Índice de Capítulo

    Hora da Recomendação, leiam Fagulha das Estrelas. O autor, P.R.R Assunção, tem me ajudado com algumas coisas, então deem uma força a ele ^^ (comentem também lá, comentários ajudam muito)

    Talvez passe a usar mais esse espaço para recomendar outras obras (novels ou outras coisas que eu achar interessante ^^)

    Duncan e Alice retornaram o mais rápido possível para a “Mansão da Bruxa” na Rua da Coroa, 99.

    No caminho, o que viram foi uma cidade-estado que havia retornado completamente à sua rotina diária — seja o bairro que fora completamente coberto pela “floresta densa”, as ruelas adjacentes que foram afetadas pelas videiras que se espalharam, ou os edifícios que antes estavam mergulhados em um silêncio mortal e vazios nas sombras da floresta, todos haviam recuperado sua aparência próspera de sempre ao amanhecer.

    O número de pedestres nas ruas aumentava gradualmente, o primeiro ônibus da manhã já havia passado pela avenida, o guarda do conhecimento no cruzamento estava passando o turno para o oficial de segurança da cidade-estado. A anormalidade que permeou todo o bairro há algumas horas… parecia ter sido uma grande alucinação que apenas Duncan e os outros puderam perceber.

    Quando Duncan e Alice retornaram, todos já esperavam na sala de estar. Lucretia foi a primeira a se aproximar, caminhando rapidamente até Duncan: “O senhor está bem?”

    Duncan acenou com a mão e, enquanto entrava na sala, disse rapidamente: “A situação que encontrei foi diferente da de vocês. Agora precisamos reunir todas as informações.”

    Alice também entrou na sala e, ao passar por Lucretia, entregou-lhe a cabeça de boneca que carregava o tempo todo: “Aqui está, não quebrou!”

    Lucretia pegou a cabeça da boneca com uma expressão um tanto sutil, olhou para a empregada em modo de espera perto do corrimão da escada, chamou um servo de lata e entregou-lhe a cabeça da boneca: “Leve para a sala de manutenção primeiro, eu cuido disso depois.”

    Logo, todos se reuniram — Duncan sentou-se no sofá no centro da sala, seu olhar varrendo os rostos familiares ao redor.

    Embora já soubesse que todos estavam sãos e salvos, ao ver todos retornarem em segurança à realidade, ele não pôde deixar de suspirar de alívio em seu coração.

    “Vamos começar com o que sabemos até agora”, disse Duncan, quebrando o silêncio após um momento. “Primeiro ponto, agora podemos basicamente confirmar que o fenômeno em grande escala que ocorreu na cidade-estado na noite passada é extremamente semelhante ao sonho em que Taran-El estava preso. Embora haja diferenças nos detalhes e muitas novas mudanças, sua origem deve ser a influência do chamado ‘Sonho do Inominado’ — este ‘sonho’ está crescendo e agora parece ter uma tendência a sair do controle e se espalhar para a realidade.”

    Ele fez uma breve pausa, olhou para Alice ao seu lado e continuou: “Segundo ponto, após a ocorrência do fenômeno anormal, passamos por situações diferentes — Alice e eu permanecemos no mundo real, vimos as ruas erodidas e transformadas pelo poder que transbordou do sonho, e eu até entrei em contato com uma grande entidade que ‘emergiu’ do sonho. Enquanto isso, vocês foram arrastados para o ‘outro lado’ do sonho. Durante esse tempo, todo o contato foi interrompido, e apenas Lucretia conseguiu manter uma comunicação tênue com o mundo real através de sua serva.

    “Então, vamos começar com Lucretia. Descrevam suas experiências no ‘lado de dentro do sonho’.”

    O olhar de Duncan pousou na “Bruxa do Mar”. Esta última assentiu imediatamente e ajustou sua postura: “Então, vou falar sobre a minha situação primeiro — meu ‘ponto de entrada no sonho’ foi uma área desabitada na floresta. Lá, encontrei uma elfa que se autodenominava ‘Shireen’…”

    Nina, ao lado, soltou um grito de surpresa: “Ah? Você encontrou alguém? Era a sonhadora?”

    Então ela percebeu e, envergonhada, mostrou a língua: “Desculpe, não me contive… continue, não vou mais interromper.”

    Lucretia não se importou. Ela apenas assentiu para Nina e continuou: “Pelo que observei, aquela elfa que se autodenominava ‘Shireen’ provavelmente não era a sonhadora, mas uma… ‘residente’ que apareceu naquele vasto sonho. Claro, isso soa um pouco inacreditável…

    “Ela mencionou um lugar chamado ‘Muralha do Silêncio’, que parecia ser uma linha de defesa. Ela se autodenominava uma Patrulheira da Floresta e também mencionou uma ordem de evacuação, dizendo-me que todos já haviam se retirado para dentro da Muralha do Silêncio. Até o final do sonho, eu estava com aquela elfa, indo para aquele lugar chamado ‘Muralha do Silêncio’, mas no final não chegamos ao nosso destino…”

    Lucretia descreveu sua experiência no mundo dos sonhos o mais detalhadamente possível e, exceto por Duncan, que já sabia um pouco sobre isso, todos os outros pareciam sérios e surpresos ao ouvir essas experiências — a razão era simples: Lucretia era a única entre eles que havia entrado em contato com os “habitantes nativos” do mundo dos sonhos.

    Ninguém esperava que no “Sonho do Inominado” existissem entidades mentais nativas como “Shireen”!

    E se o que a elfa chamada “Shireen” disse não fosse falso, nas profundezas daquela floresta, atrás daquela linha de defesa chamada “Muralha do Silêncio”, havia um número ainda maior de entidades mentais vivendo no “Sonho do Inominado”?!

    Depois que Lucretia terminou de falar, a sala ficou em silêncio por um tempo, e então foi a vez de Morris falar: “Eu e Nina estávamos juntos.”

    Duncan ficou um pouco surpreso: “Vocês dois estavam juntos?”

    “Sim, parece que o processo de cair no mundo dos sonhos tem alguma aleatoriedade, nem todos foram separados”, Morris assentiu. “Nosso ponto de queda também foi uma ‘área desabitada’. Ao redor, só podíamos observar plantas desconhecidas e intermináveis. Durante esse tempo, Nina subiu ao céu para observar a situação à distância, e descobrimos que havia algumas áreas escuras aparentemente contaminadas na floresta…

    “Além disso, de acordo com nossos testes, quando Nina liberava seu poder, todo o mundo dos sonhos reagia de forma muito intensa…”

    Morris narrou de forma organizada suas experiências no “Sonho do Inominado”, e essa era uma informação que Duncan não possuía. Ele franziu a testa ligeiramente, ouvindo atentamente cada detalhe que o velho senhor contava, especialmente as reações intensas do “Sonho do Inominado” depois que Nina liberou o poder do Sol Primitivo.

    Parecia… uma forte repulsa.

    Isso fez Duncan se lembrar de sua experiência naquele espaço escuro cheio de névoa… De acordo com aquela “suspeita cabeça de bode”, ele foi repelido naquele espaço porque Silantis estava com medo. E a repulsa que Nina sofreu?

    Será que a “luz do sol” de Nina… também fez o Sonho do Inominado se sentir ameaçado?

    Com uma expressão pensativa, Duncan ergueu a cabeça e seu olhar pousou em Shirley.

    “Eu vi um cultista, um Aniquilador”, disse Shirley imediatamente, com uma expressão presunçosa no rosto e um toque de orgulho em seu tom, como se pedisse crédito. “Consegui arrancar um monte de informações daquele cara! E no final ainda dei uma surra nele e deixei o Cão marcar o sujeito… Ah, e eu também passei por uma situação em que a floresta inteira ficou bizarra, quase morri de susto. Aquilo era a tal ‘zona de erosão’ que a Lucretia mencionou? Será que a ‘área contaminada’ que o velhote e a Nina viram era a minha?”

    Ao ouvir isso, os olhos de Duncan se arregalaram um pouco.

    A experiência de cada um no Sonho do Inominado foi diferente, mas a de Shirley parecia particularmente explosiva!

    Sua expressão ficou instantaneamente séria, e seu corpo se inclinou para a frente inconscientemente, encarando os olhos de Shirley: “Fale devagar, não se atrapalhe — qual foi a situação exata?”

    “Ah, certo, deixa eu organizar as ideias…”, vendo a seriedade do capitão, Shirley sentou-se direito e começou a vasculhar as memórias em sua cabeça, mas depois de se esforçar para organizar suas palavras, ela coçou a bochecha. “Bem… Cão, conta você, tenho medo de não conseguir explicar direito.”

    No segundo seguinte, todos os olhares se concentraram em Cão.

    Cão balançou a cabeça e suspirou com uma resignação extraordinária. Sob o olhar de Duncan, ele começou a falar: “Primeiro, encontramos a rápida corrupção da floresta — de acordo com as informações que obtivemos mais tarde, deveria ser o chamado fenômeno da ‘erosão’…”

    Cão narrou de forma clara e organizada suas experiências e as de Shirley naquela floresta, incluindo a floresta que de repente começou a se corromper e a se distorcer, o encontro posterior com o cultista e as muitas informações que Shirley conseguiu extrair dele.

    Os pensamentos de Duncan se expandiram com a narrativa de Cão, comparando e estabelecendo conexões com as pistas existentes.

    O fenômeno da erosão, a linha de defesa chamada “Muralha do Silêncio”, a elfa chamada Shireen, os Aniquiladores e… o fim súbito daquele sonho bizarro.

    “Parece que… a erosão mencionada pela elfa ‘Shireen’ deve ser o mesmo fenômeno terrível que Shirley e Cão encontraram”, disse Lucretia, pensativa. “A floresta de repente se distorce em uma forma inominável, a terra se corrompe e ganha vida, e tudo se torna hostil… E aqueles Aniquiladores parecem saber mais informações.”

    “É uma pena que aquele cultista tenha escapado no final”, Morris franziu a testa e balançou a cabeça. “Se ele estiver escondido em outra cidade-estado no mundo real, não será fácil encontrá-lo novamente.”

    “A questão mais importante é, como aqueles cultistas entram e saem do Sonho do Inominado?”, Vanna, que estava em silêncio ao lado, quebrou o silêncio de repente. “Eles parecem ter um método especial que lhes permite entrar e sair daquele ‘sonho’ de forma controlada, e até mesmo organizar ações naquele sonho. Esse ‘método’ é crucial.”

    Ao ouvir isso, Duncan assentiu lentamente e, em seguida, seu olhar pousou em Vanna.

    “O que você viu ‘do outro lado’? Também estava na floresta?”, ele perguntou com curiosidade.

    Vanna olhou para os outros e, após uma breve ponderação, ela disse: “É exatamente isso que eu queria dizer. O que eu vivenciei foi diferente de todos vocês, muito, muito… diferente. Enquanto eu ouvia vocês descreverem a floresta, eu me senti muito confusa, porque… eu estava em um deserto.”

    A sala ficou instantaneamente em silêncio.

    Todos se entreolharam.

    Depois de vários segundos, Duncan finalmente falou, incrédulo: “Você disse que estava em um deserto?! Você não viu nenhuma floresta?”

    “Isso mesmo. Nenhuma floresta, apenas areia, algumas plantas esparsas e murchas, e pedras enormes”, Vanna assentiu muito séria. “Eu subi na montanha de pedra mais alta e olhei para longe. Não havia nenhuma floresta no meu campo de visão.”

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