Índice de Capítulo

    Tradução: Nimsay


    Finalmente, o trabalho diário de Qlqr1 chegou ao fim.

    Sentado em um banco, imediatamente murmurei para mim mesmo.

    ‘Solicitação para visualização do registro do vigésimo quinto andar.’

    > Han (★★★) solicita visualização do registro.

    Andar – 25º

    [Dicas¹: Arraste e solte a pedra de reprodução na caixa do herói! Você pode mostrar os vídeos principais do andar desejado. Os heróis utilizam a experiência que ganham em estratégias. Tenha isso em mente!]

    [Dicas²: As pedras de reprodução podem ser obtidas com baixa probabilidade na Mina Ysralta de baixo nível. Se o herói tiver habilidades de coleta, a probabilidade aumenta.]

    A janela de solicitação apareceu.

    Após cerca de um minuto de silêncio, Qlqr1 começou a operar

    Você quer usar a pedra de reprodução em Han (★★★)?

    Andar – 25º

    Pedras de reprodução restantes – 7

    [Sim / Não]

    Ela me ouviu.

    Eu sorri e me levantei da cadeira, indo em direção à fenda no espaço-tempo no primeiro andar.

    Desci rapidamente as escadas. Na frente da praça do primeiro andar, o portão que levava à fenda estava aberto. Sem hesitar, entrei.

    Bum.

    O portão se fechou.

    Eu estava no centro da fenda.

    Os três espelhos que simbolizavam a masmorra principal, a masmorra diária e a masmorra de exploração desapareceram na escuridão. Desta vez, não foram luzes, mas sombras que preencheram este lugar. Sombras vazaram das rachaduras nas paredes, envolvendo meus pés.

    > Han (★★★) começa a visualizar o registro!

    A escuridão cobriu minha visão por um momento.

    E quando abri meus olhos novamente, uma luz dourada cobriu a vista.

    ‘…Isso é um deserto?’

    A areia ricamente colorida formava inúmeras dunas, estendendo-se além do horizonte. O vento, carregando areia, desceu das colinas.

    Eu olhei para cima.

    O sol estava brilhando intensamente, fazendo a atmosfera brilhar. A temperatura provavelmente deve ser mais de trinta e cinco graus Celsius, devido ao calor excessivo.

    ‘Mas isso não está me afetando.’

    Eu ri e continuei andando.

    Como esperado, o ambiente aqui não teve efeito sobre mim. A luz solar escaldante e a violenta tempestade de areia eram apenas decorações. O vento e o sol pareciam me evitar, como se uma barreira protetora me cercasse.

    ‘Eu deveria me preparar para o vigésimo sexto andar.’

    Continuei andando, revisando os itens necessários para a exploração do deserto.

    Embora o deserto fosse vasto, o destino estava claro.

    Apenas a cinquenta metros à frente, perto do oásis, situava-se uma aldeia. Penhascos de ambos os lados emolduravam-no.

    Ignorei os dois guardas que protegiam a entrada da aldeia e passei por eles.

    Eles nem sequer olharam em minha direção. Seria mais correto dizer que eu não existia na visão deles.

    Entrei na aldeia.

    A partir do oásis azul no centro da vila, edifícios brancos se espalhavam irregularmente. Os pedestres se cobriam com grossos panos brancos, caminhando pelas ruas de tijolos.

    ‘Qual é o tipo de missão?’

    Pensei enquanto caminhava pela estrada.

    O cenário é um deserto. É claro que esta área da aldeia é o palco da missão. Kishasha e o terceiro grupo entraram nesta vila e passaram pelo vigésimo quinto andar. Porém, o tipo de missão ainda não havia sido revelado.

    ‘Vou descobrir depois de dar uma olhada.’

    Fui em direção ao oásis.

    No entanto, ao fazer isso, de repente olhei para trás.

    Tap, tap, tap.

    Alguém estava correndo pela rua.

    ‘…?’

    Observei aquela pessoa de perto.

    Envolta em pano da cabeça aos pés, não havia como ver a parte inferior do corpo, a parte superior ou mesmo o rosto. O cabelo dessa pessoa não estava à vista, levantando a pergunta se ele estava preso ou não. Apenas seus olhos dourados eram visíveis.

    ‘Adivinhando pelo formato de seu corpo, é uma mulher.’

    Eu a segui rapidamente por um motivo simples.

    — Peguem aquela maldita!

    — Chame os outros! Bloqueiem a entrada e não deixem nem uma formiga escapar!

    Seis ou sete guardas atrás dela a perseguiam com armas nas mãos. Suas expressões eram determinadas.

    — Olhe o pôster de procurado. Tem certeza de que é ela? — O homem de meia idade liderando o ataque falou.

    O menino atrás dele tirou um pedaço de papel.

    — Uh, bem… Cabelo prateado, olhos dourados. Fala como uma nobre refinada. Tem uma verruga abaixo do pescoço… Você não percebe olhando para ela? Ela se destaca!

    — Isso é verdade. Vamos esmagar essa vadia!

    — Ei! Você é a bruxa que conspirou com o demônio!

    Os guardas a encheram de insultos.

    Sob o pano que cobria o nariz, os lábios rosados ​​da mulher tremeram.

    Hooooo!

    Em algum lugar, uma forte rajada de vento soprou.

    Por um breve momento, os passos da fugitiva e dos perseguidores pararam. O pano flutuou no ar, carregado pelo vento.

    ‘Já faz algum tempo.’

    Eu murmurei para mim mesmo.

    Priasis Al Ragna, a personagem principal do décimo quinto andar estava aqui.

    ‘Não posso mais chamá-la de criança.’

    A pequena figura que mal chegava ao meu peito havia ficado mais alta, agora alcançando meus ombros.

    Seu corpo parecido com um tronco havia emagrecido. Seu cabelo prateado, antes esvoaçante, agora estava cortado curto, alcançando o pescoço. Seus olhos dourados brilharam intensamente. A criança imprudente e inquieta de não muito tempo atrás se transformou em uma senhora equilibrada.

    — Com certeza é ela. Priasis Al Ragna! A traidora do Império!

    — Certo, tiramos a sorte grande!

    Os guardas cercaram Priasis, espalhando-se por ambos os lados.

    Priasis, olhando para eles, disse: — Vocês podem me deixar ir?

    —  Ah? O que está dizendo? Por que deveríamos deixar você ir?

    — Tem algo que preciso encontrar. Eu não vou machucar vocês.

    — Você não causou danos suficientes? Meu filho ficou doente por sua causa. Ele está morrendo em casa agora. Isso não é suficiente? E não foi você quem fez os monstros enlouquecerem de repente?

    — O que eu fiz…

    — Cale-se! — O guarda na frente interrompeu.

    Priasis tinha uma expressão amarga e se virou. Seus passos aceleraram. Ela estava tentando escapar antes que completassem o cerco.

    — Devo atirar uma flecha?

    — Somos pagos apenas para trazer o cadáver dela de volta. Vão com tudo!

    Três guardas puxaram simultaneamente suas bestas.

    As flechas já estavam carregadas. Os escopos foram direcionados para Priasis. Bastaria puxar o gatilho e seu corpo frágil se tornaria uma almofada de alfinetes.

    ‘Já era hora delas aparecerem.’

    Encostei-me na parede do prédio.

    Bam!

    Três flechas foram disparadas em direção a Priasis.

    【25º Andar】

    Tipo de Missão – Fuga.

    Objetivo – Fujam do local designado!

    Objetivo Especial – Protejam o NPC Priasis Al Ragna.

    Houve um forte clarão.

    O espaço próximo a Priasis foi distorcido e sombras surgiram.

    As sombras afastaram as três flechas com um aceno de suas mão e imediatamente atacaram os besteiros.

    — O que é aquilo…?

    As palavras do besteiro ficaram inacabadas. Suas cabeças foram esmagadas sem deixar vestígios.

    — Cheira a humanos sujos. Bastante.

    Lacari riu e afastou as mãos.

    Sangue fino e vermelho brilhante respingou nos tijolos. Lacari sorriu, exibindo suas garras de quase trinta centímetros de comprimento.

    — Irmã, posso matar todos os humanos aqui?

    — Deixem apenas um vivo.

    Kishasha apareceu em seguida, perguntando: — Você conhece Priasis Al, qual é o nome dela?

    — Hum… Sou eu…

    Kishasha não ouviu a resposta.

    — Esta aqui deve ser poupada. Ela é o alvo da nossa missão.

    — Que pena, mas não podemos fazer nada em relação aos outros.

    — Quem são vocês?

    — Mate o resto.

    — Esta mulher é uma criminosa mais procurada de todo o Império. Se você se atreve a lutar contra nós… O que…?

    A voz do menino vacilou tristemente.

    Seu corpo, com um grande buraco no peito, desabou em pedaços. Lacari, que matou o menino em um instante, despedaçou a cabeça do homem que estava ao seu lado em ambos os lados. O sangue jorrou como uma fonte.

    — D-Droga… De onde vieram essas coisas?

    Os guardas perplexos apertaram ainda mais as armas.

    — Ouça-nos! Não pretendemos lutar contra você. Estamos aqui para capturar aquela bruxa…

    — É por isso que os humanos são irritantes. Qual é o sentido de ouvir coisas que vamos matar?

    Sem perguntas, sem hesitação.

    Kishasha, Lacari e outras três Terians puxaram suas garras e massacraram os guardas ao redor.

    ‘Táticas eficazes.’

    Se tivessem tido um pouco de tempo, os guardas teriam preparado um contra-ataque. Mas elas não lhes deram essa chance. Elas avaliaram a situação assim que chegaram.

    Deixei escapar uma risada amarga.

    Elas mataram todos assim que apareceram.

    Nove corpos sem cabeça se espalharam em um instante.

    O último homem de meia-idade restante sentou-se no chão. A bainha da calça ficou amarela.

    — Suas malditas malucas… — O homem murmurou com uma voz desamparada.

    No momento seguinte, o homem perdeu o pescoço.

    Kishasha retirou as garras e olhou para Priasis.

    — Fêmea humana. Me siga.

    — Quem é você…? Você é uma teriantropo? Como os Terians, que vivem apenas na região tropical, estão aqui?

    Kishasha ignorou a pergunta de Priasis e desviou o olhar.

    — Nishazu. Você ouve aquele som estranho? Posso sentir o cheiro de sangue. Descubra o que está acontecendo.

    — Sim irmã.

    Nishazu saltou alto.

    A distância do salto foi de cerca de dois metros. Nishazu saltou para o telhado depois de pular novamente da tenda. 

    Kishasha olhou para o ar vazio e murmurou.

    — O tipo de missão é fuga. Fujam do local designado. Com esta NPC?

    — Vocês…!

    Priasis deu um passo à frente.

    Sua voz tornou-se visivelmente mais refinada.

    — Vocês são os heróis daquela época? Você me salvou!

    — Do que está falando?

    — Ela é uma humana barulhenta. Talvez ela se acalme se eu arrancar um dos braços dela?

    A pele de Priasis ficou pálida.

    Mas ela cerrou os lábios, recusando-se a ceder, e continuou.

    — Por acaso, no seu grupo, existe um homem chamado Han? Vou descrevê-lo para você. Cabelo preto, olhos pretos. Ele é uma cabeça mais alto que eu, empunha uma espada e um escudo e fala rispidamente.

    — Que absurdo…

    — O guerreiro humano. — Kishasha interrompeu. — Um humano de cabelos negros que empunha uma espada e um escudo. Han. Você está se referindo àquele guerreiro?

    — Você o conhece! Estou procurando notícias desse homem. Se você veio do mesmo lugar, Han…

    — Ele costumava estar por perto. Mas não mais.

    O rosto de Priasis endureceu.

    —  Do que você está falando? Ele poderia…?

    — Ouvi dizer que ele foi para um lugar estranho chamado Nifll… Como era mesmo?! De qualquer forma, ele pode estar morto, sabe?

    — Não, isso…

    ‘Por que você está me tratando como uma pessoa morta?’

    Fiquei pasmo com essa conversa.

    Da perspectiva de Kishasha, aquele humano nunca existiu, então não era irracional para ela falar assim.

    — De qualquer forma, estamos ocupadas por causa da missão. Se possível, fique fora do nosso caminho e siga-nos em silêncio. Aqueles imbecis estarão aqui em breve — Kishasha disse, olhando para o outro lado da rua.

    Eu também movi meu olhar nessa direção. Os pedestres que iam e vinham estavam escondidos. O sangue derramado aqui foi um dos motivos, mas parecia ter algo mais.

    — Irmã!

    Uma Terian saltou do terceiro andar de um prédio com uma aterrissagem leve. Era Nishazu.

    — Monstros estão vindo de fora da aldeia. Parece que eles vão avançar em breve.

    — Então é por isso que estava calmo, apesar de termos causado tanto caos.

    Kishasha bateu levemente nos restos mortais de um guarda que havia perdido braços e pernas.

    De fato. Comparados ao tamanho da aldeia, os números eram muito poucos. Outros soldados provavelmente não poderiam vir aqui devido a outros problemas.

    Eu escutei com atenção.

    Em algum lugar distante, gritos e sons estridentes se misturavam duramente. Foi um barulho único em meio à intensa batalha.

    Povo Lagarto1 Nv.21】x 355

    Soldado Humano Nv.18】x 103


    > Um relacionamento hostil foi estabelecido! < 

    Povo Lagarto vs. Soldado Humano

    [Dicas: Às vezes, em missões, os inimigos se enfrentam. Tente aproveitar isso para superar a missão!]

    — Por enquanto, vamos sair daqui.

    Kishasha saltou para o outro lado.

    — Humph, que irônico da parte de vocês, humanos sujos.

    Lacari olhou brevemente para o rosto de Priasis e falou como se estivesse vomitando, depois seguiu Kishasha.

    — Venha conosco, humana.

    — …Eu ainda não tenho certeza.

    — Do que você está falando?

    — Esqueça. Basta nos seguir.

    Priasis levantou a cabeça e olhou diretamente em minha direção.

    Nossos olhos se encontraram.

    ‘Hum.’

    Limpei a garganta levemente, mas parece que Priasis não ouviu.

    Logo, ela desapareceu junto com o grupo três.


    1. Nome pode ser modificado no decorrer da tradução.
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    Nota