Índice de Capítulo

    As hordas se espalharam como pragas pelo continente devastado, essa fúria primitiva que se libertava, entrelaçada com o devaneio do prazer — não dos homens, mas das próprias divindades do mal.

    Eram momentos em que até os seres mais poderosos, tomados pelos anseios ocultos, perdiam o controle sobre sua racionalidade, deixando-se consumir por instintos mais primitivos. E para evitar que essa perda total de controle dominasse suas existências, surgiram, como sombras distorcidas, os seres malditos.

    Milhões deles, espalhados pelo mundo, como uma infestação.

    A parte que eles mantinham aprisionada sob mantos e títulos se libertava, como um animal há muito enjaulado, sem restrições nem pudor. Até mesmo para essas entidades, os impulsos tornavam-se fraquezas a serem evitadas. E fraquezas, no jogo das trevas, eram portas abertas para o abismo, onde a perdição aguardava impiedosamente.

    E, atrás da carnificina e do caos, ocultava-se o verdadeiro inimigo. Não eram apenas bestas ou espectros, mas os Demônios do Conselho das Trevas. Seres com propósito e frieza, mestres do oculto, que se moviam nas sombras da destruição.

    Eles já haviam marcado seus alvos.

    Quatro dos Breus — cujos passos eram mais silenciosos que a própria noite — estavam presentes naquela região, observando em silêncio, como corvos pairando sobre um campo de batalha manchado de sangue. Outros dois já haviam partido, seguindo a trilha dos dois celestiais que, a muito tempo estavam longe de Soushin.

    Quando a ordem chegou, não houve hesitação.

    Eliminar os celestiais.

    Era fria e direta, sem espaço para dúvidas ou recusas.

    Custasse o que custasse.

    E o motivo? Um sussurro que se espalhou pelas trevas, ressoando nas mentes dos demônios, com um peso antigo, quase fúnebre.

    — Somente com eles destruídos… a tomada será mais que possível! Preciso que vocês tirem as pedras para que eu passe!

    E eles entenderam. As pedras eram celestiais. Os obstáculos. Os últimos resquícios de equilíbrio.

    Ajoelharam-se, não por submissão, mas em reverência a algo maior.

    — O jogo está correndo. Enquanto jogam diante de mim… eu jogo por trás deles. Estou agindo nas sombras para vencer! — proclamou a voz sombria do Senhor deles, um sussurro que ressoava como o piano de Vlad. Eles compreendiam, pois o que sentia… eles também sentiam. Não havia separação entre vontade e execução.

    — Essa será a primeira trombeta!

    Foi após o soar desse aviso velado, que o mundo sentiria o estremecer.

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