Índice de Capítulo

    Hora da Recomendação, leiam Fagulha das Estrelas. O autor, P.R.R Assunção, tem me ajudado com algumas coisas, então deem uma força a ele ^^ (comentem também lá, comentários ajudam muito)

    Talvez passe a usar mais esse espaço para recomendar outras obras (novels ou outras coisas que eu achar interessante ^^)

    Em Pland, a extinção do Sol naturalmente causou um grande caos que se espalhou por toda a cidade. Mas antes que o caos se tornasse perigoso, a guarda da cidade-estado e as tropas de defensores que apareceram a tempo já haviam controlado a situação.

    O som melodioso dos sinos da pequena capela ecoava sobre os quarteirões. O som dos sinos parecia conter um poder que acalmava o coração e restaurava a coragem. Caminhantes a Vapor andavam pelas ruas e becos, e os alto-falantes transmitiam as últimas ordens da Prefeitura. As lâmpadas a gás nas laterais das estradas foram acesas de emergência. Os pedestres em pânico faziam o possível para voltar para a segurança de suas casas o mais rápido possível, ou se enfiavam no Abrigo do Anoitecer mais próximo.

    Os defensores totalmente armados corriam rapidamente pela multidão, confirmando a situação de cada Abrigo do Anoitecer e verificando se alguma imundície que não deveria aparecer no mundo real já havia surgido na escuridão repentina.

    Heidi acendeu todas as luzes de sua casa na primeira oportunidade, desde as lâmpadas a gás e a óleo com poder sagrado até as lâmpadas elétricas suficientemente brilhantes, usando essas luzes para dissipar a escuridão trazida pela extinção do Sol, e também para dissipar a tensão em seu coração.

    A voz de sua mãe veio do sofá: “Relaxe, Heidi, correr para lá e para cá vai fazer você cair. O fim do mundo ainda não chegou.”

    Heidi se virou e viu sua mãe sentada no sofá como de costume, segurando novamente as poucas cartas que havia largado temporariamente devido à chegada da escuridão. A expressão no rosto da velha senhora ainda era gentil e calma, como se nada mais que acontecesse neste mundo a afetasse.

    “O Sol se apagou! Isso é terrível!”, Heidi ficou surpresa com a calma de sua mãe naquele momento. Ela não conseguia se acalmar nem um pouco. “A senhora ainda consegue ler cartas?”

    “Se eu largar as cartas, o Sol vai brilhar de novo?”, a mãe finalmente se virou, com uma expressão de desamparo no rosto. “Agora só podemos escolher acreditar na Prefeitura e na Grande Catedral. Haverá existências poderosas para proteger esta cidade.”

    Heidi franziu os lábios, apertando instintivamente o pingente em seu peito: “Droga… se Vanna estivesse aqui, eu poderia perguntar a ela o que aconteceu… Papai também não está em casa…”

    Ela não percebeu que, ao ouvir seus resmungos, uma expressão sutil apareceu no rosto de sua mãe, que estava sentada no sofá.

    No segundo seguinte, a velha senhora balançou a cabeça.

    “Se o Sol realmente se apagou, então esta deve ser uma cena que o mundo inteiro pode ver. Vanna e seu pai certamente também viram. Eles devem estar pensando em maneiras dentro de suas respectivas responsabilidades, e você, neste momento, também deveria se acalmar e pensar em suas próprias responsabilidades.”

    Heidi finalmente se acalmou um pouco. Ela franziu a testa e seu olhar se voltou para a mesa não muito longe.

    Uma maleta requintada e resistente estava silenciosamente em um canto da mesa.

    Dentro dela, havia todos os tipos de ferramentas e poções que ela usava em sua prática médica. Como a cidade-estado estava excepcionalmente calma, mesmo durante a noite, nos últimos tempos, ela não usava os itens mais potentes da maleta há muito tempo.

    “Muitas pessoas precisarão de aconselhamento psicológico”, a voz calmante de sua mãe veio de trás. “Estimo que não demorará muito para que a Prefeitura envie alguém para buscá-la. O Sol apenas escureceu temporariamente, mas nossa cidade ainda não afundou.”

    Heidi soltou um leve suspiro e caminhou lentamente em direção à sua maleta médica: “Tudo bem, a senhora está certa, o fim do mundo ainda não chegou. Então, minhas horas extras também não vão acabar.”

    “Quando for atender, não se esqueça de levar a arma”, a mãe a lembrou com um tom gentil. “Embora Pland esteja muito mais segura do que no passado, as pessoas mentalmente instáveis são sempre perigosas. Se necessário, você terá que usar alguns meios drásticos para lidar com o ‘foco da doença’.”

    “Claro”, Heidi concordou casualmente, abrindo um compartimento secreto no fundo da maleta. Um revólver de fabricação requintada e vários tambores de munição sobressalentes estavam ali. Ela verificou rapidamente a condição da arma e só então falou com um suspiro: “Afinal… pólvora também é remédio.”


    “Eu já enviei a guarda da cidade-estado, não precisa se preocupar com a ordem na Cidade de Geada por enquanto”, Tyrian estava em frente a um grande espelho de corpo inteiro em um canto do escritório abobadado, falando seriamente com o espelho. “A crise do espelho que ocorreu há pouco tempo ainda não dissipou a tensão na cidade. A boa notícia é que, sob o efeito dessa tensão, a implementação de vários planos de emergência será relativamente rápida.”

    Chamas verdes fantasmagóricas queimavam silenciosamente na superfície do espelho como um véu leve. A figura de Duncan estava nas profundezas escuras do espelho. Depois que Tyrian terminou de falar, ele assentiu.

    “Muito bem. Há alguma anomalia transcendente na cidade no momento?”

    “Ainda não foi descoberta”, disse Tyrian imediatamente. “Mas eu já aumentei o pessoal para focar na situação de instalações como hospitais psiquiátricos. A Grande Catedral também está organizando pessoas para patrulhar intensivamente os Abrigos do Anoitecer, cemitérios e bairros com pouca iluminação…”

    “Teoricamente, no território transformado em Fenômeno de Geada, a ‘escuridão’ em si não é mais um fator de perigo. Apenas o colapso mental que atinge diretamente o coração das pessoas e o pânico em larga escala precisam de atenção especial”, lembrou Duncan. “Além disso, não precisa enviar pessoas para a área do cemitério, eu mesmo vou ficar de olho lá.”

    “Sim”, Tyrian assentiu apressadamente, depois hesitou por um momento, falando com cuidado enquanto escolhia as palavras. “E do seu lado… como está a situação? Não houve nenhum problema no Banido, certo?”

    “Não precisa se preocupar com este lado, nada pode ameaçar o Banido”, disse Duncan com indiferença. “Nina já acendeu um sol temporário no céu. Agora ainda estamos navegando para o sul de acordo com o plano. As águas circundantes… estão mais calmas do que o esperado.”

    Tyrian soltou um leve suspiro de alívio: “Então parece que me preocupei demais.”

    “Você consegue contatar Porto Brisa?”, a voz de Duncan veio novamente do espelho. “Qual é a situação de Lucretia?”

    “Eu a contatei agora há pouco. Ela acabou de voltar para o Brilho Estelar e não há problemas de segurança no momento. Ela disse que também observou a extinção do Sol em Porto Brisa, mas o caos naquela cidade-estado é muito melhor do que em Geada. Devido à influência daquele misterioso ‘objeto caído’, a maior parte de Porto Brisa ainda está coberta pela ‘luz do sol’. Embora a anomalia no céu seja perturbadora, não parece tão aterrorizante quanto aqui em Geada.”

    “Isso é bom. Mantenha contato constante e preste muita atenção às mudanças na cidade-estado.”

    “Sim”, Tyrian assentiu, depois hesitou por um momento e falou lentamente. “Além disso, há outra situação…”

    “Diga”, Duncan, no espelho, franziu a testa. “Em um momento como este, qualquer situação deve ser dita.”

    “… Perdemos o contato com as outras cidades-estado, seja as distantes ou o vizinho Porto Frio”, disse Tyrian com cautela. “O telégrafo foi interrompido, as torres de sinal no mar não respondem, e até mesmo a comunicação psíquica da igreja não consegue se conectar. Atualmente, apenas duas cidades-estado ainda mantêm contato com dificuldade: uma é Pland e a outra é Porto Brisa.”

    “Comunicação interrompida com outras cidades-estado?”, a expressão de Duncan ficou séria de repente. “Há quanto tempo essa situação dura?”

    “Quando o Sol se apagou, descobrimos que a comunicação com Porto Frio foi interrompida, e depois confirmamos que o mesmo aconteceu com outras cidades-estado”, disse Tyrian imediatamente. “Eu já ordenei o retorno de todos os navios nas águas próximas a Geada e proibi qualquer navio de sair para o mar.”

    Tyrian disse isso, mas na verdade não disse tudo. Depois que a comunicação com as outras cidades-estado foi interrompida, uma preocupação estranha surgiu em seu coração. Ele temia que, fora da cidade-estado, nos lugares onde a luz do sol não podia alcançar, o Mar Infinito já tivesse se tornado algo que as pessoas não conseguiam entender…

    “Continue tentando contatar outras cidades-estado”, a voz de Duncan veio do espelho, interrompendo os pensamentos de Tyrian. “Além disso, se houver alguma notícia nova do lado de Lucretia, entre em contato comigo imediatamente.”

    “Sim, pai.”

    A comunicação com o Banido terminou, e o enorme escritório abobadado voltou ao silêncio.

    Tyrian levantou a mão e esfregou com força a testa dolorida.

    Então ele apertou a campainha elétrica em sua mesa.

    A porta do escritório se abriu e Aiden entrou.

    Tyrian levantou a cabeça e deu ordens ao seu subordinado mais leal:

    “Fiquem atentos aos navios que retornam da escuridão. Antes que o Sol se acenda novamente, não os deixem se aproximar da cidade-estado precipitadamente. Delimitem uma ‘zona de amortecimento’ nas águas próximas e façam os navios que retornam pararem lá temporariamente, aguardando inspeção e liberação.”


    O espelho à sua frente gradualmente se acalmou, e as chamas verdes fantasmagóricas recuaram temporariamente para os cantos da borda do espelho. Duncan soltou um leve suspiro e olhou pela janela.

    Uma “luz do sol” brilhante ainda iluminava o convés do Banido e uma grande área do mar ao redor. No entanto, fora do alcance da luz do sol, todo o Mar Infinito ainda estava envolto em uma escuridão bizarra.

    Este era um momento muito perturbador. Mesmo o Cabeça de Bode, geralmente o mais barulhento, estava em silêncio na mesa de navegação.

    Apenas Alice ainda estava alegremente secando seus cobertores no convés…

    Duncan esfregou a testa, tentando não prestar atenção na figura que secava as roupas de cama no convés. Então ele se concentrou e, em sua mente, chamou a chama que flutuava no céu.

    “Nina, como está a situação aí? Cansada?”

    “Não estou cansada”, com a ressonância do poder da chama, a voz de Nina soou quase que imediatamente na mente de Duncan. “Eu não voei muito alto, posso ficar nesta posição por muito, muito tempo!”

    “Você consegue ver alguma coisa na superfície do mar ao redor?”

    Hmm… não, não há nada na superfície do mar ao redor, nem mesmo um pouco de vento ou ondas. Tio Duncan, você pensou em alguma coisa?”

    “Ainda não, mas fique atenta à situação no mar, especialmente na superfície do mar na junção da luz e da escuridão”, disse Duncan lentamente. “Se algo como um navio aparecer por perto, me avise imediatamente.”

    A voz de Nina respondeu imediatamente: “Certo! Entendido!”

    Duncan fez um som de concordância e encerrou a conversa com Nina. Então ele olhou para o espelho à sua frente, recompôs-se um pouco, aproximou-se e passou a mão sobre a superfície do espelho.

    “Lawrence, como está a situação aí?”

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