Capítulo 1091 – Batalha no Palácio da Serenidade
『 Tradutor: Crimson 』
–Boom!
Uma explosão ensurdecedora ecoou enquanto as paredes se despedaçavam em centenas de fragmentos. Fogo, água e todos os tipos de forças elementais irromperam em todas as direções, causando estragos nos arredores.
Do outro lado do campo de batalha, guerreiros se enfrentavam, suas armas e habilidades colidiam com tanta força que o chão tremia sob eles.
Mas as figuras mais marcantes foram os líderes das cinco organizações gigantes.
“Os líderes estão lutando!”
–Boom!
Outro impacto devastador destruiu o chão, expondo a câmara escondida abaixo.
O caos consumiu o campo de batalha. Pessoas se espalharam em todas as direções, roubando qualquer coisa de valor em meio à destruição.
Do outro lado da sala, a Princesa Iris e o resto da família real do Reino Palleo estavam sentados amarrados, seus destinos incertos.
Lentamente, Iris se mexeu. Uma onda de flutuações de energia ondulou pelo ar, forçando sua mente grogue a despertar.
“Ugh… O que está acontecendo?” Ela murmurou, piscando enquanto observava o ambiente.
O quarto era branco puro, quase inquietante em sua pureza. Abaixo deles, uma pequena poça de sangue tinha começado a se espalhar. Seu olhar se desviou para cima, onde palavras ameaçadoras estavam gravadas no teto, sua presença irradiando um pressentimento assustador.
Além de sua família, várias outras pessoas também estavam amarradas dentro da sala, com os rostos pálidos de medo.
“Você está acordado.”
Uma voz veio do lado dela.
A princesa Iris levantou a cabeça e encontrou o olhar de seu irmão, o príncipe Servon.
Antes que pudesse perguntar qualquer coisa, ele falou novamente.
“Esta pode ser nossa chance de escapar. Alguém deve ter encontrado este lugar, há uma batalha acontecendo lá fora.”
Por dias, ficaram presos nesta sala, indefesos enquanto a poça de sangue abaixo deles consumia lentamente os mais fracos. A visão horripilante era insuportável, especialmente para aqueles não acostumados a tais horrores.
Um por um, os outros presos começaram a se mexer, despertados pelos tremores implacáveis e pela energia crescente da batalha lá fora.
Uma centelha de esperança acendeu-se em seus corações — uma crença frágil, mas desesperada, de que a fuga era possível.
–Bang!!
A parede desabou de repente, e uma figura caiu no chão.
Os olhos do príncipe Servon se arregalaram enquanto ele dava um passo à frente.
“Isso…” Ele rapidamente percebeu que a pessoa já estava morta. Seu olhar se voltou para o buraco aberto na parede.
“Essa é a nossa chance. Temos que sair daqui.”
“Sim…” A Princesa Iris exalou bruscamente e se forçou a ficar de pé, a determinação brilhando em seus olhos cansados.
O estado enfraquecido deles era a única razão pela qual não tinham escapado antes. Se tivessem ao menos uma fração de sua força anterior, qualquer especialista com força decente poderia ter quebrado as paredes com facilidade.
O príncipe Servon saiu das paredes, seus olhos examinando o campo de batalha encharcado de sangue. Cadáveres jaziam espalhados pelo chão, um testemunho sombrio da batalha em andamento.
Ao avistar uma espada cravada na terra, caminhou em sua direção e usou a lâmina para cortar as cordas que prendiam seus pulsos.
“Aqui. Vou cortar a sua também.”
Sem hesitar, ele foi até sua família e outros prisioneiros, cortando as amarras de todos.
“Sigam-me.” Sua voz era firme, embora o peso da situação o pressionasse.
Cuidadosamente, ele os conduziu adiante, serpenteando pelos destroços e evitando a área onde as flutuações de energia eram mais intensas.
“Precisamos sair daqui.”
Agora, estavam fracos demais para lutar. Se encontrassem alguém hostil, não teriam chance.
O príncipe Servon se movia cautelosamente, guiando sua família e os outros pelo campo de batalha. Cada passo era calculado, cada movimento carregava o valor de suas vidas. Ele não estava ali para lutar, estava ali para sobreviver.
–Boom!!
Uma onda devastadora de energia atravessou o chão e o teto, sacudindo toda a estrutura.
Eles congelaram, prendendo a respiração enquanto várias figuras desciam pelo buraco escancarado. Cada uma delas irradiava uma presença avassaladora, quase sufocante.
O homem na frente virou a cabeça e seu olhar penetrante fixou-se neles.
“Droga, ele nos notou.” O príncipe Servon cerrou os punhos, reprimindo a vontade de xingar em voz alta.
De repente, a Princesa Iris engasgou.
“Espera, irmão! Não é o Monstro Relâmpago de Sangue?! O Senhor de Ekatoe, Souta!”
“O Senhor de Ekatoe?” Os olhos de Servon se arregalaram em choque. Ele se virou para dar outra olhada — apenas para descobrir que Souta já estava de pé diante deles.
“Ei, eu não esperava encontrar você aqui.” Souta sorriu, sua presença irradiando confiança.
“Sr. Souta, o que está fazendo aqui?”, perguntou o príncipe Servon, tentando firmar a voz.
Souta olhou para a batalha em andamento antes de responder. “Bem, estou aqui para tirar algo dessas pessoas. Um bostinha da mesma laia invadiu minha cidade, matou meus cidadãos… e tirou a vida de uma pessoa preciosa, Eilish.”
Sua voz era calma, mas o peso por trás de suas palavras era inconfundível.
“O quê?! A Srta. Eilish está morta?!” Os olhos da Princesa Iris se arregalaram em choque.
Ela já havia encontrado Eilish antes, mas entre o povo de Souta, ela era mais próxima de Amanda. Elas lutaram lado a lado durante a Noite de Walpurgis, sobrevivendo a lutas de vida ou morte contra uma anciã. Mesmo assim, ouvir sobre a morte de Eilish foi um golpe duro.
“Sim.” Souta assentiu, sua expressão fria. Seu olhar passou por eles, examinando o grupo cansado. Então, algo chamou sua atenção.
“A propósito, onde está o capitão?”
A Princesa Iris hesitou antes de responder, abaixando a voz.
“Capitão Sarguan? Ele… Ele morreu também.”
Souta permaneceu em silêncio por um momento. Ele esperava por isso. Em uma situação como essa, a sobrevivência nunca era garantida.
Sem outra palavra, ele levantou a mão e disse: “Allan, traga alguns guerreiros aqui. Dê a eles algumas poções para ajudá-los a se recuperar. Então, leve-os em segurança para fora do palácio.”
Allan deu um passo à frente, assentindo. “E você, Líder de Grão?”
Souta sorriu. “Eu? Bem, farei o que puder.”
A missão de Souta tinha sido simples: resgatar a família real. A única dificuldade real era encontrá-los — ele levou vários dias para rastreá-los. Na verdade, lutar não tinha sido necessário, mas tinha vindo ao Deserto Obsidian com outro propósito.
Ele pretendia destruir a organização que se alinhou com o Governante da Gula.
No fundo, só queria descarregar sua raiva, saqueando e matando todos eles.
Souta virou a cabeça, examinando a área. Apenas Allan, Franklin e Vashno permaneceram ao seu lado. Os outros membros tinham partido com o grupo do Príncipe Servon.
“Só há uma missão. Matar todos os que pertencem às cinco organizações. Matem todos, mesmo o mais fraco deles precisa morrer” Os olhos de Souta estavam frios, seus olhos queimando com intenção assassina.
Ele fechou os olhos, respirando fundo. Uma sensação estranha agitou-se dentro dele, como se alguém sussurrasse em seus ouvidos, incitando-o a liberar sua fúria.
‘Souta, você está bem?’ A voz de Saya ecoou em sua mente, preocupação permeando suas palavras. Ela podia sentir a mudança em suas emoções.
“Não é nada. Eu posso controlar isso.” Souta a tranquilizou, embora as palavras parecessem mais pesadas do que o normal.
“Não vá direto para os cinco líderes… Eliminem os mais fracos primeiro, reduza seus números.” Souta deu suas ordens, seu tom decisivo enquanto caminhava para frente, deixando Franklin e os outros para fazerem sua parte.
Souta caminhou para frente com determinação inabalável, sua mão varrendo o ar, jogando qualquer um em seu caminho para o lado. A cada passo, sua energia aumentava, aumentando constantemente com cada movimento.
“Argh!!”
Gritos ecoaram enquanto as pessoas eram jogadas para longe pela força de seu poder. Conforme ele passava por várias câmaras, a batalha começou a mudar. Aqueles que estavam lutando não mais ousaram se envolver — muitos começaram a evitá-lo completamente.
As intensas flutuações do seu feram eram inconfundíveis.
Uma torrente de sangue seguiu em seu rastro, movendo-se de forma não natural, como se atraída para ele. Infiltrou-se nas câmaras atrás, espalhando-se como uma onda de escuridão.
Souta logo chegou a uma sala vasta. As paredes, teto e o chão estavam cheios de buracos, detritos e poeira espalhados em todos os cantos. No outro extremo da sala havia um trono magnífico, feito de materiais raros e exóticos.
No centro do caos, cinco figuras travavam um combate.
Eles eram os cinco líderes. Sua aliança, forjada às pressas, era frágil — laços que facilmente se quebram.
Souta deu um passo à frente, seu olhar atraído para algo atrás do trono. Vários ovos grandes ali descansavam, brilhando fracamente.
“Esse…?”
‘Ovos de dragão. Eles estão perto de chocar.’ A voz de Saya ressoou em sua mente, seu tom atado com curiosidade e cautela.
Atrás do trono, três ovos de dragão estavam escondidos, suas superfícies brilhando com uma luz sobrenatural.
Souta virou a cabeça, seus olhos escaneando a batalha. No meio do caos, um velho estava de pé, rindo enquanto segurava uma garrafa de poção na mão.
A poção era valiosa, um dos tesouros mais raros daquele lugar.
Sem dizer uma palavra, Souta acenou com a mão. Teias de sangue dispararam, envolvendo os arredores dos ovos de dragão com uma precisão assustadora.
Assim que fez isso, os cinco líderes congelaram. Seus olhos se voltaram para ele, uma consciência inconfundível cintilando em seus olhares.
“Tenho medo que vocês quebrem os ovos de dragão, então vou protegê-los por um tempo.” Souta disse com um sorriso no rosto.
“Você!! Liberte-nos!!” Uma mulher vestida com roupas vermelho-escuro rugiu, sua voz cheia de raiva.
Ela era um dos cinco líderes.
Sem esperar que atacassem, Souta balançou a mão para baixo. Uma torrente de sangue irrompeu, surgindo em todas as direções, inundando várias câmaras ao mesmo tempo.
Os cinco líderes cessaram imediatamente a luta, mudando o seu foco inteiramente para a inundação que se aproximava. Eles lutaram para se defender, seus poderes colidindo contra as ondas de sangue.
–Bang!!
A câmara se despedaçou em um instante, e várias figuras surgiram das sombras ao redor de Souta.
Seus doppelgangers surgiram, preenchendo o espaço com sua presença. Ao mesmo tempo, duas figuras figura brilhantes se materializaram ao lado dele.
[Espíritos Gêmeos Yin Yang]!
Era uma das habilidades concedidas por seu artefato de Grau Universal, a [Pulseira Yin Yang].
Agora que estava mais forte, os espíritos gêmeos haviam se tornado mais poderoso do que quando ele o usou pela última vez. Contra um especialista da Sexta Algema sozinho, seriam mais do que suficiente para dar um golpe letal, mas desta vez, seus oponentes eram cinco especialistas no Reino da Sexta Algema.
Com os espíritos gêmeos e seus doppelgangers, Souta havia conseguido um momento precioso.
Os cinco líderes estavam todos no Reino da Sexta Algema e, se não se segurassem, poderiam facilmente destruir este palácio.
Até mesmo o mais fraco especialista na Sexta Algema poderia reduzir este lugar a escombros. Mas estavam hesitantes, sem dúvida com medo de enterrar os tesouros escondidos aqui.
“As pessoas que armaram essa armadilha… Se estivessem tentando me prender, deveriam saber disso, encher esse lugar com sangue só me beneficiaria. Talvez estivessem confiantes demais.” Souta murmurou, voltando seu olhar para o caos ao redor dele.
No mínimo, tinha um minuto até que os cinco líderes derrubassem seus doppelgangers e espíritos.
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