Capítulo 400: Chamado do Tesouro

Combo 37/100 – Nota: A partir desse cap, a sombra de Sunny “Santa”, e demais que possivelmente virão, estarão em negrito: Santa

Sunny olhou para o lugar onde a moeda estava e depois piscou.

‘O que aconteceu?’

Ele deixou cair a moeda no altar, ela foi iluminada pelo luar e desapareceu. E então ele recebeu um fragmento de sombra.

‘Sem chance…’

Contendo a excitação, Sunny convocou as runas e leu:

A última vez que verificou, havia apenas cento e noventa e sete. Ele definitivamente, sem dúvida, acabou de receber um Fragmento de Sombra da estranha moeda de ouro.

‘Então não era uma moeda comum, afinal!’

Um sorriso satisfeito apareceu em seus lábios.

A moeda não só era especial, como também não era amaldiçoada. Pelo contrário, era abençoada!

‘Bem, esse foi o Fragmento de Sombra mais fácil que já recebi…’

De repente, seus olhos se arregalaram.

‘Espere…’

Não havia mais moedas que ele havia deixado na Ilha da Mão de Ferro? Mais três, pelo menos, foram engolidas pela monstruosidade morta.

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Antes que o pensamento se formasse totalmente em sua mente, Sunny já estava saindo da Ilha do Altar.

‘Duas coisas… há duas coisas…’

A primeira era que outras moedas poderiam, potencialmente, ter o mesmo resultado que a primeira e recompensá-lo com fragmentos grátis. A segunda era que onde havia três, poderia haver mais… muito mais.

O Demônio Caído que ele descobriu poderia ter vindo de um lugar onde todo um tesouro de moedas milagrosas estava escondido. Até uma montanha inteira delas. Se Sunny estivesse certa e conseguisse de alguma forma traçar o caminho que a criatura percorreu antes de morrer…

Quem sabia o quão mais poderoso ele se tornaria?

Tentando suprimir a sensação vertiginosa de descobrir um segredo enorme e tentador, Sunny deixou o Santuário e seguiu em direção à borda da ilha. À medida que o som das cachoeiras ficava mais alto e as primeiras gotas de chuva caíam no chão, uma silhueta escura de repente deu um passo em sua direção.

Foi um dos vigias.

“Huh… Sunny, certo? Você realmente vai sair com esse tempo?”

A maioria dos vigias aqui no Santuário já sabia que ele se sentia confortável no escuro, então a surpresa inicial ao ver alguém saindo da Cidadela à noite já havia mais ou menos desaparecido. Ainda era estranho para alguns deles, no entanto.

Sunny parou por alguns instantes e depois sorriu.

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“Sim. Não se preocupe, vou ficar bem. Não vou muito longe, de qualquer maneira. Só quero verificar uma coisa na Ilha da Mão de Ferro.”

O vigia hesitou e depois encolheu os ombros.

“Tudo bem. Tenha cuidado. Visão noturna ou não, este não é o momento para os humanos.”

Sunny agradeceu ao homem pela preocupação e passou por ele.

‘Não é hora para humanos? Ainda bem que sou um monstro, então…’

Aproximando-se da borda da Ilha do Santuário, ele não perdeu tempo e convocou a Asa Negra. Sunny ficou tentado a simplesmente se transformar em uma sombra e correr em direção ao seu objetivo, mas não queria mostrar seus poderes perto da Cidadela tão abertamente.

‘Paciente. Ser paciente…’

Como a Asa Negra realmente não podia permitir que ele voasse, ele deslizou acima da corrente o máximo que pôde, depois pousou nela e continuou avançando a pé. A essa altura, a chuva já caía com bastante força. A superfície de ferro sob seus pés era traiçoeira e escorregadia, então Sunny teve que ter cuidado e prestar atenção ao pisar, para não cair no Céu Abaixo.

Ele estremeceu, tentando pensar em um destino mais terrível. Sem nenhum meio de voar de verdade, ele simplesmente cairia na escuridão, indefinidamente, até que sua mente desaparecesse e seu corpo se consumisse de fome, e então lentamente se transformasse em pó.

As pessoas nas Ilhas Acorrentadas adoravam contar histórias horríveis sobre almas infelizes que caíram nas profundezas, e Sunny conseguia entender facilmente o medo delas. Por esse motivo, ele teve muito cuidado para não escorregar.

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‘Só os tolos caem, sabendo o que os espera lá embaixo. Eu nunca iria…’

Como se para responder ao seu pensamento, uma rajada de vento de repente o atingiu de lado, e um relâmpago distante iluminou o céu.

‘…Para o inferno com isso!’

Não querendo desafiar o destino, Sunny mergulhou nas sombras e continuou sua jornada como uma delas.

Logo ele chegou à Ilha da Mão de Ferro.

O braço decepado do gigante de metal desconhecido ainda estava lá, fazendo Sunny se perguntar mais uma vez que força poderia tê-lo arrancado do corpo da criatura. A julgar pelo tamanho daquela coisa, o dono do braço devia ter proporções monstruosas. Não na mesma escala do colosso ambulante da Costa Esquecida, mas ainda assim inegavelmente gigantesco.

Os restos do demônio alado que engoliu as moedas misteriosas também estavam lá.

No entanto, elas não pareciam iguais.

Até agora, apenas os ossos da temível abominação restavam, toda a sua carne há muito devorada pelos necrófagos glutões do mundo do Pesadelo. A grama ao redor da carcaça também estava mais alta e mudou de cor do verde habitual para um vermelho brilhante.

A grama parecia… saciada.

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Sunny fez uma careta.

Aqui no Reino dos Sonhos, nenhuma criatura ou planta era realmente o que parecia. Caso contrário, a densa floresta da ilha onde ele lutou contra o bando de Lobos Caídos teria sido destruída há muito tempo pelo Esmagamento.

Até as coisas mais inocentes eram distorcidas, corrompidas e predatórias. Sem cautela suficiente, até mesmo uma folha de grama pode ser mortal.

…Mas ele queria aquelas moedas.

Aproximando-se do amplo trecho de grama vermelho-sangue, Sunny hesitou um pouco e depois deu um passo à frente. Ele sentiu o chão se movendo ligeiramente abaixo dele, o farfalhar das gotas de chuva mudando de tom conforme caíam na grama.

Com uma carranca profunda, Sunny convocou o Fragmento do Luar e circulou sua essência, enviando-a fluindo furiosamente através das espirais da Serpente da Alma. Ele também coletou suas sombras e as envolveu em seu corpo.

A grama balançou ligeiramente e depois ficou imóvel.

Um sorriso sutil apareceu nos lábios de Sunny.

Na verdade, tudo no Reino dos Sonhos era perigoso e mortal… incluindo os humanos. Na verdade, os Despertos eram talvez uma das tribos de criaturas mais temíveis deste mundo, se não em termos de poder bruto, pelo menos devido à sua astúcia, maldade e imprevisibilidade.

Para algo tão fraco como uma folha de grama, era aconselhável evitar irritar um dos Despertos, especialmente alguém tão terrível como Sunny.

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‘Ah. É bom ser temido.’

Sem mais nada o ameaçando, ele caminhou até o local onde vira as moedas pela última vez e se abaixou, tentando encontrar os sedutores discos dourados.

Elas estavam exatamente onde ele as havia deixado.