.

    — Acabe logo com ela, cacete! Não fique contando vantagem!

    — Merda… — murmura, ofegante, sentindo os dedos gelados e implacáveis do demônio ao redor de sua garganta. A força esmagadora aperta, tornando cada respiração um desafio desesperador. — Covardes… — sibila, tentando manter a compostura mesmo enquanto a visão começava a escurecer.

    Moloel gargalha novamente, inclinando-se mais próximo. Seu hálito é gélido como o próprio abismo.

    — Covarde? Haha! Isso não é uma luta por honra, mas por sobrevivência!

    Ele aperta ainda mais, prestes a torcer o pescoço dela com um movimento decisivo.

    Mas…

    Uma luz cegante rompe o caos. Um clarão, como o nascer da Aurora, explode entre eles, envolvendo o campo de batalha em um brilho quase divino. O demônio é lançado para trás com violência, soltando um grito de dor e surpresa enquanto se afasta, atingido por um golpe que não pôde prever.

    “Quem?”

    Elizabeth cai no chão, engasgando, sugando o ar com desespero. Seus olhos buscam a origem da luz. Entre os destroços e a poeira, uma silhueta emerge lentamente, carregando uma presença avassaladora e inconfundível.

    — É? Então… se é um jogo de sobrevivência… vocês estão fodidos, hein! — brada Masaru, emergindo da tempestade de destruição como uma figura imponente. Sua silhueta se destaca contra a fumaça densa, enquanto seus dedos ainda exalam o vapor quente do feitiço recém-lançado.

    Vassael recua instintivamente. Seu irmão, com a pele severamente queimada, expõe carne viva em algumas partes. Sua armadura, outrora reluzente, agora cai em pedaços chamuscados.

    — Masaru Jigoku… — ele gagueja, a voz trêmula de dor e surpresa.

    Seus olhos estão arregalados, incapazes de esconder o terror.

    Em sua mente, só há um alerta: Masaru é impossível para qualquer demônio!

    A pressão de energia que emana dele é insuportável, quase sufocante, como uma onda esmagadora. Ele parece maior do que nunca, cada passo ecoando como se o mundo estilhaçasse no campo de batalha.

    — Que foi, tá em choque? — diz o celeste, com um sorriso convencido estampado no rosto. Ele gira os ombros, estalando o pescoço, como se estivesse apenas aquecendo.

    Mas, antes que qualquer resposta seja dada, a celeste se ergue com uma expressão de fúria. Sua roupa está rasgada e seus cabelos balançam desordenadamente com a energia ao seu redor.

    — Eu iria matar esse bosta, não precisava da sua intromissão! — dispara, claramente irritada. — Por que você sempre chega na pior hora, hein, pirralho?

    Masaru arqueia as sobrancelhas, colocando as mãos nos bolsos com um desdém teatral.

    — Esse é seu obrigado? — retruca, sarcástico.

    — O mesmo que o seu! — grita ela, antes de disparar em um movimento tão rápido que quase desaparece da vista.

    Em um piscar de olhos, ela está diante de Vassael. O impacto do soco no estômago é brutal, um estrondo que ecoa como uma explosão. Ele é jogado para frente, cuspindo sangue enquanto a feiticeira continua o ataque.

    Com a outra mão, ela invoca uma torrente de chamas. Não são meras labaredas, mas disparos flamejantes que cortam o ar com precisão mortal, atingindo repetidamente o abdômen da criatura e rasgando sua carne como lâminas incandescentes.

    O demônio, agora completamente tomado pela dor, tenta reagir, mas sua mente está em caos.

    “Maldição… de onde ela tirou essa velocidade?”

    Pensa, enquanto seu corpo é dilacerado pelo ataque impiedoso.

    Ela para por um momento, sua respiração pesada, enquanto seus olhos, ardendo em raiva e determinação, encaram o adversário mutilado, com as pernas quase se desprendendo do corpo.

    A energia ao seu redor é tão intensa que o solo começa a derreter sob seus pés.

    Ódio feminino, o pior dos inimigos!

    Masaru observa de longe, batendo palmas lentamente, sua expressão tão relaxada quanto irritantemente condescendente.

    — Não vou mentir, isso foi bonito. Mas você ainda me deve um obrigado, sabe disso, não é?

    Ela olha para ele de relance, claramente considerando um novo alvo para sua fúria.

    “Devo…”

    Quando pensa, já está com o pescoço dele em suas mãos, irritada. Dá para sentir seus nervos, na energia que raspa como eletricidade.

    — Irmão! — o outro tenta ajudar, mas quando se move, tem as pernas apagadas por outro disparo de luz de Masaru. Os gritos dele ecoam enquanto ele bate de cara no chão…

    — Calma… vai chegar sua hora! — ele se senta em cima da entidade, com um sorriso descarado. — Fui legal, usei bem pouca energia para gerar luz, então em minutos você regenera essa pele de barata e esses pés nojentos…

    Enquanto falava, Elizabeth segura com tanto ódio o pescoço da entidade que ele segura em seu braço para não ser decapitado.

    “Ela… vai me exorcizar com as mãos nuas?”

    Seus olhos quase se apagam, enquanto no olhar do irmão, o desespero por seu fim a preocupa.

    “Maldita! Não levará o único que tenho!”

    Mas… raios negros surgem, tentando fazê-la recuar… mas não… ela não vai!

    — Que fraco! — ela fica praticamente nua, a pele cheia de cicatrizes, mas com um sorriso diabólico. — Me ataque com toda a potência, seu desgraçado! Você está contra uma exorcista muito foda!

    “Essa mulher… como ela pode?”

    O ser até tenta se livrar, mas seus socos mal fazem seu braço se mover, e os raios de Moloel só causam feridas, incapazes de fazê-la sentir dor suficiente.

    É um show de luzes, o chão sendo golpeado sem dó… E após inúmeros raios negros, um dos dois cai… o demônio, um corpo sem vida, tombando de costas, decapitado, enquanto ela se vira para o próximo adversário…

    “Vassael… irmão…”

    Ele range os dentes, tentando jogar para longe o maldito Masaru, que sai de cima aos risos.

    — Wow… wow… cuidado, hein!?

    Ele mal se importa se está em desvantagem… ou se está sem pernas…

    — Maldita! — explode, disparando como um feixe negro, suas trevas se transformando em uma catapulta em direção a ela. Não dá para ver o epicentro do impacto dos dois, apenas uma explosão que finaliza tudo… forçando até mesmo o cérebro de Masaru a se defender com um escudo cristalino…

    Tudo termina em uma explosão… caos… by Michael Bay.

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