Índice de Capítulo

    — A-Alum?

    A voz ecoou em mim… fraca, dilacerada, como um sopro perdido entre universos.

    Eu… ou Bezeel?

    Enfim… ele mirou o horizonte.

    E naquele instante eu parei de ouvir os pensamentos dele que sempre se derramavam na minha mente.

    A transmissão cessou.

    A intenção se calou.

    Um silêncio anormal.

    Proibido.

    — Mas posso… matá-lo.

    A frase foi dita sem cerimônia, sem declaração, sem teatro… como quem comenta o tempo.

    De quem falava? De Elum?

    Da ponta de seus dedos, a energia emergia: Negra, crua, absoluta, consumindo o corpo de escuridão de Bezeel como se queimasse um papel antigo.

    — Não é nada pessoal… autor.

    Meu sangue gelou.

    Se é que eu tinha sangue ali.

    E… em um único disparo…

    A realidade se rasgou.

    A casa das ideias estremeceu. O tempo tentou recuar, a ficção engasgou, o caos tentou se recompor.

    Passou o mundo Concepção… a Completude…

    Mas nada adiantou.

    Atravessou a existência como se atravessasse um pensamento inacabado.

    E eu… eu…

    Morri?

    Sim! Matei o autor desta obra.

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