Histórias 1
Capítulos 54
Palavras 73,7 K
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por Naor — Anayê se sentiu leve. Por um instante, teve a impressão de flutuar acima das colunas, depois além do templo, até quase tocar as nuvens. Dali, contemplou o continente inteiro em sua vastidão. Então, seu olhar se voltou para as pessoas — vidas em movimento, apressadas, buscando propósitos, cruzando caminhos. Mas o que realmente prendeu sua atenção foram as cores dentro delas. Cada indivíduo era entrelaçado por linhas coloridas e irregulares, percorrendo seus corpos como fios de um tecido… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Anayê despertou assustada e se levantou rapidamente. Por um instante, pensara que havia caído pela escadaria de novo. Porém, ao olhar melhor ao seu redor, viu o mestre sentado ao seu lado e também um bocado de pães, mel e água numa mesa improvisada. Notou, inclusive, a falta das dores e do cansaço que haviam se apoderado dela durante o trajeto. A única coisa realmente persistente era a fome. — Seja bem vinda de volta — o mestre saudou. — Por quanto tempo eu fiquei… O mestre fez… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Quando o sol se aproximava da linha do horizonte, os pés de Anayê clamavam por descanso, sua garganta suplicava por água e seu corpo tinha dobrado de peso. Dar um passo havia se tornado uma tarefa hercúlea e os degraus se tornavam cada vez mais inclinados e estreitos. Alguns fios de cabelo grudavam na sua testa, assim como sua roupa colava no corpo. Ergueu os olhos e buscou o topo mais uma vez. No entanto, diferente de quando estava embaixo, o topo parecia ter sumido da sua vista. Apenas… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Anayê bebeu um pouco de água do lago e entrou na casa à procura de um odre para levar água. Lá dentro, havia apenas uma cama, um fogão a lenha e alguns utensílios para comida. E, no canto, um armário feito de boa madeira com algumas roupas. — Você não pode levar água, se é o que deseja — o mestre falou do lado de fora. Ela estreitou os olhos. — Quer que eu suba aquele escadão e não leve um pouco de água? O silêncio dele foi a resposta. A garota hesitou por um momento e… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Anayê acordou e, como de costume, foi apreciar a vista das Colinas. Era incrível aquele silêncio no início do dia no topo da colina, vislumbrando o mundo inteiro de cima. Parecia que o horizonte não tinha fim. Depois, quando foi fazer a refeição da manhã, ela ficou sabendo da partida de Boyak durante a madrugada. — Ele não gosta muito de despedidas — o mestre contou. O ceifador havia falado que ia atrás de sua esposa, uma busca motivada pelos acontecimentos do dia anterior e o… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — O corpo do demônio saiu rolando pelo chão deixando marcas de fumaça e gosma preta por onde passava, até enfim parar. Boyak continuou alerta, com o punho em posição de ataque. Em seguida, observou enquanto Aruyo se levantava com dificuldade. O rosto da criatura estava se desmanchando tal qual um argila.— O que… — ele passou as mãos ossudas no rosto com o olhar incrédulo. — Você não pode… eu não posso ser derrotado! Estou em todo lugar, em cada culpa e remorso. Boyak, enfim,… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — — Covarde, você é apenas um covarde!Boyak estava diante de Ingrid. Muito embora ela estivesse ofendendo-o, ele não reparava na ofensa. Seu foco estava nos olhos cinzentos, no cabelo cacheado e no belo rosto habilmente ou simetricamente encaixado. A saudade atropelou seu peito e ele desejou o abraço dela desesperadamente. — Eu não devia ter desistido de te procurar — o ceifador lamentou. Ingrid arregalou os olhos, surpresa. — Mas agora, eu imploro… fica… Ela hesitou por um breve… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Anayê arregalou os olhos sentindo um medo imenso e terrível daquela cópia macabra de seu amigo. O Boyak sombrio sorriu para ela e falou: — Quanta culpa e amargura nesse coraçãozinho, hein? E mal ele havia fechado a boca, Anayê sentiu uma amargura gigantesca no peito. Por que Zafael a tinha abandonado? Porque você é um peso, ela ouviu-o dizendo em sua mente. Viu seus olhos julgadores em cima de si. Aquele olhar de pena misturado com desprezo. Oh, sim, era por isso que ele tinha ido… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Nos dois dias seguintes, Ingrid não dirigiu nenhuma palavra para Boyak, embora ele tivesse tentando falar com ela muitas vezes. Suspeitava que ela estivesse planejando uma ação audaciosa e perigosa como se vingar por conta própria. E ele estava certo ao pensar dessa forma. Certa manhã, ao acordar, descobriu que ela havia roubado um cavalo e fugido. Boyak desconfiava do lugar para onde ela fora, então seguiu em seu encalço. Mesmo assim, quando chegou a propriedade de Jutred já era… 73,7 K Palavras • Ongoing

por Naor — Boyak soltou um grito que vinha além da sua capacidade vocal, era originado na sua alma. — Não chora, pai. Estou aqui agora. A voz tranquila da filha afligia ainda mais o seu coração e atormentava a sua mente. — Eu… me desculpe se falhei contigo. Toda a sua dor estava contida naquela frase. — Se você chorar, eu também vou chorar junto — a menina argumentou e simulou um sorriso. Havia um corte em seu lábio superior e resquício de sangue em sua boca. Mesmo assim, Boyak… 73,7 K Palavras • Ongoing