Capítulo 1575 - Livre do Pecado

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Sunny tinha um pressentimento de que o Príncipe Louco não estava disposto a desaparecer silenciosamente já fazia algum tempo. No entanto, sempre foi só isso — uma suspeita, substanciada por nada, exceto por seu conhecimento de si mesmo.

Sunny não gostaria de deixar de existir, então por que sua versão Profanada seria diferente?

O Príncipe Louco desejou ser livre e, no processo de realizar esse desejo, ele causou a morte de Nephis. Sua alma foi consumida pela Corrupção, mas não inteiramente — um pequeno resquício de sua humanidade permaneceu devido ao Pecado do Consolo, que a preservou para atormentar melhor seu hospedeiro.

E assim, o louco vil veio a se arrepender de perseguir seu desejo. Ele planejou e conspirou para trazer Nephis de volta à vida e criar tal ciclo do Grande Rio onde o Pesadelo poderia ser conquistado pela coorte. Ele transformou seus amigos nas Pragas, e então os traiu, providenciando para que cada um fosse massacrado.

Mas era só isso que o Príncipe Louco queria? Aparentemente não.

Sunny era uma pessoa gananciosa, e seu eu passado também tinha que ser. Portanto… havia pelo menos mais duas coisas que o Príncipe Louco havia planejado alcançar. A primeira era mais ou menos óbvia. Ele não só desejava trazer Nephis de volta à vida, mas também estar com ela.

Olhando para o Pecado do Consolo, Sunny balançou a cabeça em desgosto.

‘Aquele bastardo louco. Ele realmente achou que Nephis aceitaria um maníaco corrupto horrível como ele?’

Bem… estava no nome. Apesar de toda a sua astúcia tortuosa, no fim das contas, o Príncipe Louco era exatamente isso — inteiramente e completamente louco. Sunny não tinha dúvidas de que o lunático imaginava inúmeras maneiras de dobrar o futuro à sua vontade naquela sua cabeça perversa.

O Pecado do Consolo, enquanto isso, sorriu sombriamente.

“Oh… Vejo que você está começando a entender. Lamento dizer isso, no entanto — já é tarde demais para você.”

Sunny simplesmente olhou para ele sem dizer nada.

De fato, ele estava começando a entender. Como o Príncipe Louco planejou retornar e por que isso só estava acontecendo agora. Afinal, havia uma segunda coisa que ele devia querer alcançar.

E essa coisa… era chegar ao coração do Estuário.

Sunny não poderia ter chegado a essa conclusão antes, mas depois de testemunhar o santuário interno do lago escondido e vivenciar o olhar arrepiante de seu guardião, ele percebeu algo.

Havia de fato um último segredo escondido no coração do Estuário… talvez o mais terrível, e o mais precioso, de todos eles. E Ariel havia providenciado para que esse segredo fosse protegido acima de tudo.

Somente aqueles que passaram pelo julgamento do guardião do lago tinham o direito de aprender esse segredo.

Esse julgamento… parecia ser muito simples.

Por que as Criaturas de Pesadelo Colossais que encontraram seu caminho para o Estuário foram mortas, enquanto Sunny teve permissão de passar?

… Foi porque suas almas estavam corrompidas, enquanto a dele não.

A corrupção não tinha permissão de chegar perto do coração do Estuário, como se Ariel não quisesse que o que quer que estivesse escondido ali fosse manchado por seu toque vil.

E, portanto… o Príncipe Louco também não pôde testemunhar o segredo final.

Enquanto o Pecado do Consolo olhava para ele com deboche, Sunny sorriu.

‘Claro… era tão óbvio.’

Como o Príncipe Louco, um Titã Corrompido, poderia se infiltrar no coração do Estuário se nenhuma criatura Corrompida poderia?

A resposta… foi o esquecimento.

Ele teve que esquecer o conhecimento do Vazio que plantou as sementes da Corrupção em sua alma no início de cada ciclo, passar pelo julgamento do guardião do lago e então recuperar suas memórias novamente.

Então, o Príncipe Louco criou a Chave do Estuário — uma Memória que o levaria ao santuário mais interno do Estuário intacto. Uma Memória que colocou um selo no Pecado do Consolo, impedindo assim que o espectro da espada compartilhasse o conhecimento do Vazio e as memórias de todos os ciclos anteriores com Sunny.

Apenas para que esse selo fosse quebrado quando cumprisse seu propósito e fizesse Sunny passar pelo guardião do lago.

Trazendo assim o Príncipe Louco de volta em toda a sua glória profana.

O Pecado do Consolo riu.

“Ah… não fique tão abatido. Seja qual for a raiva que você sente, eu sinto mais. Ficar preso com você já é ruim o suficiente, seu verme. Ficar preso com o outro cara? Deuses. Eu já suportei isso por tempo demais.”

Ele suspirou.

“Mas, bem. O que está feito, está feito. Não há como escapar do inevitável, agora.”

Sunny olhou para ele e estendeu a mão, invocando o jian de jade à existência.

O Pecado do Consolo riu.

“Ah, espera… Acho que você pode simplesmente me destruir antes que sua alma seja corrompida, hein?”

O espectro da espada era imune ao fluxo do Grande Rio, mantendo suas memórias de todos os ciclos passados. E, como ele não era nada além de um pedaço estilhaçado da mente de Sunny, esse conhecimento lentamente vazaria e contaminaria o resto de sua mente — como aconteceu na Ilha de Aletheia.

O Pecado do Consolo poderia simplesmente sussurrar os segredos do Vazio diretamente para Sunny, mas ele não precisava. Eventualmente, esse conhecimento infectaria a mente de Sunny simplesmente porque ele já estava lá.

No entanto… isso não aconteceria instantaneamente. Assim como aconteceu na Ilha de Aletheia, e até mesmo antes com os ciclos do Grande Rio, Sunny tinha algum tempo antes que a contaminação começasse de verdade.

Se ele de alguma forma destruísse o Pecado do Consolo durante esse tempo, a parte fragmentada de sua mente seria erradicada, e o terrível conhecimento contido nela seria apagado sem deixar vestígios.

O problema era…

O belo jian apareceu na mão de Sunny, sua lâmina esculpida em jade branco imaculado.

O Pecado do Consolo era uma Memória Transcendente com um encantamento que aumentava drasticamente sua durabilidade, enquanto Sunny era meramente um Ascendente. Ele era forte o suficiente para quebrá-la?

E se ele a quebrasse… o espectro nascido dela realmente desapareceria?