Capítulo 116 de 11 – Este é meu modo Aura Profana!
A batalha contra o destemido prosseguia. E após algumas trocas de golpes, Max não conseguia subjugar o adversário, cuja velocidade superava a sua. Os ferimentos se acumulavam, e a situação piorava. Frustrado, suspirou e declarou:
— Me desculpe por te subestimar.
— Subestimar? Você acha que tem esse direito? — retrucou Léo, seus pés se movendo com agilidade, como se dançasse no ritmo da batalha.
Max enfiou as mãos nos bolsos do calção, retirou as luvas com um movimento brusco. Ele as vestiu rapidamente, e uma onda de faíscas explodiu ao redor de seus punhos.
— Se prepara! Estou em outro nível agora!
— Eu acredito no que vejo… — Léo respondeu, os olhos fixos no seu alvo mais próximo.
Antes mesmo de terminar a frase, Max avançou e desferiu um soco na testa do oponente. O demônio percebeu tarde, mas ainda conseguiu se esquivar para o lado com um movimento ágil. No entanto, o golpe abriu um vácuo de explosões no ar e alcançou-o mesmo assim.
— Não importa o quanto você se esquive, minhas explosões vão te atingir de qualquer jeito — exclamou, com as explosões ao redor de seus punhos se acumulando.
— Percebi. Mas se isso é tudo que você pode fazer, não vai fazer diferença alguma — disse, a calma em sua voz.
Mesmo atingido, não sofreu nenhum dano. Explosões e fogo não surtiam efeito sobre ele, como já havia afirmado antes. Max sabia disso e já havia planejado os próximos passos.
Com movimentos ágeis, o adversário avançou e desferiu uma sequência de jabs e diretos. Max, no entanto, esquivou-se com precisão, afastava-se para os lados ou elevando-se no ar.
Ao perceber uma brecha, Idalme disparou suas flechas. O destemido, porém, as interceptou com as mãos e as destruiu sem dificuldade.
— Calma, o fogo não funciona, mas as flechas imbuídas de aura… essas sim podem machucar — ele disse, a voz carregada de uma ameaça silenciosa, enquanto se aproximava rapidamente dela.
Um vento forte varreu o campo, e Léo considerou que sua irmã estava indo longe demais contra adversários tão fracos. Max e Idalme também notaram a luta ao lado, mas não podiam se distrair. Decidiram ignorá-la e manter o foco.
Max avançou rapidamente. Quando estava prestes a atingir o inimigo pelas costas, Léo virou-se de repente e desferiu um golpe curvo de cima para baixo. O impacto atingiu em cheio a cabeça dele, que foi lançado ao solo.
Sem lhe dar importância, o demônio voltou-se para peitos caídos. Ela disparou várias flechas, mas ele as desviou com facilidade. Em seguida, ergueu uma muralha de fogo, mas Léo atravessou as chamas sem sofrer qualquer dano.
Sem perder tempo, Idalme juntou os dedos e, com uma explosão de força, gritou:
— Queime!
As chamas envolveram o corpo dele e intensificou-se à medida que ele se aproximava. Mas o fogo não o deteve. Com um olhar fixo, ele avançou sem hesitar.
— Sua idiota, o fogo não funciona comigo! — rosnou e desferiu um cruzado direto nas costelas dela.
O impacto foi brutal, e o som dos ossos quebrando ecoou. Sem dar chance para reação, Léo agarrou a cabeça dela com ambas as mãos e, com uma risada desafiadora, disse:
— Isso é fogo! — E, no instante seguinte, chamas começaram a surgir nas palmas de suas mãos, prontas para consumir.
Que dor… vou morrer…
O destemido começou a queimar a cabeça dela, e o grito de agonia ecoou pelo campo. O outro time, impotente, só pôde ouvir o som das dores, sem poder intervir. Enquanto isso, o único que parecia se divertir com a situação era Izumi, que sorria cruelmente.
Ziro tentou ajudar, mas seus golpes foram inúteis diante do adverso, que simplesmente ignorou sua presença.
Max, ao recuperar-se, deu um grito de guerra e avançou rapidamente em direção ao inimigo. Com um movimento preciso, cruzou as mãos e as balançou para baixo com a intenção de acertá-lo. Porém, o capeta foi mais rápido. Esquivou-se e colocou a cabeça de Idalme no caminho do golpe.
Ele não teve tempo de reagir e atingiu a cabeça de peitos caídos com força, fazendo-a cair no chão. Ele ficou paralisado, lamentando o que havia feito, mas não teve tempo para se preocupar. Antes que pudesse processar o que aconteceu, Léo atacou com um cruzado poderoso, que o acertou em cheio no rosto.
A minha consciência…
Max caiu no chão, sua mente se apagava aos poucos. O inimigo se aproximava, seus passos ecoando cada vez mais perto. A dor e a escuridão tomavam conta dele, até que, finalmente, seus olhos se fecharam por completo.
Na outra luta, Ziro decidiu intervir e começou a atacar o adverso. Embora Loi conseguisse reagir, os golpes não lhe causavam dano, e Ui aproveitava as brechas para atacar. Enquanto isso, Dam disparava suas balas, mas elas não surtiam efeito no inimigo.
Foi então que ele pegou sua arma, Liana, e disparou. A destemida, que antes havia ignorado, foi atingido e ferido. O plano dele havia funcionado: ele enganou o demônio, fazendo-o acreditar que era um peso morto, apenas para conseguir o momento certo para atacar.
O atirador havia mirado no coração e acertou precisamente. Loi, naquele instante, parou, colocou as mãos na ferida e viu o sangue escorrendo. A destemida olhou para Dam com uma raiva intensa.
— Jogando sujo… — sussurrou.
Ziro não perdeu tempo e se lançou sobre a ferida da destemida e atacou sem piedade. Ui, por sua vez, aproveitou o momento para apoiar o ataque, e logo o inimigo estava encurralado. Dam, então, disparou novamente, atingindo o demônio com mais um tiro, e sorriu satisfeito com sua façanha.
Loi, ao ver o sorriso do atirador e percebeu que ele estava se regozijando por jogar sujo, sentiu uma raiva crescente. Com um grito feroz, ela se levantou e exclamou:
— Jogando Sujo!!!
O vento começou a soprar com força, reunindo-se ao redor dela. Sua intensidade aumentava e criava uma pressão poderosa. Ziro e Ui, sentiu o perigo iminente, se afastaram rapidamente daquele vento que agora parecia cortante, como lâminas afiadas no ar.
— Estão felizes por jogarem sujo? — Loi se agachou e flexionou a perna, e gritou com toda a força, como um guerreiro liberando seu Ki. — LAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHH!!!!
O vento se reunia rapidamente ao redor dela e entrava em seu corpo, como se ela estivesse absorvendo toda a força da tempestade. Subitamente, ela parou de reunir mais vento e, com um sorriso desafiador, declarou:
— Barreira de Vento!
As duas balas que ainda estavam dentro do corpo de Loi começaram a sair por conta própria, como se o vento que a envolvia as estivesse retirando. Ao cair no chão, o ferimento causado começou a se curar lentamente.
Ziro, determinado a impedir a cura, avançou com um ataque, mas, mesmo sem o inimigo se mover, o vento cortante ao seu redor o feriu. Ui, em seguida, atacou, mas também foi atingido levemente na mão.
O atirador, com a intenção de acabar com a situação, disparou novamente, mas a bala simplesmente deslizou e voltou contra ele, atingindo-o no ombro. Ele caiu de joelhos no chão.
Ziro e Ui, não dispostos a desistir, voltaram a atacar, mas novamente foram feridos sem que Loi saísse do lugar. Em seguida, a destemida começou a gingar, com um sorriso de desdém, e disse:
— Continuem com o vosso jogo sujo.
— Sujo? Eu não joguei sujo! — gritou Ui, a voz cheia de indignação.
— Pode até ser, mas o seu parceiro, lá atrás, agonizando de dor, zombou de mim e ainda teve a ousadia de rir. Eu não perdoo inimigos como esse.
Dam, ainda de joelhos e com dores no ombro, sacou sua arma, Diana, e atirou. Sabia que não teria efeito, mas mesmo assim o fez. Com um sorriso desafiador, ele disse:
— Idiota!
Loi avançou rapidamente para atacar, e Ui, percebendo, foi logo atrás. No entanto, ao ver sua amiga sendo queimada, hesitou por um momento. A dúvida foi curta, pois logo viu Ziro indo em direção a Idalme para ajudá-la.
Determinada, retomou sua corrida em direção ao inimigo e tentou um ataque com uma voadora. Contudo, o golpe não teve efeito algum, e ela foi novamente ferida.
— Olhe para mim! — gritou.
A destemida, ao escutar o movimento, se direcionou rapidamente para Ui. Porém, antes que o confronto pudesse se intensificar, ela, inesperadamente, tirou um pedaço de carne de seu bolso e começou a comer tranquilamente. Com um sorriso, ela declarou:
— Dessa vez será diferente!
Ui começou a entrar na mesma forma que usou contra Karma, com energias negativas fluindo em seu corpo como fumaça densa. Loi, percebeu que sua adversária ficava mais forte, soltou uma risada empolgada. Ui sorriu de volta, seus olhos brilhando com determinação, e declarou:
— Este é meu modo Aura Profana!
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