Capítulo 15: Estabelecendo as Bases (3) (Parte 2)

— Podemos finalmente dizer adeus às eternas batatas assadas?

— Como há um refeitório, as coisas podem melhorar.

Não mudará drasticamente, mas será melhor do que está.

— Sim!

Jenna pulou de excitação. Aaron também parecia estar de bom humor.

O que acabou de acontecer poderia ser considerado uma recompensa pela vitória. Eles provavelmente se beneficiarão muito com isso.

— Se lutarmos mais, poderemos comer pratos caros também?

— Desde que não pareça inútil para o Mestre.

— Vou me contentar com um bife de cordeiro!

— E eu com um peru, irmão mais velho!

Ambos os rostos se iluminaram.

Por outro lado, permaneci calmo e composto. Vendo-me sem expressão, eles começaram a observar sutilmente minhas reações.

— Tem alguma má notícia? — Aaron falou.

— Lembram que eu disse que se alguém parecer inútil, ele será descartado? — eles acenaram com a cabeça — Não se esqueçam disso. Isso é tudo.

— Vou manter isso em mente, irmão mais velho!

— Vou trabalhar mais duro também!

‘Parece que heróis de três estrelas começarão a aparecer em breve.’

Talvez até quatro estrelas ou cinco estrelas.

Atualmente, somos responsáveis pelo principal grupo estratégico nesta sala de espera, mas isso só porque não há gente suficiente e isso pode mudar a qualquer momento dependendo das circunstâncias.

Eu olhei para o portão da Estação de Invocação.

O portão estava sempre pronto para ser aberto.

Mesmo agora.

E como eu suspeitava, ele começou a abrir.

Jenna, que notou o portão aberto, levantou a voz.

— A estação de invocação abriu, irmãozão?

— Parece que deixamos de ser os únicos aqui. Agora é hora de receber os convidados.

Ainda não é uma convocação paga.

Foi uma convocação comum usando ouro.

Depois de um tempo, homens e mulheres entraram na praça.

Depois de ver esse fenômeno acontecer mais de duas vezes, não parecia mais estranho.

Eles nos notaram enquanto vagavam pela esquina da praça. Um homem de cabeça raspada se aproximou de nós.

— Q-quem é você? Você nos trouxe aqui?

Ele tinha uma expressão ansiosa e sua voz estava tremendo.

As reações eram as mesmas.

— Não somos nós. A pessoa chamada Mestre convocou você — Jenna disse com uma voz amarga.

— Mestre? Quem é essa pessoa? Um mago?

— Algo parecido.

— E quem é você? Por que viemos aqui? Envie-nos de volta imediatamente…

— Por favor, acalme-se.

Esfreguei minhas têmporas.

Já ouvi a mesma coisa tantas vezes que está me dando dor de cabeça.

— Ei, por que você está agindo como se estivéssemos incomodando você? Diga-nos quem nos trouxe aqui!

— Não tenho intenção de explicar isso para você no momento. Você não acreditaria de qualquer maneira. Descubra as coisas sozinho. Quando você voltar a si mais tarde, poderá me encontrar.

— Do que você está falando! Quem é você…

— Eu disse, fique quieto.

Desembainhei ligeiramente a lâmina da bainha. O rosto do homem endureceu ao ver isso.

Eles estavam desarmados, enquanto nós estávamos armados com espada, escudo, arco e lança. O homem não conseguiu pronunciar uma palavra e se virou.

Não sou uma figura compassiva como Jesus ou Buda, e não tenho energia para explicar as coisas uma por uma.

— Irmão mais velho…

Aaron parecia um pouco perturbado olhando para mim.

— Por que você não tenta persuadi-los? Diga a eles que eles precisam lutar contra monstros para sobreviver? Você acha que eles vão acreditar em você?

Eles terão que experimentar isso em primeira mão.

Somente quando enfrentarem a realidade que inevitavelmente perceberão isso, mesmo que não gostem.

[Bem-vindos à torre, frangotes!]

Isel apareceu e esticou o peito. Parecia que ela estava tentando impor uma sensação de intimidação.

Foi divertido para mim, mas não para eles.

— Quem é você?

[Fique quieto e ouça com atenção. Se você continuar vagando e murmurando, você vai se arrepender.]

A multidão ficou em silêncio.

Isel pareceu satisfeita, levantou a cabeça e falou.

[Algum de vocês era carpinteiro?]

Um jovem de aparência comum levantou a mão.

[Você, vá para lá.]

O jovem moveu-se silenciosamente para a esquerda.

[Em seguida, alguém que era ferreiro?]

Desta vez, ninguém levantou a mão.

Isel lambeu levemente os lábios e falou pela última vez.

[Alguém que era cozinheiro?]

— E-eu sei cozinhar!

O homem de meia idade que falou conosco levantou a mão.

[Então você vai também.]

O homem revirou os olhos e caminhou até onde o carpinteiro estava.

— O que ela está fazendo? — Jenna perguntou.

— Dividindo funções. Um refeitório precisa de um cozinheiro e uma marcenaria precisa de um marceneiro, se uma instalação for criada, será necessário o pessoal adequado.

Não pude deixar de lembrar do homem de meia-idade, Ryle, que foi convocado durante as primeiras dez invocações consecutivas. Dizia-se que ele era o chefe de uma oficina de carpintaria. Se tivesse sido convocado desta vez, poderia ter sido designado para a Marcenaria.

Na situação atual, é como decidir a sua ocupação militar antes de se alistar.

Se você tem talento para cozinhar, se torna cozinheiro. Se você tem talento para dirigir, se torna motorista. Da mesma forma, Isel, que recebeu ordens do Mestre devido às instalações recém-criadas, está atribuindo classificações profissionais.

— Haha, que bastardo sortudo.

Olhei para o jovem que observava silenciosamente o ambiente e falei.

Com a saída do carpinteiro e do cozinheiro, restavam um total de oito indivíduos.

[Abra, Fenda no Espaço-Tempo!]

Isel disse animadamente.

Se você não tem nenhum talento especial, terá que se esforçar.