Índice de Capítulo

    Max caminhava ao redor do demônio e, preparava seu ataque mais poderoso. Concentrava uma abundância de aura e, ajustava seu corpo para suportar o impacto. Contudo, ao focar na acumulação, perdia a capacidade de utilizar suas explosões, obrigando-o a buscar uma oportunidade para se aproximar do inimigo.

    — Que foi, humano? Não vai atacar? — disse Camion, com a guarda baixa.

    — Espere, estou chegando lá — respondeu curvando o canto da boca.

    Ele sabia que uma aproximação convencional não seria eficaz e precisava de algo que distraísse o demônio. Então, decidiu realizar uma série de agachamentos diante do inimigo. Camion, ao presenciar a cena, sentiu-se decepcionado e comentou:

    — Que lamentável… achas que fazer isso vai te impedir de morrer?

    — Relaxa, estou me aquecendo para um nível superior.

    Os agachamentos rápidos eram uma técnica para acelerar o processo que ele havia iniciado. Seu corpo começou a transpirar intensamente, algo incomum para ele. No entanto, com o controle que possuía sobre seu próprio suor, isso não era um problema.

    Com o corpo já encharcado, interrompeu os movimentos, assumiu uma posição de corrida, sorriu e disparou em direção ao inimigo. O capeta, por sua vez, não esboçou nenhuma reação defensiva e, observou-o com desdém.

    O humano continuou avançando, mas, ao se aproximar, Camion atacou. Inesperadamente, Max parou bruscamente e, levantou uma nuvem de poeira. Aproveitou a distração, avançou novamente para abraçar o adversário calorosamente. Porém, mesmo com a visão prejudicada, o agressor agarrou a cabeça dele e começou a apertá-la.

    — Não sei o que ia acontecer, mas é irrelevante. O seu futuro não aconteceu, e isso é tudo o que importa — disse, enquanto a poeira começava a se dissipar.

    O demônio olhou para sua presa, mas o que viu foi um chute direto em seu rosto. Apesar de novamente não causar efeito significativo, o ataque criou uma abertura. Com o corpo molhado e escorregadio, ele aproveitou o momento e deslizou pelo braço do adversário, que vacilou ligeiramente com o impacto do golpe.

    Então agarrou firmemente o braço de Camion. Sem perder tempo, o monstro tentou esmagá-lo com o punho direito, mas Max foi mais rápido e, deslizou até alcançar a cabeça do inimigo e, escapou por pouco.

    O capeta, furioso, ergueu as mãos para remover o alvo, que agora se prendia à sua cabeça. Contudo, antes que pudesse alcançá-lo, o corpo de Max começou a brilhar intensamente. Ele abriu um sorriso confiante e gritou com entusiasmo:

    — Tarde demais, explosão galante comprimido!

    A explosão o atingiu e, elevou uma coluna de energia que se estendeu do chão até os céus. Todo o impacto foi concentrado no inimigo, que caiu de joelhos. Max, sem hesitar, recuou para ganhar distância enquanto ainda estava no modo explosivo. Aproveitando a oportunidade, lançou-se em um ataque aéreo e, desferiu uma voadora que atingiu a cabeça de Camion, arremessando-o pelo chão até colidir com a muralha, destruindo-a.

    Sem perder tempo, voou na direção do inimigo para desferir outro golpe decisivo. Contudo, antes que pudesse concluir, Camion o interceptou. Com um grito poderoso, agarrou-o e o lançou de volta para dentro da cidade.

    Max, utilizou suas explosões e, estabilizou-se no ar antes de pousar no chão. Ao olhar à frente, viu o inimigo que caminhava em sua direção, sangrando.

    — Realmente essa doeu — disse, enquanto lambia o sangue que escorria de seu rosto com um sorriso sádico.

    — Osso duro de doer, hein! — declarou a presa, visivelmente surpresa.

    O invasor, agora completamente nu, fez com que sombras envolvessem sua cintura, moldando-se no formato de um short improvisado. Max, ao observar a cena, arqueou uma sobrancelha e questionou:

    — Essa máquina funciona mesmo?

    Camion sorriu e respondeu: — Quer experimentar?

    — Que ser nojento… — respondeu com desdém.

    Sem hesitar, voltou a atacar, mas desta vez o agressor reagiu à sua velocidade, iniciando uma intensa troca de golpes. Ao Perceber que estavam equilibrados, o demônio esboçou um sorriso de empolgação. Apesar disso, a presa era visivelmente mais veloz, porém Camion demonstrava uma habilidade impressionante em antecipar e bloquear seus movimentos.

    A velocidade dele é comparável à do mestiço, mas nessa forma, posso reagir sem problemas.

    O capeta analisava os movimentos do alvo, antecipou suas ações e contra-atacou. Ainda assim, Max conseguia desferir alguns golpes bem-sucedidos, embora nenhum deles conseguisse causar danos significativos.

    — Eu admito, humano, és digno de testemunhar minha nova habilidade! — declarou, com um sorriso de confiança.

    As nuvens começaram a se agrupar nos céus e, formou uma densa camada negra. Max interrompeu seus movimentos, observando o céu escurecer rapidamente enquanto o cenário ao redor da batalha se tornava escura.

    — Que porra é essa? — questionou, completamente em dúvida, enquanto olhava para o céu.

    — Olhe bem para o céu, humano!

    Os raios começaram a crepitar nas nuvens negras, como se gritassem para descer sobre a terra. Camion levantou as mãos, e os raios desceram lentamente até elas, entrando em seu corpo. Raios negros começaram a cercá-lo e, crepitou com uma energia intensa. Ele abaixou as mãos e, com isso, os clarões retornaram às nuvens.

    Apesar disso, as nuvens continuavam dominando o céu. Com uma velocidade impressionante, o musculoso atacou seu alvo com um soco devastador. No entanto, a presa conseguiu desviar, fazendo o golpe passar sem o atingir. Um raio saiu do corpo de Camion e, atingiu o chão com um estrondo. Max, ao ver o poder do ataque, percebeu rapidamente que ser atingido seria fatal.

    — Fez bem em desviar — disse, ao manter os olhos fixos no humano.

    A luta prosseguiu, e Camion, agora mais habituado à velocidade, conseguia acompanhar melhor os movimentos do seu adversário. Max, por sua vez, se via em desvantagem, pois qualquer contato direto com a pele do demônio poderia ser fatal devido à energia elétrica que o envolvia. Ele se mantinha afastado e, atacou à distância para evitar o confronto direto.

    Porém, o invasor demonstrava uma defesa impecável, e nenhum dos ataques da presa parecia surtir efeito real. De repente, o agressor parou subitamente, olhou para o humano e disse:

    — Foi bom o quanto durou humano, adeus.

    — Hum?

    Sem compreender a atitude repentina do invasor, começou a se questionar sobre a melhor forma de derrotá-lo. Embora estivesse em desvantagem, sentia que não era o suficiente para ser desprezado tão facilmente. Decidido a entender a situação, olhou para o inimigo e, com um olhar firme, perguntou:

    — De onde está saindo essa confiança? — Continuou. — Continuo aqui, te atacando.

    — De fato, mas quando digo que acabou, acabou — declarou, com dureza.

    Max ignorou e, voltou a atacar. Contudo, antes que pudesse sequer alcançar o inimigo, seu corpo de repente cedeu, e ele caiu no chão, atordoado e sem entender o que acabara de acontecer.

    O que é isso… meu corpo… dói, não consigo me mexer…

    Camion agachou-se, agarrou os cabelos da presa e, olhou profundamente em seus olhos, disse:

    — Eu disse, humano, acabou.

    Max permaneceu no chão, com a visão turvada e a consciência se esvaindo lentamente. O modo explosivo, que antes o mantinha em um estado de poder, começou a desativar-se, como se sua energia estivesse desaparecendo com sua vitalidade. Ele sentiu a vida escapando gradualmente, e a sensação de perda era iminente, enquanto o peso da derrota o consumia.

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