Histórias 1
Capítulos 80
Palavras 106,4 K
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Tempo de Leitura 5 horas, 54 minutos5 hrs, 54 m

por Naor — Anayê acordou cedo escutando cochichos e sussurros. Se levantou, abriu a porta e tomou um susto ao se deparar com uma fila de pessoas. A primeira da fila era uma senhora de cabelos tão alvos quanto a neve e com um sorriso portador da tristeza. A idosa contou-lhe sobre seu marido acamado, como viveram cinquenta anos belos e o seu desejo de vê-lo recuperado. A mulher nem tinha terminado de falar quando a segunda pessoa da fila interrompeu pedindo ajuda. A idosa ficou irritada com a intromissão e uma… 106,4 K Palavras • Ongoing

por Naor — Anayê estava prestes a entrar na casa onde ficaria hospedada durante sua estadia em Ribeiral quando Fenrir disse: — Aquilo que você fez… foi impressionante. Obrigado. Ela se reconheceu nele. Olhava para Boyak exatamente da mesma forma, com o semblante esculpido da gratidão. Então assentiu e entrou. A casa onde estava hospedada era simples e organizada. Um cômodo com cama, mesa, armário pequeno e local para tomar banho. Ela se adiantou em arrumar seus pertences o mais rápido… 106,4 K Palavras • Ongoing

por Naor — Anayê chegou em Ribeiral no dia seguinte quando o sol estava se aproximando da margem do horizonte. Na intersecção entre a rota dos reinos e a estrada do carvalho, encontrara uma estalagem onde conseguira um quarto para passar a noite. O mestre lhe dera algumas moedas antes de partir para serem usadas nesses casos. Acordara cedo e partira pela estrada do carvalho, local pela qual teve que diminuir a marcha da sua caminhada, pois grandes carvalhos e raízes se encontravam com o caminho obrigando a… 106,4 K Palavras • Ongoing

por Naor — Quando o mestre chamou Anayê naquela manhã, o assunto sequer passou pela sua mente. O velho estava do lado de fora sentado em sua cadeira de balanço mascando uma folha de hortelã. — Bom dia, mestre. O senhor queria falar comigo? O cabelo dela estava preso em um coque por conta de seu treinamento matinal. Mesmo depois de ter saído do quarto do ceifador, Anayê continuava praticando suas habilidades com a adaga e um pouco de sua rajada de vento cortante. Ela reparou em um pergaminho nas mãos… 106,4 K Palavras • Ongoing

por Naor — Anayê já havia pensado e imaginado a sua saída do quarto do ceifador várias vezes. Em algumas cenas, se via sendo aplaudida e ovacionada por Boyak e Thayala. Em outras, era julgada como incompetente e incapaz de se tornar uma ceifadora. Porém, a realidade foi bem diferente. Era uma manhã comum. Se levantou, fez sua refeição matinal e foi para fora. Observou uma marca na parede da casa: uma grande mão de três dedos pertencente a uma aberração. Sentia-se satisfeita quando a vislumbrava,… 106,4 K Palavras • Ongoing

por Naor — Abrir os olhos pela primeira vez foi uma tarefa complicada. Acostumar-se com a luz tornou tudo ainda mais difícil. E, por fim, ganhar consciência da vida e de suas últimas lembranças levou suas mãos a reagirem e tocarem o local onde seu estômago havia sido perfurado, constatando que não existia ferida. Seu olfato encontrou cheiro de milho na sequência. Toda essa cena aconteceu em poucos segundos. Suficientes para Nally aparecer e exclamar sua alegria por ver Anayê acordada. E, logo em… 106,4 K Palavras • Ongoing

por Naor — Todo corpo de Anayê ficou imóvel. Seu coração começou a disparar como uma boiada descontrolada e sua respiração se tornou o som de um trovão dentro de si. — Anayê! O grito de Nally foi um jato de água em seu rosto. — Me ajuda! — a menina estava se colocando de joelhos para levantar. O farejador emitiu um grito feroz exibindo seus dentes afiados e, em seguida, iniciou sua caminhada rumo a sua presa. Anayê procurou um frasco de fluido de oração e, para sua sorte, encontrou o… 106,4 K Palavras • Ongoing

por Naor — — Pelo jeito, eu fico uma semana sem aparecer e as coisas viram uma bagunça. Anayê limpou os olhos e bocejou. — Mestre? — indagou se esforçando para acordar. O velho estava jogando algumas roupas sujas pela janela com seu cajado. Anayê se espreguiçou e levantou em seguida. — Onde você estava? — Cuidando dos meus afazeres. Sabia que você estava em boas mãos. Só não sabia que era tão desorganizada. — Me desculpe, estive tão focada no treinamento que não me… 106,4 K Palavras • Ongoing

por Naor — Anayê despertou com o peito ofegante e o estômago dolorido. — Você está bem? — Arghus perguntou. Ela não sabia o que responder, mas assentiu com a cabeça. Mantinha a certeza de que se fechasse os olhos, veria sua mãe e a aberração de duas cabeças. — Desbloqueando más lembranças? A pergunta veio de Chokhmáh que estava sentada ao seu lado de pernas cruzadas. Anayê não se recordava daquela cena há anos, pois fizera questão de suprimi-la no lugar mais profundo de sua… 106,4 K Palavras • Ongoing

por Naor — Anayê acordou num salto. Primeiro, notou uma mesa destruída e vários utensílios quebrados no chão, inclusive uma pintura que fizera junto com a mãe. Ela franziu o cenho se perguntando onde estava. Segundo, percebeu o rosto molhado. Havia chorado recentemente. Por quê? Ela se colocou sobre os pés e sentiu a bochecha esquerda arder. “O que está acontecendo?”, indagou na mente enquanto as batidas do coração ficavam mais rápidas. Terceiro fato, constatou que era criança novamente… 106,4 K Palavras • Ongoing