Capítulo 97 de 31 – Os sonhos são amores!
Nita, refugiada junto aos outros cidadãos, preocupava-se com seu mestre, mas não podia desobedecer às ordens dele. Por isso, permaneceu no local, mesmo desejando ajudar.
Tudo mudou quando um homem surgiu diante dela. Era Carlo, alguém que a conhecia bem e a quem ela também conhecia. Convencido de que poderia perecer na batalha, ele revelou o que ocorria no subsolo do clã Zura.
Em vez de esperar até que tudo se acalmasse, Nita, movida por impulso, correu de volta ao encontro de seu mestre e, justificou sua ação com a necessidade de compartilhar o que havia descoberto.
Ao chegar, avistou Castiel amparando Izumi. Imediatamente compreendeu a urgência de curar e, sentiu alívio por sua decisão de desobedecer não ter sido em vão.
Logo após a partida de Izumi, ela se voltou para seu mestre e questionou:
— Mestre, não vais ajudar?
— Não é necessário, eu apenas seria um empecilho — respondeu ele, com um sorriso nebuloso, enquanto colocava as mãos de maneira descontraída sobre os quadris dela. — Ele está forte demais para depender de ajuda externa.
— Mestre… — Gemeu. — Agora não posso…
— Nita, meu filho é impressionante. Mesmo diante banho do fogo, minhas cicatrizes permaneceram intactas, mas ele conseguiu curá-las completamente.
Ela olhou profundamente para o rosto de seu amado e, com um tom suave, explicou:
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— Se o mestre fosse membro do clã, certamente teria sido curado por completo.
— Sim, eu sei — respondeu, seu olhar distante. — Mas de todas as manifestações de aura que imaginei para ele, jamais pensei que seria a da cura. Contudo, agora entendo… Ele sempre quis curar sua mãe.
Nita voltou o olhar para Castiel, que ainda acariciava a sua bunda. Ele contemplava o céu e, sorria, como se estivesse tomado por uma felicidade transcendental. Então, com firmeza, demonstrou:
— Victory, o nosso filho é muito gentil.
A serva, naquele instante, sentiu ciúmes da mulher. Após tanto tempo ao lado dele, sabia que o líder jamais havia amado alguém de verdade, sendo apenas um pervertido dominado pelo tesão.
Em um canto do quarto, uma figura rastejava no chão e, murmurava o nome dele com raiva. Foi então que ele percebeu que havia esquecido de alguém.
— Peço desculpas, Nana, esqueci completamente de você — disse ele, seu olhar se voltando para ela, cheio de remorso.
— Seu… desgraçado… — resmungou, irritada.
A serva, ainda distraída, afastou-se de Castiel, e a proximidade de antes foi rompida. Ele olhou para a própria mão, que estava tocando algo estimulante, e sorriu, aceitando que aquele não era o momento adequado.
Depois de recuperada, Nana aproximou-se do líder e desferiu um soco forte em seu rosto. Ele não reagiu e, limitou-se a abrir os braços enquanto ela começava a chorar. Nita, ao observara cena, compreendeu o ocorrido. Enquanto ela cuidava da secretária, Castiel havia expressado suas condolências ao ver a cabeça de Zefis caída no chão.
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Com lágrimas que escorria pelo rosto, Nana encarou-o. Em um momento de aflição, deu um abraço e começou a chorar intensamente. O líder, apesar de sua tristeza pela morte de seu subordinado, cedeu à sua natureza impulsiva e tocou a bunda dela inadequadamente. Ao perceber o gesto, ela o afastou com raiva, ainda mais indignada.
— Você… você… mesmo nesta situação… você…
— Peço desculpas, Nana — disse, seu rosto que exibia um leve tormento. — Não sei o que está acontecendo com o meu corpo, mas simplesmente não consigo me controlar.
— Seu… seu… seu pervertido de pau pequeno, frouxo e precoce! — desabafou ela, com um olhar de desprezo e raiva.
Castiel, naquela situação, sentia-se a pior pessoa do mundo. Ele sabia que aquele não era o momento adequado, mas algo em seu corpo parecia agir contra sua vontade, como se tivesse perdido o controle. O desejo o consumia.
O líder voltou o olhar para sua serva e, deixou claro suas intenções. Ela, no entanto, balançou a cabeça em negação. Ele insistiu, lançando olhares persistentes, mas ela recusava. Foi então que algo a veio à mente.
— Sim, tenho algo importante para relatar! — alertou.
Mesmo diante da situação difícil, Castiel e Nana voltaram a atenção para Nita, que começou a relatar tudo o que Carlo havia lhe contado. O líder, contudo, não demonstrou grande surpresa; ele já nutria desconfiança em relação aos anciões há muito tempo.
Dessa vez, porém, a fúria era visível. Sua expressão havia mudado completamente, diferente de qualquer coisa que as mulheres presentes já tivessem visto. Parecia uma pessoa completamente diferente, tomada por uma ira reprimida e ameaçadora.
No entanto, logo após, ele se acalmou, inalando um ar mais sereno, disse:
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— Entendo, não podemos contar isso ao Izumi, ele iria surtar. — Olhou para a sua secretária. — Nana, fique aqui. Se qualquer notícia chegar, me avise imediatamente.
— Hum? Aonde vais? — perguntou ela, com uma expressão de curiosidade.
Castiel olhou firme para sua serva e respondeu, com um tom disposto:
— Tenho uma serva a ser punida.
Nita percebeu que seu mestre não havia esquecido sua desobediência. Tentou pedir desculpas, mas foi interrompida pelo líder, que a segurou pelos braços. Desesperada, ela mencionou estar “naqueles dias”. Castiel, porém, apenas sorriu de forma enigmática e respondeu:
— Não importa, se não der por um caminho, vou por outro.
Nita, ao compreender suas intenções, começou a negar ainda mais, mas ele não se importava com isso e, logo depois, percebeu que não havia como escapar e desistiu.
///+///
Antes de todos os acontecimentos que seguiram, uma luta importante ainda estava em andamento, não tendo sido finalizada. Após Karma sofrer o impacto do golpe de Ui, a dimensão onde travavam batalha começou a se desintegrar, e ambos retornaram ao quartel da cidade. Ela, exausta, viu sua forma carregada de energia negativa se dissipar.
Com passos lentos, ela se aproximou do demônio, ciente de que aquele ataque não seria suficiente para destruí-lo. No entanto, Ui estava sem forças, enquanto Karma começava a se recuperar. O ferimento causado por ela se fechava gradualmente, até que, com fúria, o monstro se levantou novamente.
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— Sua mestiça desgraçada!!! — gritou.
Ao observar a raiva do capeta, sorriu e continuou a se aproximar dele. O capeta, parado, a encarava com tanta intensidade que seus punhos estavam tão cerrados que parecia que o aperto lhe causava dor. A raiva transparecia claramente em seu rosto e em cada movimento de seu corpo.
Quando chegou perto o suficiente, desferiu um golpe certeiro na barriga do demônio e, com um sorriso, caiu no chão. Karma, que mal se moveu ao receber aquele golpe, o encarou com desprezo, sentindo-se derrotado. Ele chutou a cabeça dela, fazendo-a voar por um instante até cair no chão.
Porém, mesmo caída, ela se levantou novamente. O capeta, enfurecido, fez com que ela caísse mais uma vez, e depois mais outra. Mas, a cada queda, Ui se erguia com um sorriso provocatório no rosto.
Izumi… estranho, eu sei que vou morrer, mas… eu não sinto a morte chegando.
— Por quê? Por que persistes? — perguntou Karma, incrédulo.
Ui levantou a cabeça, fixando os olhos nos dele e, respondeu:
— Eu sou amada, seu imbecil.
Karma a chutou novamente, e, com desdém, questionou:
— Amada?! O que isso tem a ver com tudo isso?!
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Ui, que se levantava novamente, não tinha uma resposta clara para a pergunta. No entanto, havia algo que sentia a necessidade de dizer, mesmo sabendo que não era a resposta que ele desejava ouvir.
— Eu amo Izumi!
Ao ouvir a declaração, foi envolvido por memórias antigas e, recordou o primeiro casal que havia desprezado. No entanto, ele acreditava que o amor era uma fraqueza, algo destinado apenas aos fracos. Por isso, convencido de sua visão, ele acreditava que o amor não deveria existir. Com suas últimas palavras, declarou:
— O amor não existe no mundo dos fortes!
O demônio, ao correr em direção a sua presa, a ameaçava novamente. No entanto, sem forças, Ui começou a cair. E em suas memórias, apenas uma imagem surgia: a de seu amado, vindo para salvá-la do inimigo.
E foi exatamente isso que aconteceu. Seu amado apareceu e, mesmo sem acreditar completamente no que estava acontecendo, Ui pensou algo antes de perder a consciência.
Os sonhos são amores!
Logo após, Karma, percebendo que havia sido derrotado por aquele humano desconhecido, começou a ser invadido por flashbacks dos momentos em que realmente havia sido feliz.
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