Hora da Recomendação, leiam Fagulha das Estrelas. O autor, P.R.R Assunção, tem me ajudado com algumas coisas, então deem uma força a ele ^^ (comentem também lá, comentários ajudam muito)
Talvez passe a usar mais esse espaço para recomendar outras obras (novels ou outras coisas que eu achar interessante ^^)
Capítulo 651: Pequeno Sol e Pequeno Sol
Mesmo já tendo visto a Lua “encolhida”, após ver e tocar pessoalmente esta pequena estrela antiga, Duncan ainda sentia que tudo aquilo era inacreditável.
Ela estava agora em sua mão, emitindo um brilho quente. As chamas em sua superfície passavam inofensivamente por seus dedos, transmitindo apenas um toque muito leve, como o de uma pena roçando a pele.
Mas Duncan sabia que, em um passado distante, esta pequena esfera que emitia uma luz brilhante já havia iluminado o céu dos sen’jins e protegido uma civilização.
“… Os seguidores do Sol Negro queriam obter esta coisa, e por isso uma ‘Prole’ até se arriscou. O que o senhor acha que eles queriam fazer com este ‘sol’?”, os olhos do Cabeça de Bode refletiam a luz do sol que emanava da palma de Duncan, perguntando com alguma curiosidade.
“Seja a Prole do Sol ou as Escórias do Sol conhecidas como ‘remanescentes’, seu único objetivo é sempre ‘ressuscitar’ sua ‘matriz’, ou seja, o Sol Negro que está à beira da morte”, disse Duncan, girando cuidadosamente a “miniestrela” em sua mão, sem levantar a cabeça. “Esta pequena esfera, que parece insignificante, carrega ‘informações’ originadas de antes da Grande Aniquilação. Para o Sol Negro, que está em péssimo estado… ela pode ser algum tipo de ‘material-chave’ para autorreparação.”
Ele parou por um momento e, em seguida, expressou lentamente algumas ideias que vinham se formando em sua mente:
“Naquele cristal dourado, eu vi o lar onde eles viveram. Eles possuíam uma enorme entidade tecnológica construída ao redor de uma estrela, e toda a sua civilização vivia com base nessa entidade. Quando a Grande Aniquilação ocorreu, essa estrutura colossal deve ter sofrido a ‘contaminação’ de outros mundos, distorcendo-se e transformando-se em sua forma atual…”
“Eu tenho uma suposição ousada. O chamado ‘Sol Negro’ pode ser algum tipo de ‘híbrido’ — toda a civilização que nasceu em torno da estrela ‘colapsou’ junto com ela, deformando-se na forma atual. E essa ‘mistura’… fez com que o Sol Negro seja muito mais caótico e desordenado do que outras existências antigas, além de ter mais ‘defeitos’.”
Ele levantou a mão, balançando a “estrela antiga” que segurava.
“Aquela Prole do Sol talvez acreditasse que outra estrela antiga poderia ajudá-los a reparar os ‘defeitos’ do Sol Negro. Eu não entendo o princípio por trás disso, mas uma coisa é certa: se eles realmente tivessem conseguido, teria sido um grande problema.”
“… Felizmente, eles falharam”, disse o Cabeça de Bode, com sinceridade.
Duncan assentiu e, em seguida, olhou para a estrela antiga em sua mão, pensativo.
Nesse momento, o som de passos veio de repente de fora da cabine do capitão, seguido por batidas na porta. A voz de Nina soou do lado de fora: “Tio Duncan! O senhor está aí?”
Duncan ergueu uma sobrancelha e respondeu imediatamente: “Pode entrar.”
A porta da cabine do capitão se abriu e Nina espiou para dentro antes de entrar com um sorriso: “O jantar está pronto! Vim chamá-lo para comer!”
Duncan olhou para Nina com seu sorriso radiante e, de repente, teve uma ideia.
“Você chegou na hora certa”, ele acenou para a garota. “Venha ver isto.”
Nina se aproximou obedientemente e, à primeira vista, notou o “pequeno sol” na mão de Duncan. Ela arregalou os olhos para a bela esfera luminosa e logo percebeu: “Não é este o ‘sol’ que a senhorita Vanna trouxe daquele deserto?”
“Segure-o”, Duncan entregou casualmente o “pequeno sol” para Nina. “O que você sente?”
Nina, um pouco confusa, pegou a pequena esfera, que era quase do tamanho de seu punho. Ela a observou de um lado para o outro e depois “sentiu” com atenção, olhando para Duncan, intrigada: “Não sinto ‘nada’ demais… Só que é quentinho.”
“Só isso?”, Duncan franziu a testa, pensando inconscientemente em que outro teste deveria fazer com Nina. E, nesse breve momento de distração, um som nítido de “crack” de repente chegou aos seus ouvidos.
Ele ergueu a cabeça, atônito, e viu que Nina também o olhava com uma expressão perplexa. Uma pequena chama e fragmentos pontilhados caíam do canto de sua boca, e a superfície da “estrela antiga” em sua mão já tinha um pequeno pedaço faltando. Na borda da parte ausente, ainda se podiam ver marcas de dentes claras.
Duncan: “…?!”
“Eu… eu não consegui me segurar!”, Nina finalmente percebeu, quase pulando no lugar e acenando com as mãos repetidamente. “É que eu vi que o tamanho era perfeito, e… então… de qualquer forma, eu mordi por instinto…”
“Não se mexa”, Duncan a interrompeu rapidamente, vendo o pânico de Nina, e se levantou para pegar o pequeno sol da mão dela. Ele temia que a mordida de Nina pudesse desestabilizar a “estrela”. Embora não soubesse qual seria o poder de uma estrela comprimida a esse tamanho se perdesse o controle, era claramente algo extremamente perigoso.
Mas nada aconteceu.
A “estrela” com um pedaço a menos não colapsou nem explodiu, continuando a emitir um calor suave e inofensivo.
E, quando Duncan observou sua superfície novamente, ele descobriu que a pequena lasca havia desaparecido em algum momento.
Nina também se aproximou com curiosidade, piscando os olhos e olhando para o “pequeno sol” que havia se tornado novamente uma esfera completa. Depois de um bom tempo, ela soltou: “Cresceu de novo?”
Duncan olhou para o “pequeno sol” em sua mão com uma expressão estranha, depois ergueu a cabeça e olhou para o “pequeno sol” a bordo do Banido. Mesmo estando acostumado a todo tipo de anomalias e fenômenos bizarros, ele de repente sentiu que seu cérebro não estava dando conta.
Depois que inúmeros pensamentos absurdos e bizarros surgiram em sua mente, ele entregou a minúscula “estrela” de volta para Nina: “… Dê outra mordida.”
Nina, obedientemente, pegou o “pequeno sol”, levou-o à boca e deu outra mordida, fazendo um som crocante ao mastigar.
Honestamente, Duncan até ficou com água na boca só de ouvir…
No segundo seguinte, sob o olhar de Duncan e Nina, o “pequeno sol” se restaurou mais uma vez.
Nina ergueu a cabeça, olhou para Duncan, depois para o “pequeno sol” em sua mão, e perguntou, confusa: “… Por quê?”
Duncan ergueu a mão e esfregou a testa com força — como ele ia saber?!
“Acho que nem o estudioso mais brilhante do mundo poderia responder à sua pergunta”, disse Duncan, esfregando a cabeça, enquanto olhava com uma expressão estranha para as faíscas que saíam dos cantos da boca de Nina. Depois de um longo tempo, ele finalmente não conseguiu se conter e perguntou: “… É gostoso?”
“É crocante”, disse Nina, honestamente. “A sensação é boa, mas não sei qual é o sabor.”
“… Quer comer mais?”
Os olhos de Nina brilharam instantaneamente (brilharam de verdade, iluminando a cabine do capitão): “Posso?!”
Duncan: “…”
A cabine do capitão mergulhou em silêncio por um momento. Duncan usou todo o seu conhecimento e imaginação para tentar explicar o que estava acontecendo. Nina, por sua vez, segurava curiosamente o “pequeno sol”, virando-o e revirando-o, como se estivesse procurando o próximo lugar para morder.
Depois de um tempo desconhecido, Duncan decidiu desistir de entender o assunto.
“Você não está se sentindo mal, está?”, ele balançou a cabeça, de repente preocupado se o corpo de Nina teria algum problema após “devorar uma estrela”.
“Não, desceu quentinho, foi até confortável”, disse Nina, balançando a cabeça. “Tio Duncan, posso comer mais um pedaço?”
“… Sugiro que você não tente mais, pelo menos por hoje”, Duncan pensou por um momento, falando com um tom sério, mas com uma expressão que mal conseguia conter. “Se amanhã você ainda não sentir nenhum desconforto… fique à vontade.”
Nesse ponto, ele fez uma pausa e acrescentou: “Originalmente, eu ia dá-lo a você para que o guardasse.”
Ele não estava mentindo. Antes de Nina entrar, ele estava considerando o que fazer com o “pequeno sol”. Por razões óbvias e lógicas, entregá-lo a Nina para que o guardasse parecia ser a coisa certa a fazer. Primeiro, havia uma conexão essencial entre os dois; Nina guardando o “pequeno sol” poderia talvez descobrir mais de seus segredos. Segundo, em termos de segurança, Nina, com seu tapa de 6000º, tinha capacidade suficiente para garantir que ninguém pudesse roubar a “estrela”.
Mas o fato de sua “sobrinha” achar o “pequeno sol” saboroso foi uma situação inesperada…
Nina, no entanto, não pensou muito. Ao ouvir o arranjo de Duncan, ela ficou imediatamente feliz e assentiu com força: “Uhum!”
Ela parecia um cachorrinho que finalmente conseguiu o osso que tanto desejava.
Olhando para o sorriso radiante de Nina, Duncan finalmente não pôde deixar de sentir uma pontada de preocupação —
‘Entregá-lo a ela… não tem problema mesmo?’
Embora parecesse que o “pequeno sol” se recuperava imediatamente após ser mordido, ele não sabia se essa recuperação tinha um limite. Se ele o entregasse a Nina para “guardá-lo”… será que um dia ela o comeria por completo…
“Tio Duncan?”
Um chamado ao seu lado despertou Duncan de sua distração. Ele rapidamente afastou os pensamentos estranhos de sua mente e se virou para encontrar o rosto ensolarado de Nina.
“Vamos comer?”, perguntou Nina com um sorriso brilhante.
“…”
No final, Duncan não teve coragem de pedir o “pequeno sol” de volta.
Enquanto isso, a enorme Arca da Academia já havia navegado para perto da costa de Porto Brisa.
Na sala de descanso do convés superior da arca, Luen estava sentado em uma cadeira, descansando de olhos fechados.
A julgar pela condição dos elfos que permaneceram na arca, a influência do Sonho do Inominado no mundo real havia, de fato, desaparecido completamente. Mesmo os elfos que haviam desaparecido por completo agora haviam retornado ao mundo real.
Com a pressão subitamente aliviada, o cansaço surgiu silenciosamente. Luen já havia descansado por um longo tempo desde seu retorno à arca, e só agora sentia sua energia se recuperando um pouco.
Depois de muito tempo, ele finalmente abriu os olhos lentamente, olhando para suas próprias mãos, para a pele enrugada que já não era mais tão vibrante.
“Estou realmente ficando velho.”
Ele resmungou para si mesmo e, em seguida, levantou-se da cadeira e caminhou até a mesa de experimentos não muito longe.
“… Hora de conversar com alguns velhos amigos.”
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