Índice de Capítulo

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    O silêncio que se seguiu foi pesado. Loi sentiu um arrepio ao ver algo que a deixou sem palavras. Do fundo, uma figura emergiu lentamente — Léo. Ele caminhava com calma, enquanto sua ferida na barriga se fechava sozinha.

    — Mesmo naquela situação… Você é mesmo uma aberração! — disse, incrédulo.

    Loi franziu a testa, confusa e perguntou:

    — O que aconteceu?

    Léo lançou um olhar afiado para a irmã antes de responder:

    — Naquele instante, ela concentrou força nas pernas, usou meu corpo como impulso e me lançou para longe. Hah… Interessante. Isso foi muito interessante.

    Antes que pudesse continuar, uma voz interrompeu.

    — Você fala demais!

    Ui desapareceu num piscar de olhos — e reapareceu ao lado dele.

    Ela veio do lado?

    Antes que ele pudesse reagir completamente, a mestiça usou sua astúcia e, com um giro rápido de sua perna, acertou a cabeça de Léo de cima para baixo, destruindo o piso ao redor.

    — O próximo é você! — apontou para destemida.

    Ui se aproximou rapidamente, suas mãos e pés golpeava com rigor, buscando enfraquecer a barreira a cada impacto. 

    Na mente do demônio, uma estratégia começava a se formar, mas ela sabia que inverter sua barreira não seria suficiente para deter o contra-ataque inimigo.

    Desesperada, Loi pediu com firmeza: “Irmão, me ajude!” As palavras saíram com uma urgência que refletia a gravidade da situação. Ela sabia que sem a ajuda dele, seria incapaz de segurar aquela pressão sozinha.

    E, no momento exato em que ela implorava, o que ela mais temia aconteceu, mas também era o que mais precisava. Um ataque de fogo vindo do piso de baixo rompeu o chão com força, e a explosão de pedras e destroços quase acertou Ui.

    — Nossa… Até isso você conseguiu esquivar? — perguntou Léo coçando a cabeça.

    — Irmão… — murmurou Loi, apreensiva.

    Léo pousou a mão sobre a cabeça dela, com um sorriso confiante, confortou:

    — Não se preocupe. Vamos usar a nossa habilidade mais forte!

    — Habilidade mais forte…? — A preocupação nos olhos dela começou a se dissipar, dando lugar à segurança. — Sim!

    Ui observava atentamente enquanto os irmãos se afastavam, como se estivessem se posicionando para um confronto final. Eles pararam a uma distância estratégica e, em um movimento sincronizado, se encararam diretamente. 

    De repente, sem aviso, eles correram na direção um do outro, e, no exato momento do impacto, se abraçaram com força. Suas mãos e pernas se entrelaçaram, e, logo, os corpos deles começaram a girar, criando uma força centrífuga que parecia distorcer o próprio ar ao seu redor. 

    O vento se intensificava, soprando forte, enquanto chamas começaram a circular ao redor deles, como se o fogo fosse alimentado pela energia gerada pelo vento.

    O calor aumentava a cada segundo, as chamas se elevava, dançando em torno dos irmãos, enquanto a força do giro se intensificava e criou uma bola de fogo em constante movimento. 

    A luz da chama iluminava o ambiente, e o vento uivava, como se todo o campo de batalha fosse consumido pela força daquela fusão. A bola de fogo girava com velocidade aterradora.

    — Se prepare para morrer! — declararam em uníssono.

    — Idiotas! Eu não sou idiota! — rosnou Ui, furiosa.

    — Tem certeza?! Se você esquivar… eles morrem!

    Ui ficou preocupada, o campo de batalha ao seu redor parecia ter diminuído sua percepção. A visão de Idalme, caída no chão, imóvel, com Dam inconsciente ao lado dela, a fez perceber a gravidade da situação. Nesse momento, ela sabia que não podia esquivar. 

    Enquanto ela cruzava os braços em defesa, os irmãos destemidos, ao perceber sua vulnerabilidade, não hesitaram. Eles atacaram com rapidez, sua sincronia perfeita. O impacto foi brutal, e os gritos de Léo e Loi ecoaram no ar, simultaneamente:

    — Vencemos!!!

    O ataque foi inexorável. A combinação de velocidade, força e energia devastadora atingiu Ui de cheio, e seu corpo foi girado violentamente pela força do impacto. Ela não conseguiu suportar a intensidade do golpe e foi lançada para longe, seus membros e articulações sentia os efeitos de cada movimento. 

    O sangue escorria de sua mão, peito e cabeça, marcando o preço de seu sacrifício. A dor era insuportável, mas, com uma raça quase encarniçada, Ui se levantou, mancando, e começou a caminhar em direção aos seus amigos.

    Sua visão estava turva, e cada passo parecia mais difícil do que o anterior, mas ela se recusava a parar. Sua mente estava focada em uma única coisa: proteger aqueles que ainda estavam ao seu alcance. 

    Quando finalmente chegou até onde estavam Idalme e Dam, ela viu que conseguiria defendê-los por mais um momento. A sensação de alívio a invadiu, e, por um breve instante, ela sentiu que seu sacrifício havia valido a pena.

    No entanto, logo ela parou na frente deles e ergueu-se como uma muralha, pronta para continuar a luta. Mesmo com a dor, mesmo com as feridas profundas, ela não recuou. Os destemidos que voltaram ao normal, estavam diante dela, sorrindo.

    — Vencemos irmão! — exclamou Loi.

    — Sim, irmã.

    Ui, que até então permanecia firme em sua posição, de repente sentiu uma onda de fraqueza tomar conta de seu corpo. Seu estômago se revoltou, e ela começou a tossir violentamente, com uma sensação de que sua força se esvaía a cada segundo. 

    Ela se agachou, colocando a mão no chão para se apoiar, enquanto vomitava as últimas coisas que havia comido, e, para sua surpresa, ela vomitou Ziro.

    Com um grito abafado de dor, sua forma começou a se reverter ao normal. As feridas, o cansaço e o esgotamento físico tomavam conta dela, e, enquanto seu corpo começava a se reconfigurar, a sensação de desespero voltou com força total. 

    Ela sabia que estava perto do limite. Seu poder, que antes parecia imenso e imbatível, desmoronava, e com isso vinha a amarga sensação de derrota.

    Os gêmeos, ao observar, não podiam esconder sua alegria. O sorriso deles se ampliou à medida que viam a mestiça caída no chão, completamente derrotada. A arrogância com que ela os havia encarado na luta, a confiança de sua força, agora estava completamente apagada.

    — O que faço agora? — perguntou Ui, com lágrimas nos olhos e medo na voz.

    A mestiça olhou ao redor, seus olhos varria o campo de batalha em busca de Izumi. O desespero tentava tomar conta dela, mas, dessa vez, não havia espaço para se sentir uma fracassada. Seu corpo estava em frangalhos, sua respiração irregular, e cada músculo gritava de dor, mas algo dentro dela não permitia que caísse de vez.

    Com um esforço sobre-humano, ela se ergueu. Suas pernas tremiam, mas não cederam. Sua expressão, antes tomada pelo medo, agora era pura raça. Ela não sabia onde seu amado estava, mas uma coisa era certa: não permitiria que Idalme e Dam fossem feridos. Mesmo sozinha, mesmo sem forças, ela protegeria seus amigos.

    — Nem que eu pereça, jamais vou deixar vocês passarem! — declarou, com os olhos ardendo de intensidade.

    Os demônios, ao verem a firmeza de Ui, não hesitaram. Como predadores prontos para dar o golpe final, correram em sua direção com velocidade total, prontos para acabar com qualquer resistência. No entanto, no exato instante em que estavam prestes a atingi-la.

    Seus corpos pararam abruptamente. Nenhum músculo se movia, nenhuma força obedecia suas vontades. Loi tentou mexer um dedo, Léo tentou dar um passo, mas nada acontecia. O frio percorreu suas espinhas. Eles conheciam aquela sensação. Já haviam sentido antes, e sabiam exatamente o que significava.

    Uma figura surgiu das sombras, caminhando com passos firmes e carregava alguém nos braços. A presença esmagadora que emanava do recém-chegado era inconfundível. Ui, com o corpo enfraquecido e a visão turva, virou-se lentamente, seu coração disparando. E, no momento em que viu quem era, uma onda de alívio percorreu seu ser.

    As lágrimas escorreram pelo seu rosto. Todo o medo e todo o desespero se dissiparam em um instante. Seu peito se apertou, e, sem conseguir conter a emoção, ela declarou:

    — Izumi!

    Ele colocou lentamente o corpo de Max no chão e, com urgência, pediu:

    — Cure-o!

    Idalme, que até então permanecia em silêncio, somente observando a situação com olhos pesados, finalmente se moveu sem perceber. Sem dizer uma única palavra, ela concordou, balançando a cabeça lentamente.

    O mestiço continuou caminhando. Os destemidos, ainda paralisados, sentiam o suor frio escorrer por suas testas. Seus corpos não obedeciam mais suas vontades, e o terror crescia dentro deles a cada segundo que passava.

    Izumi, sem pressa, sacou suas espadas. O som metálico do aço deslizando ressoou como um prenúncio de destino inevitável. Ele parou bem diante dos destemidos, olhando-os de cima, seus olhos afiados e impassíveis.

    Então, com uma voz calma, ele perguntou:

    — Interessante! Vocês sentem medo?

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