Índice de Capítulo

    “Tic, tac”, ao som do relógio, seis seres de terno negro se reuniram em uma dimensão largada no vazio subespacial.

    Em volta de uma enorme mesa feita de diamante, um dos seis se sentou ao lado esquerdo dela, um homem com um capacete negro e de cabelo longo.

    “Tic”, ele então disse: — Qual é o intuito dessa reunião?

    “Tac”, ao lado também esquerdo, uma mulher se sentou. Seu nevado cabelo trazia imponência com as asas de serafim que nele estavam. — Que vergonha! Eu não consigo acreditar que sou a mais velha daqui. — Ela cobriu seus olhos de girassol com as asas em seu cabelo, que se revelaram também ter olhos.

    “Tic”, ao direito, um ser branco e preto se sentou, mas as únicas coisas negras em seu corpo eram o terno, seu cabelo, seus sapatos e sua pupilas. — Você precisa parar de ser tão esquisita, garota.

    “Tac”, no lado direito da mesa, uma mulher com chifres idênticos a galhos de uma árvore se sentou. Seu cabelo era tão longo que tapava seus olhos e com uma voz fraca, respondeu ao homem com o capacete: — Senhor álgido, nosso Redentor nos convocou para uma breve congregação.

    “Tic”, novamente, alguém se sentou ao lado direito, dessa vez mais perto da cadeira ao final da mesa, um homem com chifres de touro, olhos de águia, cabelo e barba como uma juba de leão. — Algo aconteceu com o segundo filho e seu país.

    “Tac” e por fim ao lado oposto ao do homem, uma mulher de cabelo prateado se sentou e o respondeu com deboche: — Ah~ meu caro Dengaku, o segundo filho é tão irrelevante que não seria necessário nos reunir.

    “Tic”, ao deboche, o homem respondeu: — Sim, foi o que pensei, Saruh. Mas, como teve o envolvimento de um lorde, talvez tenha algo extra.

    “Tac”, A mulher com asas no cabelo ergueu seu braço com entusiasmo e disse: — Acho que ele vai falar da lua menor!

    “Tic”, o homem de capacete abaixou o braço da Querubim e a respondeu: — O filho mais novo foi assunto da reunião passada, não acho que esse seja o caso.

    “Tic”, o monocromático olhou para a mulher e a repreendeu: — Olha como você é garota, parece até uma criança.

    “Tac”, a mulher de chifres se levantou e arrastou sua cadeira um pouco para trás. — Se comportem crianças, nosso Redentor está aqui.

    “Tac”, todos os membros da mesa se levantaram instantaneamente perante aquele chamado de seu pai, seu salvador… seu Deus.

    Um homem alto se aproximou da cadeira ao final da mesa e a arrastou para trás, seu terno negro se uniformizava com o de todos e seu cabelo tapando um de seus olhos trazia algo familiar.

    Ele ajeitou sua gravata, e de olhos fechados, mãos sombrias ajeitaram seu cabelo e ao terminarem, aquele homem abriu seus olhos, um deles sendo vermelho, enquanto o outro era verde.

    — Tenho coisas a conversar, apóstolos da sabedoria.

    Todos os seres daquela sala abaixaram a cabeça e responderam simultaneamente: — Seja bem vindo, vosso altíssimo.

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    Uma leve garota despertou de um profundo sono, ela se sentou em sua cama e olhou para suas pernas. “Elas estão fracas… ele… fez de novo”, ela se levantou de sua cama e foi ao banheiro.

    Ela tomou seu banho, trocou suas roupas e parou na frente do espelho. Seus olhos verdes e cabelo bagunçado fizeram-na pensar: “Eu pareço tão deplorável…”, ela escovou seus dentes e saiu do banheiro.

    A menina desceu por uma escada que era de frente para a saída da casa e virou à direita, onde uma bagunçada cozinha estava.

    A menina foi até a geladeira e viu um pequeno bilhete, ela o pegou e leu em sua cabeça: “Aycity, minha querida, cuide das plantas e vá comprar algumas coisas, nossa geladeira está pura.”, após ler, a garota revelada Aycity suspirou e olhou para a mesa da cozinha, vendo um pequeno bolo de dinheiro em cima dela.

    “Pai, você não presta”, ela atravessou o local até chegar numa porta. Ao abri-la, revelou uma pequena colheita com vista para a planície.

    A pequena garota regou os alfaces, os tomates, os girassóis, os cadáveres, os milhos e assim que terminou, voltou para dentro e recolheu o dinheiro.

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    Obviamente, a garota não iria fazer compras, pelo contrário, ela foi tanto para o mercado, que ela, sem querer, foi ver seu único “amigo” e seguiu até a casa do Daniel.

    Quando chegou, viu Kevyn lendo. “Posso… assustar? Ele está muito concentrado”, aos poucos, ela se aproximou, quando chegou nas costas do garoto, ela tentou ler o que estava escrito na caderneta.

    ~ Bloco de notas ~

    A̶̛̲͓̅̾̀̎͋ź̸̛̛̗̹̱̮̦̝̼̮̭̰̄̐̐̒͠ú̸͎͍̥̣̕͝ḽ̵̨̩͚̳͍͇̻̣͗́:̶̛̲͖̿̌͆͐́̈́̍͝ ̵̙̒́́̓̓f̷̨̝͙̱͉̰̹̟̍̒̐̈́ȏ̷͙͉͗̈́͘͝r̶̳͔̥̪̬̮̳͈͝ç̸͈̀̃͜ã̷̢̨̬̠̮̼̘͕̼͛̈́̒̕͜ ̶̢͔͉͉̗̯̟̙͆ḑ̷͍̪̤̤̳͔̂̌e̶̛͕͂̇̈́̎͊̔ ̸̗̹̮̳͔̆͑͂̏̿̑̈̅̕̚a̸̡̢̜̰͙͙͇͚̤̟̎̿̈́̈́̈́͌t̴͉̳̰͐͂̈͗̊r̶̝̫̜̰͉̲̤͗͌̆͒̈́̈̄͆̆a̴̼̥̙̾̓ç̶̺̼̀̀̍̏ã̶͈̺̼̰̲̮̈́͂͑̓͗́̔̀̕͜ǒ̶̡̱̪͓ ̵̧̡͕͈̥͓̫̹͋̆̒̎͠͠ ̸̧̖͈͕̩͙̎́́̃́̂̇̉̈́͠ͅV̸̡͍̩̞͇̥̎͜è̸̢̢͖̻̍̇͒r̶̢̛̻͚̞̺m̵̘͈̯̤̦̼̮͋͛͊̈́͂̌̈́̚͜͜͠e̶̮̝̝͖͐͒͑̕l̶̡͕̣̖̰̦̝̘̮͍̇̂̏̅̇͆̾̕h̸̞̘̩̥͒̑͂̆͋̅̀͘o̶͔͆̓̈́:̷̛̖̯̩͙̅͊͌͂͘ͅ ̸̧̭̘͚̖̻̈́̋̋̿͐̃͋̑f̶̧̨̨̘̯̱͐͒̔̄̃̆̀̍̚̕ō̶͇̔́͝͝ŕ̷̟͙͕͇̄̈ͅç̸̪͈͒͗͘̚͝ͅą̶̠̓͗ ̷͓͇̃́́̎͠d̸͚̹̠̝͚̜̊̆̾͜͜ḙ̴̱̰̹̳̪̾̂͝ ̷̼̙̔͂͌̍r̵̢̺̺͍̪̘̯̠͇̱̽̐͛̀̌̿̋̚e̶̡̘͈̒̔̈́͘͝͝p̷̨̙̻̼̱̳̜̄̍͋̅̄̉̇̕͜ư̵̡̭̪̟̲̘͇̯̰̽̋̾̿̚͘͝ͅl̶̢̲̟͓̙̩̤̗͍̽́̈͋ș̶͔̯̦̼͔̟̽͌̏́ã̶̤̹͈͈͐͂̚͜o̴̤̯̣͔̬̿͊̑̒̾̅̎̈̿̊ ̶͉̤̯͉͔̞̝̠̼̔̓ ̴͕̹̱̼͈͕͎̓̏̔̈́̆̐͜͝A̷̬̋̊̓̆̊̂̚m̵̬̗͖̳̪͖̊̅͑̓̀͐͂̾á̴̰̖̥̦̻͚̟͛͑͐̆̇̏͐͝ŕ̶̘͎͉̗ȩ̴̘̼̤̟̖͕̞̭̋̏͂͆̏̉̆͒͠ͅl̵̺̩̰̠̈̇̀͂̓̿̐̔͑ŏ̶̟̠͓̮̋̅͋̆͋:̷̰͓͙̀̈́̒ ̸̡̛̟̫̭͚̼̬̱̣͝ë̵̲́̑̈́̔̇̕̚͘͜͠͝ṵ̵̱̠̙̺̝͕̖̥͙̀̄̀̀̊̚ ̴̲͍̿̏̌̈́́n̸̼̙͇̮̅͆̌͆̓͛͝ã̸̦̤̘͓̞̝̻̪̅̈́̓́̾͂̚͝͝ȏ̴̡̨̨̟͇̗͈̣̓ ̵̡̹̘͗͐̉͘s̷̨̨̛̛̺͒̎͜ͅe̴̮̮͌̑͗̈̍̈́ḯ̶̜̐͐̀̂̍͋̃̉̿ ̸̧̨̧̭͚̻̤̮͌͊͂̏̚͜R̶̟̝̼̫͕̩̘͋̐̈́̿̄̏̈̚̕o̶̭͔̜͐̈́͜ͅẍ̸̣͕̮̤͋̈́ȯ̶̧̜̤̮͚̙̗͔̝͓̿̐̊́̽̃͝:̸̼̱̈́̅̓̓͒͋ ̵̧̦̼͉͕͚̙̭͛̓̕͝D̷̛͈̝͔̱̙̖̎̑̄ē̴̡͆̓͐̈́̊̕͝s̸̡̨̜͉͎̖͑̃̍̓̅̋͘͝i̶͕͎̬̯̲̍ṋ̵̘̦̱̙͚͕͔̫̙͒̕t̷͍̥̬͇͑e̶̳͈͇͚͙͖̞̝͌̈̅̏̉̋̇͘͘ǵ̵͒̀́ͅr̸̨̩̈̃̃͐̆̚͠a̴̤̰̣̦̖̤͇͚̭̜͒̈́̈͠ç̸̛̤̈̄͊̽͋̿ã̷̝̀̍̃̈́̊̎̽̋o̶̗̦͗̌̑͂͜͠

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    Sem entender, ela se aproximou para tentar enxergar melhor, mas de repente levou um empurrão e caiu em cima do garoto.

    Para não só passar reto, ela se agarrou nos ombros dele que, com o acontecimento repentino, rapidamente recuou, mas, ao ver ser Aycity, disse:

    — Ei! Não me assusta assim!

    A garota caiu infelizmente de cara na grama, mas ao invés de levantar, ficou caída no chão.

    Kevyn percebeu sua fraqueza, se aproximou, acariciou suas costas e perguntou:

    — Tá tudo bem?

    A garota rapidamente se levantou e forçou um sorriso enquanto voltava seu olhar para o garoto e o respondia:

    — Eu apenas me distrai por um momento, sabe quando você levanta rápido demais?

    — Faz sentido hehe.

    — Enfim, o que você tá aprendendo?

    Kevyn estendeu sua mão em direção à garota, e num instante, ela foi puxada para perto dele. — Isso. Mas existe um problema, aparentemente existem variações disso.

    Ela olhou para baixo pela aproximação e girou seu corpo de um lado para o outro.— Você tem poder de atração?

    O garoto levou a mão até o queijo. — Não, essa é uma habilidade dele.

    Aycity se sentou e perguntou: — Você tem alguma dificuldade?

    Kevyn se sentou ao lado dela e pensou: “Dificuldade? Tudo está escrito no bloco de notas”, ele guardou a caderneta em sua bolsa dimensional e deitou-se.

    — Não, eu só tô pensando no que eu posso fazer, minha energia tá zerada depois de usar ele na versão real.

    — Versão real? Hm… Kevyn, quer ir fazer compras comigo? — Ela olhou para ele com um sorriso no rosto.

    — Se você me carregar. — Ele se espreguiçou.

    “Eu não vou aguentar desse jeito”, Aycity pensou e olhou para suas pernas.

    Ela olhou para o garoto novamente e então disse:

    — Com uma condição.

    — Qual? — Ele ergueu levemente suas orelhas.

    — Você vai ter que me curar por inteira, e vai ter que me carregar de volta em casa. — Aycity fez sinal de paz e apontou para cada dedo com sua outra mão.

    — Ei, foram duas! Mas enfim…

    Kevyn se sentou, tocou o pescoço dela e então manipulou seu sangue e ossos.

    “Como ele consegue fazer isso sem me machucar?”, pensou ao perceber que seu corpo se restaurou no mesmo instante. O garoto se levantou e disse:

    — Hehehe! Agora vai ter que me carregar!

    A garota também levantou e se inclinou para que ele subisse em suas costas. — Vamos princesa dragão.

    Kevyn sorriu, subiu nas costas dela e abraçou seu pescoço. — Eu percebi que você não tem muitas roupas, geralmente você tá com esse vestido ou com um top azul-escuro.

    Após sua subida, Aycity começou a caminhar em direção à cidade. — Eu lavo minhas roupas todos os dias, não preciso de tantas.

    — Se eu comprasse roupas, você aceitaria?

    Quieta, a garota segurou as pernas do garoto com firmeza e o respondeu: — Faça o que quiser fazer, saiba que eu não prometo retribuir o presente.

    Kevyn sorriu e deitou sua cabeça nas costas dela. — Nada faça por interesse pessoal ou por desejos tolos de receber elogios, mas seja humilde e considere os outros superiores a você mesmo.

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