Índice de Capítulo

    A luz do sol os atingiu em cheio quando finalmente emergiram da floresta densa, os feixes dourados iluminando seus rostos cansados e manchados de sangue. Agora estavam em uma estrada de terra que serpenteava entre as árvores até o vilarejo à frente. 

    A visão das pequenas casas de madeira, com suas chaminés soltando fumaça leve, trouxe um breve alívio. Haviam conseguido escapar, pelo menos por ora.  

    Kain soltou um suspiro profundo, sentindo o peso do medo começar a se dissipar. Ao seu lado, Kiara, a jovem loira que o acompanhava, fechou os olhos por um instante, inalando o ar fresco e tentando se recompor.  

    Mais à frente, os trabalhadores e lenhadores que haviam corrido desesperadamente já estavam no vilarejo, muitos dobrados de cansaço. Alguns moradores se aproximavam, trazendo água e cobertores, enquanto dois cavaleiros sagrados em suas armaduras reluzentes observavam a cena com expressões graves.

    — Acho que estamos seguros agora… — disse Kain, sua voz carregando o resquício de esperança.  

    — Sim, Kain, acho que estamos bem… — respondeu Kiara, embora seu tom fosse mais hesitante, como se temesse estar errada.  

    — Eu não diria isso.  

    A voz firme e gelada de Número Sete cortou o momento de alívio como uma lâmina afiada. Kain e Kiara o olharam imediatamente, ambos com expressões de preocupação. Se havia algo que aprenderam durante esse breve tempo com Minggu, era que ele raramente falava sem ter certeza do que dizia.

    — O que você quer dizer, Minggu? — Kain perguntou, a tensão crescendo em sua voz.  

    — Aquela criatura… — Minggu respondeu enquanto cruzava os braços e olhava de relance para a floresta atrás deles. — Ela é do tipo que caça. Não ficaria surpreso se ela viesse direto para o vilarejo assim que se recuperasse dos ferimentos.  

    — Isso é verdade? Mas ela nem sabe o caminho até aqui! — Kiara exclamou incrédula, tentando encontrar um traço de dúvida nas palavras dele.  

    Minggu virou o rosto lentamente, seus olhos perfurando Kiara como uma lâmina invisível.  

    — Você realmente prestou atenção no que eu disse? — ele rebateu, com um tom que beirava o desprezo.  

    — Hã…?  

    — Aquela criatura é uma caçadora. — Sua voz era firme, carregada de certeza. — E sabe o que caçadores fazem? Eles rastreiam. Não só deixamos um rastro óbvio de sangue, mas o cheiro está impregnado em cada um de nós. Ela nos encontrará, mais cedo ou mais tarde.

    O silêncio caiu como um peso esmagador. Kain e Kiara ficaram pálidos, suas mentes processando as implicações. 

    O suor frio escorria pela testa de Kain enquanto seus olhos corriam pela estrada em direção ao vilarejo, como se esperasse ver a criatura emergindo das sombras a qualquer momento.  

    Minggu, por outro lado, permaneceu impassível. Embora confiasse em sua força e soubesse que Número Cinco, que estava no vilarejo, poderia ser uma aliada poderosa, a perspectiva de enfrentar a criatura o incomodava. Não era apenas a criatura em si, mas o que ela simbolizava.  

    Pecadores… Não quero nenhum envolvimento com aqueles lunáticos._ O pensamento atravessou sua mente como uma sombra, frio e incômodo. _Se isso for parte de algum esquema deles e eu interferir, isso pode se tornar um problema maior do que estou disposto a lidar.  

    Enquanto ponderava, viu Kain e Kiara ficarem ainda mais tensos, claramente afetados por suas palavras.  

    — Por enquanto, devemos nos encontrar com os outros. — Minggu disse, encerrando a conversa de maneira brusca. — Depois veremos o que fazer. Não podemos perder tempo aqui.  

    — Isso é verdade… — Kain assentiu, então olhou para Kiara. — Kiara, me ajude com ele?  

    Ambos se moveram para carregar o lenhador ferido, que agora estava completamente desacordado. O homem havia desmaiado em algum ponto da fuga, incapaz de suportar a dor e o esforço.  

    Minggu observou os dois, sua expressão endurecida como pedra. Ele não disse nada, mas sabia que o tempo estava contra eles. 

    — Que cena inusitada… — uma voz firme e ligeiramente sarcástica soou, acompanhada por passos silenciosos. — Encontrá-lo aqui, Número Sete.

    O homem virou-se com calma, sua mão tocando de leve o cabo de sua arma por reflexo, apenas para relaxar ao ver quem se aproximava. Era um elfo negro, sua pele marrom escura contrastando com os olhos totalmente pretos que pareciam brilhar mesmo sob a luz do dia. 

    Esse era Denzel, um conhecido de tempos passados. Talvez chamar de conhecido fosse um exagero. Eles eram, no máximo, dois homens que cruzaram caminhos devido às circunstâncias e compartilharam não apenas palavras, mas também golpes.

    — Denzel, o Assassino das Sombras. — A voz de Número Sete soou baixa, mas carregada de intenção. — Ora, ora, o que o traz aqui?

    — Eu que deveria perguntar isso a você. — Denzel sorriu levemente, um sorriso que não alcançava os olhos. Ele gesticulou na direção de Kain e Kiara, que agora estavam distantes, ajudando os outros lenhadores. — Logo você, em um vilarejo pacato como este? E como foi mesmo que aqueles dois o chamaram? — Ele inclinou a cabeça com curiosidade exagerada. — Minggu, certo? Trabalho, suponho?

    Número Sete permitiu-se relaxar um pouco mais. Embora ele e Denzel não fossem exatamente aliados, tampouco eram inimigos. Havia uma compreensão silenciosa entre os dois — profissionais que priorizavam seus próprios interesses.

    — Isso mesmo. Trabalho. — respondeu de forma direta. — E você?

    — O mesmo, é claro. Trabalho.

    — Aqui?

    — Algo assim. O vilarejo é apenas uma parada. Meu destino é Perestória, a cidade natal do meu empregador. — Denzel deu de ombros, como se a longa jornada fosse apenas um detalhe insignificante. — Mas me diga, ouvi algo interessante enquanto ouvia os lenhadores. “Uma criatura vermelha e distorcida apareceu na floresta”… Eles estão delirando ou dizendo a verdade?

    — Eles estão absolutamente certos. Eu mesmo a vi. Inclusive, tive o desprazer de um breve confronto com ela.

    Denzel ergueu uma sobrancelha, surpreso, mas ainda carregando aquele sorriso insincero.

    — Oh? E não a matou?

    — Não hoje. — Um sorriso tímido se formou no rosto de Número Sete. — Testar minha sorte não estava nos planos.

    Ambos riram baixo, a tensão desaparecendo por um instante. Porém, antes que a conversa pudesse continuar, uma figura feminina surgiu em disparada, suas roupas tremulando ao vento enquanto um olhar de preocupação desenhava-se em seu rosto. Para qualquer um que a visse, a cena era comovente. 

    Mas Número Sete sabia bem que aquela preocupação não passava de uma fachada impecavelmente ensaiada.

    — Amor! — A mulher gritou antes de envolvê-lo em um abraço apertado. Lágrimas brilhavam em seus olhos enquanto ela olhava para ele. — O que aconteceu? Você está bem?

    — Estou bem. — Número Sete respondeu de forma calma, retribuindo o abraço com um toque de carinho falso. — Não se preocupe, todos estamos vivos.

    — Que alívio… — murmurou ela, antes de virar os olhos para Denzel, que levantou a mão em um gesto despreocupado de saudação.

    — Opa.

    — Denzel? — O tom dela mudou de imediato, sua expressão suavizando por fora, mas com uma irritação perceptível para quem soubesse onde olhar. — Como vai, Número Cinco, não é? — disse ele, sem muita cerimônia.

    O rosto dela contorceu-se levemente. Para Número Cinco, manter seu disfarce era essencial. Ser chamada por seu verdadeiro título era algo que ela odiava, especialmente em situações onde isso poderia comprometer a missão.

    — Fique tranquila, ele está aqui a trabalho também. — Número Sete interveio rapidamente, tentando apaziguá-la. — Se possível, chame-a de Amora, Denzel.

    — Ahhh, certo, certo. Me desculpe, Amora. — Denzel inclinou-se ligeiramente, sem perder o tom zombeteiro.

    Número Cinco cruzou os braços, sua expressão claramente azeda.

    — Podemos conversar em privado? — ela perguntou, ignorando Denzel por completo.

    — Hm… sim. Tenho algumas coisas para lhe contar. — Número Sete respondeu.

    Os dois se afastaram, deixando Denzel para trás. Antes de partir, Número Sete deu um leve aceno com a cabeça, ao qual o elfo negro respondeu da mesma forma, o brilho zombeteiro ainda em seus olhos.

    ⧫⧫⧫

    O pequeno cômodo de madeira, escassamente mobiliado com ferramentas rudimentares penduradas nas paredes, era abafado e exalava o cheiro seco da serragem velha. 

    Apesar do desconforto, o local proporcionava a privacidade necessária para a conversa. Número Sete fechou a porta atrás de si, abafando o som do vilarejo ao redor. Ele suspirou pesadamente, ciente do que estava por vir.  

    — Ouvi dizer que você resolveu bancar o herói hoje, de forma bem lamentável, devo dizer. — A voz de Número Cinco foi cortante como o fio de uma lâmina bem cuidada, e seu olhar o trespassou com desprezo mal disfarçado.  

    — Ahhh… sabia que isso ia surgir. Mas, olha, Número Cinco, deixa eu explicar…  

    — Explicar o quê?! — Ela interrompeu, erguendo a mão de forma dramática antes de cruzar os braços com força. — Que você está colocando toda a maldita missão a perder por causa desse seu senso de moral estúpido? Nós temos um objetivo claro aqui. Então me diga, Número Sete, por que você simplesmente não faz o seu trabalho?!  

    Ele abriu a boca para se defender, mas nenhum som saiu. A indignação dela era justificada, e ele sabia disso. Não havia desculpa boa o suficiente que apagasse a falha que cometera. Sua hesitação era visível, e Número Cinco não perdeu tempo em se aproveitar disso.

    Apesar de os Numerous não terem uma hierarquia rígida, Número Sete sempre nutria um respeito particular pelos seus companheiros. 

    As incontáveis missões realizadas juntos haviam moldado sua mentalidade para evitar confrontos internos, especialmente com alguém tão impetuoso quanto Número Cinco.  

    — Olha, eu admito que foi impulsivo, mas foi necessário. — Ele encontrou coragem suficiente para responder, tentando soar convicto. — Kain estava prestes a morrer. Se eu não tivesse interferido, teríamos perdido um recurso valioso para a nossa missão.  

    — Recurso? — Número Cinco arqueou uma sobrancelha, cética. — Você está me dizendo que aquele lenhador com cara de urso vale alguma coisa? Explique-se melhor.  

    — Ele não é apenas um lenhador. — Número Sete respondeu, tentando manter a compostura. — Ele lidera o grupo de lenhadores daqui e tem contatos no vilarejo. Uma pessoa com esse tipo de influência pode ser útil para manipular os moradores e acessar informações que não conseguiremos por conta própria.  

    Número Cinco estreitou os olhos, avaliando suas palavras como um caçador examinando uma presa. Era evidente que ela ainda não estava totalmente convencida. 

    Número Sete sabia que isso era apenas uma desculpa racional que criara no caminho, mas não podia mostrar hesitação agora.  

    — Hmph. — Ela suspirou, recuando um pouco. — Vou deixar passar desta vez. Mas saiba que estou trabalhando duro para manter nosso disfarce impecável, enquanto você brinca de herói por aí. Se estragar tudo, não esperarei desculpas.  

    — Entendido. — Ele respondeu, contendo o alívio que ameaçava transparecer.  

    — Agora… o que aquele cara está fazendo aqui?  

    O olhar dela endureceu ao mencionar “aquele cara”. Não havia necessidade de especificar. O elfo negro assassino, Denzel, era uma figura tão marcante que dispensava apresentações. Número Sete sabia que lidar com Denzel era complicado, mesmo em situações normais. 

    — O assassino das sombras. — Número Sete murmurou, quase para si mesmo. — Parece que ele está a caminho de Perestória, mas parou aqui por um trabalho.  

    — Hah. — Ela soltou uma risada seca, cheia de sarcasmo. — Trabalho, é? Espero que ele não interfira no nosso. Já basta você estragando tudo, não preciso de um elfo negro metido para piorar as coisas.  

    Número Sete permaneceu em silêncio, ponderando sobre o que exatamente Denzel estava fazendo ali. Ele sabia que, mesmo com seus próprios problemas, a presença de Denzel era como uma espada de dois gumes: podia ser tanto um recurso inesperado quanto uma ameaça imprevisível.

    — É trabalho. Como eu já disse. — Número Sete repetiu, tentando manter a calma.  

    — Muita coincidência a gente se encontrar novamente depois da última vez. — Número Cinco estreitou os olhos, o sarcasmo escorrendo de suas palavras como veneno.  

    A lembrança daquela última “coincidência” ainda era vívida. Na ocasião, tanto o alvo de Denzel quanto o de Número Sete e Número Cinco eram membros do mesmo grupo. 

    Por não se conhecerem, acabaram se enfrentando ferozmente, cada um acreditando que o outro era parte do inimigo. O confronto só cessou após ambos trocarem golpes mortais e perceberem o mal-entendido. Mesmo assim, as cicatrizes — tanto físicas quanto emocionais — permaneciam.

    — Na verdade… — Número Sete começou, hesitando por um momento. — Eu até achei bom ele estar aqui.  

    — Hã? — Número Cinco inclinou a cabeça, sua expressão cheia de incredulidade.  

    — Devo pensar que você quer pedir algo para mim, não? — A voz grave e afiada de Denzel ecoou pelo cômodo, surpreendendo os dois.  

    Ambos se voltaram na direção de alguns caixotes empilhados no canto. De lá, emergiu a figura esguia do elfo negro. Denzel, o assassino das sombras, movia-se com a graça de um predador, seus olhos escuros fixos em Número Sete. Ele havia permanecido escondido, ouvindo a conversa sem ser detectado. 

    — Que ridículo… — Número Cinco cuspiu, o desprezo evidente em sua voz.  

    — Você e eu somos do mesmo tipo, atacamos furtivamente. Então, o que exatamente acha ridículo aqui? — Denzel retrucou, um sorriso frio e provocador brincando em seus lábios.  

    Número Cinco estalou a língua, desviando o olhar com irritação. A presença de Denzel a incomodava profundamente, mas ela sabia que enfrentá-lo diretamente seria imprudente.  

    — E então, Número Sete? — Denzel continuou, inclinando-se casualmente contra um dos caixotes. — “Achei bom ele estar aqui”? O que exatamente quer dizer com isso?  

    Os olhares de ambos recaíram sobre Número Sete, que suspirou profundamente antes de se sentar em um caixote, o peso da decisão evidente em seus ombros.

    — Olha… talvez você não goste muito da ideia. — Ele disse, olhando diretamente para Número Cinco. — Mas sugiro que nós três trabalhemos juntos para matar a criatura na floresta.  

    — Oi? — Número Cinco começou a rir, uma risada cortante e cheia de desdém. — Hahaha… de onde tirou essa ideia, seu idiota? Esqueceu o que significa uma invocação de sangue?  

    — Uma invocação de sangue… como eu imaginei. — Denzel murmurou, seus olhos se estreitando enquanto ponderava. — Então estamos lidando com os Pecadores, certo?  

    — Isso mesmo. — Número Sete confirmou, sua expressão sombria. — Número Cinco, aquela coisa vai acabar vindo para o vilarejo. Quando isso acontecer, as pessoas serão caçadas e a missão será comprometida.  

    — Eu estou acompanhando seu raciocínio, seu imbecil. — Número Cinco rosnou, sua expressão endurecendo ainda mais. — O problema não é isso. O problema é que, se os Pecadores invocaram essa criatura, matar ela é praticamente declarar guerra contra aqueles lunáticos. E, honestamente, eu não tenho a menor vontade de fazer isso.  

    Denzel inclinou levemente a cabeça, seus olhos afiados fixos em Número Sete. O assassino havia compreendido a implicação subjacente nas palavras de Número Sete, mas ainda precisava confirmar.  

    — Você acha que não foram eles?  

    O silêncio que se seguiu parecia tão denso quanto o ar abafado do cômodo. A tensão no olhar de Número Sete sugeria que ele estava apostando em uma teoria perigosa, algo que poderia mudar completamente o rumo de suas ações.

    — Quando a criatura apareceu na floresta, ela estava descontrolada… não estava seguindo ordens. — Número Sete começou, com a voz grave e metódica. — Por um momento, imaginei que talvez estivesse obedecendo a alguém que a instruiu a agir daquele modo. Mas o fato de ter recuado depois que a golpeei, sem retornar até agora, sugere outra coisa. Ela está preocupada com o ferimento. Não é uma invocação controlada. É uma invocação com desejo próprio.  

    — Ou seja… — Denzel cruzou os braços, inclinando-se levemente para a frente, como se saboreasse a análise. — Uma invocação que o invocador não conseguiu controlar e, no processo, acabou matando-o. É isso?  

    — Exatamente, Denzel. — Número Sete assentiu, a confirmação fria em suas palavras.  

    — Isso ainda não é suficiente para me convencer. — Número Cinco interveio, sua voz carregada de descrença. — Não acho que vale o risco.  

    Número Sete apertou o punho, seu tom ficando mais firme, quase como uma lâmina que cortava qualquer objeção. 

    — Então você quer que ela vá até o vilarejo? Que massacre as pessoas, colocando todo o plano a perder? — Ele ergueu a voz, não de raiva, mas de convicção. — Depois de um banho de sangue, duvido que as feiras continuarão por meses. E sem elas, nosso esquema de contagem vai por água abaixo. Nunca encontraremos nosso alvo desse jeito.  

    Número Cinco o encarou, mordendo os lábios, mas permaneceu em silêncio. A lógica implacável de Número Sete não deixava brechas para argumentos contrários. Mesmo relutante, ela sabia que ele estava certo.  

    — Se fosse apenas nós dois, eu também pensaria duas vezes antes de enfrentar uma criatura dessas. — Número Sete continuou, suavizando levemente o tom. — Mas, por pura sorte, Denzel caiu no nosso colo. Essa é a chance perfeita para acabar com ela em segredo, na floresta. Dessa forma, protegemos nosso disfarce, cumprimos a missão e eliminamos a ameaça.  

    Denzel arqueou uma sobrancelha, um leve sorriso dançando em seus lábios.  

    — O que me intriga é você presumir que eu estaria disposto a me arriscar por algo assim. — Ele disse, a voz carregada de ironia. — Não tenho motivo algum para lutar contra uma invocação de sangue.  

    — É verdade. — Número Sete admitiu com um leve aceno. — Mas e se te contratarmos?  

    — Já estou em serviço. — Denzel retrucou, com uma risada leve e desinteressada. — Passo.  

    — Nesse caso, posso falar com seu empregador?  

    Denzel piscou, surpreso. Ele soltou um “Oh” impressionado, observando Número Sete com uma mistura de curiosidade e admiração. 

    — Você realmente está determinado.  

    — Não posso me dar o luxo de falhar aqui. E então?  

    Por um momento, Denzel ficou em silêncio, avaliando a proposta. O brilho em seus olhos mostrava que estava intrigado, mas também que começava a considerar a ideia. Por fim, ele deu de ombros e respondeu com um tom descontraído.

    — Certo, eu te levo até ele.  

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