Capítulo 89 de 23 – Venci, mestra!
Após ser derrubado por sua presa, os papéis se inverteram, e o demônio não compreendia como aquela mulher havia adquirido subitamente uma nova habilidade. Considerou, por um momento, que fosse algo do humano recém-morto, mas isso parecia ilógico. Logo pensou que a morte do homem poderia ter despertado essa habilidade.
Mesmo convencido dessa ideia, ainda achava estranho o seu corpo ter hesitado no instante em que tentava se defender do ataque. Nana aproximou-se do alvo e, de repente, golpeou o próprio rosto. Nesse momento, o inimigo compreendeu sua habilidade e começou a rir enquanto se levantava.
— Diferente da outra habilidade, essa é mais interessante de obter. Me desculpe mulher, ainda desejo pelo seu corpo.
Ela não respondeu e avançou. O alvo, ciente dos efeitos da habilidade dela, desviou de seus golpes, mas Nana entendia que apenas atacar diretamente não seria eficaz. Por isso, voltou suas ações contra o próprio corpo, desestabilizando o inimigo e criou oportunidades para desferir ataques críticos.
— Cahaha! Como posso ver, ter um corpo que não emite dores é inconveniente para desviar de sua trapaça.
Ela ignorava completamente as falácias e seguia atacando. Apesar dos golpes intensos o fazerem sangrar, ele não cessava de falar.
— Como posso ver, Fuma não tem efeito sobre você, já que o corpo original agora pertence a mim. Mas qual seria o verdadeiro gatilho para despertar essa habilidade? A morte do seu irmão, ou talvez sua raiva? Espera… seria uma combinação dos dois? Não… Você poderia ter usado isso antes, mas optou por não usar, mesmo sabendo que o corpo do morto estava em perigo.
— Cala boca formiga nojenta!
— Será que o verdadeiro gatilho para despertar essa habilidade são as suas emoções? E o fato de você não ter conseguido usá-la antes sugere que suas emoções precisavam estar em um nível elevado. Talvez fosse a raiva, ou a tristeza… Qual delas será o verdadeiro gatilho?
— Falas demais para um projeto de merda rastejante.
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Naquele momento, as pernas inimigas estavam quebradas, mas isso não o impediu de continuar.
— Acredito que a sua raiva direcionada a mim, ativou essa habilidade, mas o que aconteceria se eu morresse?
— Quê?
O demônio sorrindo desabou no chão e morreu. Ao perceber isso, Nana sentiu a raiva aumentar e começou a socar o chão repetidamente, até se acalmar. Só então lembrou-se do líder da cidade.
Ela correu até o local e encontrou Castiel. Apesar do sorriso que ele lhe ofereceu ao vê-la, seu olhar revelava o sofrimento. Ela aproximou-se com lágrimas nos olhos, segurou-o nos braços, o abraçou e chorou intensamente.
— Nana… escuta… Vá buscar… Nita.
— Sim, líder.
Com delicadeza, repousou a cabeça de seu líder no chão. Determinada, partiu em direção ao esconderijo. No entanto, ao se aproximar da entrada, uma onda de intenção assassina percorreu seu corpo e congelou-a momentaneamente.
— Como pode ver, sobrevivi.
— Não me diga… Como?
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— Não seja idiota, sou um demônio de alto nível. Como podes ver, mesmo machucado, ainda posso usar as pernas somente com minha energia negativa.
Ao ouvir aquilo, Nana sorriu. Ergueu o braço, acumulando uma poderosa aura em sua mão, moldada como uma lâmina, e golpeou a própria perna com força. No entanto, ela caiu no chão.
— Como podes ver, eu estou ileso, mas você. Cahahaha! Derrotada.
— Como isso?…
— Como posso ver, nem você entendia sua própria habilidade. E isso foi a sua ruína. Deveria ter cortado todo o membro do meu corpo, não te ensinaram isso? Mas foi a fraqueza humana, essa obsessão em se preocupar com os outros, que acabou sendo a sua destruição.
— Cala boca, demônio…
Ergueu-se com dificuldade, apoiada apenas em uma perna, e avançou para atacar. Contudo, o alvo desviou habilmente e contra-atacou. Incapaz de se sustentar, ela desabou no chão.
— Não se precipite humana, o seu corpo é precioso para minha pesquisa.
O inimigo aproximou-se de Castiel e, com um tom sádico, disse:
— E você… ainda é cedo, mas venho reivindicar de algo que é meu.
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— Teu?
— Sim.
Agarrou a cabeça dele com força e apertou-a insensivelmente. À medida que fazia isso, uma energia negativa começou a emanar do corpo do líder, enquanto o grito de dor ecoava.
— Calma, vai terminar logo.
— O que está acontecendo aqui?
Ao ver a pessoa que apareceu, o demônio esboçou um sorriso satisfeito. Com um movimento brusco, ele largou Castiel no chão e, proclamou:
— Cahahaha! O melhor chegou!
— Quem é você?
— Oh! Me desculpe. Nessa forma pareço outra pessoa.
— Hum?
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O demônio caiu no chão e deixou todos os presentes na área surpresos. De repente, seu corpo começou a se agitar, como se algo dentro dele estivesse devorando-o por dentro. Então, uma mão surgiu de sua boca, seguida pela outra. Com uma força aterradora, o corpo foi rasgado ao meio, dando origem a uma criança. No entanto, nos olhos de Castiel e Nana, o que surgia era claramente um adulto, cuja presença ameaçadora logo se impôs.
— Você? Como é possível. Deverias estar morto…
— Como podes ver, nem a morte pode me matar.
— Impossível! Nem um demônio escaparia daquela explosão.
— Cobaia especial, não se engane. Sou um destemido, diferimos dos demônios. Me matar é impossível.
— Lhiahahahaha! Obrigado por não morrer, eu mesmo te matarei pessoalmente.
— Como podes ver, estou tremendo de tesão por isso.
Izumi sacou suas duas espadas e adotou uma postura de batalha, preparada para o confronto.
Enquanto isso, minutos antes desses eventos, uma luta que se aproximava de seu fim ainda se desenrolava. Idalme, após despertar o poder de seu estômago, encontrava-se diante de Kappa.
O alvo, com um grande buraco em forma de mão em seu peito e sangrava profusamente, sentia seu corpo ficar cada vez mais úmido. Contudo, aquilo não era o suficiente para curar o ferimento. A dor o consumia, mas seu fator de cura proporcionava algum alívio. Sua boca salivava intensamente enquanto tentava manter a consciência e observava sua inimiga com raiva nos olhos.
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— Quem… é… você?
A sanidade dele já estava tão perturbada que sua memória se fragmentava, mas ele ainda sabia que aquela pessoa à sua frente era uma inimiga. Sem hesitar, lançou seu raio de fogo. No entanto, Idalme já estava pronta para o ataque final. Ela acumulou ar em seus pulmões e, quando o soltou, uma intensa rajada de chamas saiu de sua boca, como uma onda de energia. Com isso o sopro colidiu com o raio de fogo.
O demônio, ao perceber que ela estava superando seu poder, intensificou seu raio, e sangue começou a escorrer de seus olhos. No entanto, apesar de seus esforços, ele só conseguiu interromper a supremacia de Idalme, e os dois ataques ficaram igualados no ar.
Sopro energético de fogo fortificado!
À medida que as chamas dela se intensificavam, ela estava claramente subjugando Kappa. E ao notar que a derrota era iminente, ele, consumido pela raiva, começou a gritar ofensas contra ela.
— Morra sua aberração, morra de uma vez! Morra!!!
Ela não se importou com nada, focada apenas em sua vitória. Suas chamas, finalmente, subjugaram o raio de fogo e atingiu-o com força total. O impacto foi assolador e deixou-o completamente queimado no chão. Quando o calor se dissipou, a forma de Idalme se desfez, e ela, exausta, se ajoelhou no chão, ofegante. Antes de perder os sentidos, com um sorriso no rosto, ela declarou:
— Venci, mestra!
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