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    “Sua idiota, como você nem consegue lidar com algo tão simples?” Um homem magro e velho perguntou, irritado.

    “M-me desculpe, Major, estou fazendo o meu melhor.” Uma mulher respondeu apressadamente, com uma voz ansiosa e temerosa. Enquanto mantinha suas mãos próximas do pé do velho homem, focando seu mana para realizar a Magia de Cura. 

    Havia um machucado em seu calcanhar, mas não era um ferimento derivado de um combate ou acidente, mas por consequência de uma rara doença de mana. Devido ao consumo excessivo de certas Poções de Mana ao longo dos anos, muitas pessoas adquiriam uma série de doenças estranhas. 

    Como a massiva fabricação de poções mais baratas do mercado, feita por Alquimistas novatos, não seguia nenhum critério ou normas específicas sobre os materiais usados, sendo utilizados os mais diversos, desde os variados tipos de Cristais até outros componentes secundários, muitas dessas geravam reações adversas intensas no corpo das pessoas. 

    Em meio ao amplo uso diversificado de poções de procedência duvidosa, era quase impossível identificar qual tipo de material utilizado desencadeou algum determinado efeito colateral. 

    Mesmo as que eram feitas por Alquimistas e Guildas renomadas, que tinham procedimentos de segurança extremamente rígidos e usavam sempre os mesmos materiais de alta qualidade, ainda era possível que houvesse complicações à saúde depois de décadas de uso massivo, muito menos as variações sucateadas de terceira linha.

    No caso do indivíduo à frente da mulher, era um claro caso de Fissura de Mana. Uma espécie de alergia adquirida ao longo dos anos após consumo excessivo de Poções de Mana, que por consequência, causavam erupções crônicas na pele por todo o corpo, aparecendo de forma corriqueira.

    “Maldição, já é a terceira vez que essa coisa reaparece no mesmo local. Você está realmente fazendo isso corretamente?!” O Major reclamou, parecendo insatisfeito.

    “C-como eu disse senhor, para parar as Fissuras de Mana, você deve cessar completamente o uso de Poções de Mana por pelo menos um ano. Caso contrário, elas continuarão aparecendo.” A Maga, chamada Anastasia, explicou.

    “Parar com as Poções de Mana por um ano? Acha que eu tenho o luxo de fazer isso sendo um Major Combatente?!” O velho respondeu com uma entonação emburrecida, então afastou a mulher, quase derrubando-a. “Já chega, vou procurar alguém mais capacitado, você é uma inútil! E farei uma reclamação ao QG, você está claramente dificultando minha cura para ganhar mais! Malditos terceirizados!”

    Após dizer isso, calçou seu sapato, cobrindo o ferimento e saiu da sala andando de forma desajeitada enquanto bufava.

    Vendo toda essa cena, a mulher ficou assustada. Ela era uma Maga de Cura terceirizada que havia aceitado o trabalho por uma Guilda, contratada pelos Leões Dourados, sendo designada para diversas tropas conforme a demanda. 

    Diferente dos Magos de Cura treinados e nutridos pela própria Legião, que tinham contratos de valor fixo e recebiam uma série de benefícios, ela era paga apenas por trabalhos realizados e quase sempre era enviada para as piores posições possíveis. Com a última vez sendo parte das Tropas de Exploração, o que por si só já havia a deixado amedrontada na época devido aos riscos envolvidos, mas como não tinha escolha, acabou aceitando.

    “Eu deveria procurar outra legião?” perguntou-se, cabisbaixa. Como ela recebia por trabalho realizado, se um Major fizesse uma queixa de que a mesma estaria realizando tratamentos inadequados para que o paciente retornasse, a mulher seria provavelmente dispensada ou no mínimo penalizada em seu salário. “Aquele velhote… O que ele pensa que eu sou? Se ele quer se recuperar rapidamente, deveria ter procurado um Mago Avançado!”

    Sendo uma de Maga de Cura Intermediária, era difícil tratar ferimentos de Majores, já que demandava muito esforço e mana. Dependendo do Físico e qualidade do mana do paciente, poderia até ser impossível curá-lo completamente. Devido a isso, Anastasia odiava quando altas patentes vinham em busca de tratamento, mesmo que fosse algo simples, ela esgotaria todo seu mana, ficando exausta e sem poder atender outras pessoas, mas ainda receberia o pagamento por um único atendimento.

    Infelizmente, mesmo que Magos de Cura Intermediários não fossem tão comuns, já que poucos eram propensos para essa profissão, também não eram tão valorizados. Somente a partir de Mago Avançado é que se receberia um bom tratamento por parte das Legiões e Guildas. Devido a isso, ser denunciada pelo Major, afetaria diretamente sua reputação e dificultaria até mesmo sua contratação em novos empregos.

    Enquanto pensava em como se explicar para seu supervisor, de repente lembrou-se de algo. Uma certa pessoa havia lhe feito uma proposta, mas como envolvia um contrato de longo prazo, acabou recusando. Mesmo sendo difícil ser uma Maga de Cura terceirizada, ela tinha a liberdade de abandonar a legião sempre que quisesse, o que não poderia ser feito caso entrasse de fato para os Leões Dourados.

    Acho que não tenho escolha, e só conversar não faz mal…

    Algum tempo depois, num escritório cheio de livros, Anastasia estava sentada à frente de uma mesa, nela um homem careca a observava com aparente interesse.

    “Então você finalmente se decidiu?” perguntou, a pessoa em questão era o Mago Avançado Sanjo Samal. “Se for apenas isso, eu posso resolver caso venha trabalhar para mim.”

    Nesse ponto a garota havia explicado o ocorrido.

    “N-não é bem isso, senhor. Mas gostaria de analisar a sua proposta primeiro.” respondeu, hesitante, mas, ao mesmo tempo, parecia haver alguma expectativa em seus olhos.

    Vendo a indecisão na voz da mulher, o sujeito suspirou. Esse era um dos males de Magos independentes, eles sempre estavam em busca de obter os melhores benefícios.

    “Tenho que ser franco, as condições de trabalhar para mim são as mesmas de qualquer Mago de Cura Intermediário da Legião, se está esperando algo a mais que isso, lamento ter que decepcioná-la.”

    Ouvindo isso, Anastasia teve uma mudança de expressão, aparentando estar frustrada. O salário padrão de um Mago de Cura Intermediário contratado diretamente pela Legião era de 250 moedas de prata, o que era melhor do que ela, terceirizada por uma Guilda que geralmente recebia em torno de 150-180 moedas por mês, podendo variar para mais ou para menos, conforme havia demanda. Entretanto, valia realmente a pena perder sua liberdade por 70-100 moedas a mais?

    Mesmo que fosse uma quantia considerável para alguém como ela, sentiu que ainda deveria esperar por condições melhores.

    “Sinto muito Anastasia, na situação em que eu estava antes, poderia ter lhe feito uma proposta mais interessante, mas o General que me contratou agora tem recursos limitados. Mesmo que eu queira lhe oferecer condições melhores, ainda não é o momento adequado. Caso se interesse, posso garantir que assim que forem alocados mais recursos em nosso departamento, tentarei melhorar os salários.” Sanjo garantiu.

    A Maga de Cura tinha uma expressão desconfiada em relação às palavras do sujeito. Mesmo que ela o conhecesse há algum tempo e achasse que era uma pessoa respeitável, no fim, palavras eram apenas palavras. A menos que recebesse isso por escrito em seu contrato, duvidava que haveria reajustes futuros.

    “Eu agradeço por tudo, senhor e peço desculpas por tomar seu tempo.” disse, levantando-se e se despedindo.

    Sanjo balançou a cabeça, achando isso uma pena. Mesmo que não fosse tão talentosa, a garota tinha um vasto conhecimento médico para seu nível. Devido a isso, já fazia algum tempo que ele estava de olho nela, tentando recrutá-la sob sua asa.

    “Espere um momento.” O homem careca a deteve de sair ao lembrar-se de algo. “Pode ser que eu tenha uma oferta melhor que te interesse.”

    “Uma oferta melhor? Mas você disse antes que…” Antes que pudesse concluir, o homem careca a interrompeu.

    “Não tem relação direta comigo, mas é um trabalho que acho que vá te interessar e o contratante também é uma pessoa interessante. Acredito que se for ele, talvez possa te oferecer boas condições.”

    “E quem seria essa pessoa?” perguntou, um pouco ansiosa. Mesmo que estivesse um pouco desesperada por trabalho, não significava que iria oferecer seus serviços a qualquer um. Havia muita gente obscura no mundo e ela poderia acabar tendo um final ruim se tomasse uma decisão errada.

    “Talvez você já tenha ouvido falar dessa pessoa, ele tem se tornado bem famoso por aqui ultimamente… Seu nome é Fernando, Tenente do Batalhão Zero.”

    Ao ouvir isso, Anastasia arregalou os olhos, assustada.

    Aquela pessoa?!

    Em torno das imediações do Batalhão Zero, um grupo de Soldados, com roupas casuais de treinamento, estavam correndo, carregando pesados blocos de pedra em seus ombros. Muitos pareciam estar com rostos de sofrimento, enquanto suavam frio, cambaleando como se fossem desmaiar a qualquer momento.

    “O que está havendo? Tem algum tipo de construção ocorrendo? Por que tem tantos trabalhadores?” Uma comerciante perguntou, surpresa. “Além disso, por que não utilizam suas Pulseiras de Armazenamento, por que usar um método de transporte tão rústico?” Mesmo não sendo da área, ela sabia o quão pesados eram blocos concentrados como esse.

    Um homem barbudo que estava ao lado riu ao ouvir isso.

    “Trabalhadores? Não se engane senhora, são aparentemente Soldados treinando.”

    “Treinando? Com todo aquele peso?” perguntou espantada.

    “Sim, acho que já é a décima vez que vejo eles passando por aqui. Não é comum ver gente treinando tão pesado assim hoje em dia.”

    Próximo ao local, vários Soldados de outros Batalhões e Pelotões, que estavam passando por ali, viram aquilo com um sorriso.

    “Que bando de idiotas, a que tropas esses caras pertencem?” Um deles questionou, rindo.

    “Não tenho certeza, mas quem se sujeitaria a carregar essa merda por aí? Se tentassem fazer isso no meu Batalhão, eu pediria transferência no mesmo dia!” Outro respondeu, achando a situação ridícula.

    Os Soldados carregando as pedras, eram, na verdade, membros do Batalhão Zero. Ao ouvirem os comentários e zombarias, somado ao cansaço e dor que estavam sentindo, muitos se sentiram desanimados.

    Um dos homens, com a camisa ensopada de suor, estava fazendo uma careta enquanto tentava ajustar o pesado bloco de pedra em seu ombro, devido ao enorme peso, de 100kg, toda a região estava dolorida.

    “Líder, tem certeza que o Tenente estava falando sério sobre a expulsão? Acho que estou no meu limite!” O sujeito perguntou, arfando pesadamente. Ainda estavam na metade do percurso, mas todo seu corpo estava começando a fraquejar.

    Leo, que ouviu a súplica de seu subordinado, franziu o cenho. Ele também estava com suas próprias dificuldades, carregando cerca de 200kg em seu ombro, mas ao contrário dele, não tinha a mínima de vontade de parar.

    “O Tenente geralmente é alguém tranquilo, mas quando ele fala algo, raramente volta atrás. Então se não quiser ser expulso, é melhor cerrar os dentes e continuar correndo!”

    A expressão do Soldado era de medo ao ouvir isso. Mesmo estando cansado e achando aquilo uma tortura, passou o bloco de pedra para o outro ombro e continuou correndo, tentando não ficar para trás dos outros.

    Se fosse em qualquer outro Batalhão, o homem não se importaria de ser expulso ou transferido, mas isso não era válido ali, não no Batalhão Zero. Havia tantos benefícios e as tropas recebiam tantas coisas, algo completamente diferente de outros lugares, que ele se recusaria a sair mesmo que tentassem arrastá-lo para fora!

    “Além disso, você acha isso pesado, mas não é nem um décimo do que aquele monstro está carregando…” O Cabo comentou, olhando para frente. 

    Liderando o grupo, estava um jovem pálido, com seis blocos empilhados em seu ombro. A cada passo seu, uma marca superficial era deixada no solo.

    Ele é mesmo Humano? Pouco atrás, Lenny perguntou-se, com uma expressão incrédula.

    Apesar de ambos serem usuários de Habilidades, a diferença era simplesmente gritante!

    Ele consegue isso devido à sua Habilidade de Incremento? Que tipo é essa que ele está usando? Mesmo que ele próprio tivesse uma Habilidade do tipo Incremento Corporal, a sua era de baixo nível e apenas melhorava seus Atributos em 1 ponto de Físico e 1 de Agilidade. Mas pelo que observou, a de Fernando deveria melhorar em pelo menos 2-3 pontos! Não, mesmo que seja assim, ele está claramente além de seus limites, esse cara simplesmente não é normal! pensou, ao ver as veias saltadas por todo seu corpo.

    Enquanto corria, gotas de suor caiam uma após a outra da testa de Fernando.

    Crack! Crack!

    Seus ossos estalavam a cada passo, como se fossem se partir a qualquer instante. Apesar disso, o jovem pálido mantinha um rosto calmo, apenas levemente franzido.

    Lerona, que estava acompanhando o grupo, sem carregar qualquer peso, olhou aquilo com curiosidade. Mesmo para um Tenente veterano, esse tipo de peso não era simples, muito menos para um novato como Fernando. A mulher tinha certeza que o rapaz estava claramente usando alguma Habilidade para melhorar seu Físico, mas ela também sabia que usar isso acarretava uma grande carga ao corpo, ainda mais por longos períodos.

    Olhando para os Soldados ao redor, que mesmo cansados e chegando aos seus limites ainda permaneciam determinados a acompanhar o rapaz pálido, a Capitã ficou surpresa. Normalmente, ela só via Soldados com esse tipo de determinação em tropas extremamente famosas e destacadas, onde as pessoas lutavam para fazer parte. Um exemplo era a Cavalaria Blindada Nagalu.

    Isso está mais difícil do que imaginei! Fernando pensou consigo mesmo, enquanto se forçava ao limite. O peso de mais de uma tonelada estava fazendo seu corpo envergar-se levemente para baixo.

    Apesar de toda a agonia e dor que estava sentindo, recusou-se a usar sua Magia de Cura em si. Mesmo que isso fosse aliviar seu fardo e recuperar um pouco do estresse em seu corpo, sentiu que seria injusto, já que seus subordinados não podiam usar isso. Ainda, sim, sua Habilidade de Auto Regeneração estava ativa, pois mesmo que não quisesse, ela ainda funcionaria de forma passiva, curando-o a todo momento, mesmo que numa velocidade mais lenta que a Magia de Cura. Além disso, era uma boa forma de treinar essa Habilidade, causando grande estresse ao corpo e recuperando-se em seguida.

    Olhando para o lado, Fernando viu Lance, que estava o acompanhando na dianteira do grupo. O homem estava com dificuldades em segurar o bloco com seu único braço. Diferente dos outros, que alternavam o bloco de um ombro para o outro, para machucar menos, o sujeito não conseguia fazer isso.

    Quase sem ar e tropeçando uma perna na outra, estava tão claro quanto o dia que o homem não ia concluir as dez voltas restantes. Isso fez Fernando suspirar, aproximando-se dele.

    “Lance, vou dar uma olhada nos outros, você lidera o grupo.” Fernando ordenou, falando com dificuldades.

    “O-ok, entendido!” O homem respondeu, arfando pesadamente. Apesar de estar em seu limite, não parecia haver intenção de parar e ouvir a ordem do rapaz só o fez mais determinado a continuar em frente.

    Assentindo, Fernando deu dois tapinhas em seu ombro com a mão esquerda que estava livre, enquanto diminuiu sua velocidade, ficando para trás.

    De repente, Lance, que estava com sua visão embaçada, sentiu uma onda de vigor tomar conta de si. Seu corpo ainda estava fraco e cansado, mas de alguma sentiu que poderia continuar em frente.

    O que está havendo? perguntou-se sem entender.

    Apesar de não saber a causa, sentiu-se mais animado.

    “Continuem em frente, estamos quase lá!” gritou com a voz alta, tentando animar os outros.

    Pouco atrás, ao vê-lo se recompondo, Fernando sorriu levemente. Ele havia discretamente usado uma Magia de Cura leve nele, não havia sido uma cura completa, mas apenas o suficiente para poder continuar correndo.

    Então diminuiu ainda mais sua velocidade, deixando Lenny e Leo passarem à sua frente, assim como a maioria dos Soldados. Muitos não entenderam o que o Tenente estava fazendo, mas estavam cansados demais para se preocuparem com isso.

    Fernando logo estava no fim do grupo, observando dois Soldados numa velocidade tão lenta que estavam sendo deixados para trás, suspirou consigo mesmo. Então aproximou-se de um deles.

    “Continue correndo.” disse brevemente a um dos homens, tocando em suas costas.

    Merda, quem é? pensou, seu corpo estava tão cansado que nem tinha mais consciência de seus arredores.

    “E-eu…” O homem balbuciou, sem conseguir falar direito, porém ficou chocado ao olhar para o lado e perceber que era Fernando. “S-sim senhor!” De repente, suas forças pareciam retornar, quando colocou mais esforço em suas pernas, tentando correr mais rápido. De alguma forma ele sentiu que estava conseguindo!

    Logo o jovem Tenente fez isso com todos os retardatários que estavam ficando muito para trás. Ele havia dito que expulsaria aqueles que não concluíssem as vinte voltas. No entanto, isso era mais que um treino de resistência, mas também um teste de determinação.

    No início, Fernando havia proibido expressamente o uso de Poções de Cura. Todos os homens deveriam aguentar a dor e sofrimento do treino, assim como as palavras de zombaria das pessoas por onde eles passavam. Se os Soldados pudessem tolerar isso sem desistir, então suas mentes se tornariam muito mais fortes e resolutas.

    Contanto que a pessoa se mantivesse tentando seguir em frente, ele a ajudaria com uma Magia de Cura discreta, garantindo que ela não ficasse para trás. Então seria quase impossível alguém ser expulso apenas por falta de aptidão física, se ocorresse, seria apenas porque o mesmo desistiu por conta própria!

    Lerona, que apesar de estar mais a frente, manteve seu olhar sobre o jovem Tenente, tinha uma expressão complicada. Mesmo que ele tentasse fazer isso de forma discreta e nenhum dos outros tivesse notado nada de suspeito, suas ações não poderiam passar despercebidas por uma Capitã como ela.

    Mais cedo ela havia visto o rapaz torturar e matar dois prisioneiros sem um pingo de hesitação, mas agora estava ajudando suas tropas sem que elas soubessem. A mulher não conseguia entender que tipo de pessoa o rapaz realmente era. Alguém genuinamente bom, ou mau?

    Parece que ele pode usar Magia de Cura, mas por que não usa em si mesmo? Será que só há mana suficiente para curar seus subordinados? Nesse caso, qual seria exatamente a sua Compatibilidade? A Capitã ponderou, ao vê-lo chegando ao seu limite em vários momentos.

    Lerona já havia o visto usando Magia de Fogo e Levitação mais cedo e agora com o fato dele estar usando uma Habilidade de Incremento, Regeneração e a Cura em seus subordinados a fez perceber que enquanto ele esteve sob seu olhar, não bebeu uma única Poção de Mana desde o início, fazendo-a ficar intrigada.

    Em pouco tempo o grupo já havia dado sua décima quinta volta, então quando estavam próximos de chegarem ao portão de entrada do prédio do Batalhão Zero, viram uma multidão nas ruas, bloqueando o caminho.

    “O que está acontecendo?” Lance perguntou, franzindo o cenho, enquanto diminuía seus passos. Esse monte de gente estava atrapalhando seu percurso! Contudo, quando se aproximaram mais, finalmente puderam ver o que estavam fazendo.

    “São tão lindos!” Uma mulher exclamou, impressionada.

    “Eu preciso de um desses, onde eu posso comprar?”

    “Não acredito, até mesmo esse tipo de criatura pode ser domada?” Um velho Soldado falou, sem acreditar.

    Não muito longe, enfileirados em frente aos portões, um enorme grupo de Lobos Prateados, com pessoas os montando, estava parado. A frente deles, estava uma mulher, em sua armadura negra extremamente justa.

    Quando Fernando, que estava mais atrás, viu isso, sua expressão mudou.

    Finalmente chegaram!

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