Índice de Capítulo


    Embora parecessem ilesos, Aaron e Jenna estavam chegando ao limite.

    Não só faltava oxigênio, mas o ambiente era um inferno escaldante. Embora a habilidade tenha melhorado nossa resistência ao fogo, ela não concedeu imunidade completa. Para piorar a situação, a chuva dificultou nossos movimentos.

    — Agora, é hora do nível dois.

    Eolka assentiu com a pele pálida.

    A primeira poção de mana estava quase vazia. 1

    Quando arranquei o braço de um goblin empunhando uma espada, gritei: — Jenna, Aaron! Quando Eolka lançar o feitiço desta vez, iremos direto para o rio. Não parem, continuem correndo!

    — Sim!

    Esvaziando a poção de mana de um só gole, Eolka começou o encantamento.

    Agarrei com força o frasco de vidro vazio da poção e joguei-o no rosto do goblin que estava diante de mim.

    — Kaaii!

    O goblin agarrou seu rosto, gritando de dor, e eu rapidamente o puxei em minha direção, colocando-o bem na frente de Eolka.

    Zing, zing, zing, zing!

    O goblin se tornou um escudo, absorvendo a implacável revoada de flechas, vindas das bestas, antes de desabar.

    ‘Quarenta segundos.’

    — Abaixem-se!

    — Sim!

    【Scintillae!】

    As chamas, que antes permaneciam ao redor de Eolka, dispararam em linha reta.

    Caí rapidamente no chão, sentindo o gosto de sangue quando a lama amarga entrou em minha boca.

    【Ardeat!】

    Tum- Kwaaa- kwann.

    Inúmeras gotas de chuva caíram em uníssono, como se cada uma carregasse a força de um punho. O impacto me envolveu da cabeça aos pés, enquanto os gritos agonizantes do goblin ecoavam em meio ao caos.

    Levantei-me e cuspi a lama, sentindo Eolka cambalear de exaustão.

    Embainhando minha espada e prendendo o escudo nas costas, levantei Eolka com as duas mãos, apoiando-a.

    — Isso…

    — Não diga uma palavra.

    Eolka assentiu lentamente e depois confiou seu corpo a mim.

    — Jenna, Aaron, ao meu lado. Vamos correr em direção ao rio!

    — Sim!

    Acompanhados pelos outros dois, passamos correndo pelos corpos sem vida dos goblins.

    Enquanto segurava Eolka, não conseguia empunhar uma arma. Jenna e Aaron correram na frente, uma atirando flechas e o outro empurrando a lança em ambos os lados.

    O som do rio caudaloso ficou mais próximo.

    A horda de goblins estava recuando lentamente.

    Embora nos olhassem à distância, mostrando os dentes e tentando nos intimidar, eles não nos perseguiram implacavelmente. Seu foco mudou para avançar ainda mais para a muralha norte da cidade.

    — Conseguimos passar.

    — Ufa, isso foi por pouco. Achei que estávamos acabados!

    De um lado do rio, erguia-se uma árvore majestosa, que proporcionava refúgio da chuva.

    Jenna e Aaron procuraram abrigo sob a sombra e sentaram-se.

    Gentilmente coloquei Eolka no chão, embora seu olhar permanecesse penetrante.

    — Eu gostaria que você pudesse ser mais gentil.

    — Desculpe, as circunstâncias não me permitem isso.

    Eu ri.

    — Reservem um momento para descansar. Apliquem a poção de cura nas queimaduras e tomem um gole. Lembrem-se, só temos uma, então não usem tudo de uma vez.

    — Entendido. Uau, isso é bastante potente.

    Jenna franziu as sobrancelhas enquanto engolia a poção e a aplicava levemente em sua pele marrom exposta. Aaron fez o mesmo e, depois de tomar um gole, apliquei nas minhas marcas de queimadura. Uma sensação de formigamento percorreu todo o meu corpo.

    Saí da árvore e tentei observar o que se passava ao norte da cidade.

    Embora estivesse distante, forcei meus olhos para vislumbrar a situação em andamento.

    Dezenas de escadas se agarravam às muralhas da cidade, transportando goblins para cima. Flechas e virotes cruzavam-se entre os níveis superior e inferior da muralha e, à medida que a maioria dos goblins chegava ao topo, eles imediatamente despencavam para a morte. As defesas externas ainda não haviam sido violadas. Parecia que o grupo de Edis estava lutando bem.

    E então havia o rio, a razão pela qual viemos aqui.

    A chuva caiu implacavelmente, fazendo com que o rio subisse com força. Uma barragem substancial atravessava o rio, posicionada entre a montante e a jusante. Embora sua construção em pedra não exalasse um ar de robustez, parecia capaz de aguentar por enquanto. Além do rio estendia-se uma extensa floresta.

    No sétimo andar, quando verificamos este local, a barragem estava em ruínas.

    Não foi um colapso natural. Havia sinais reveladores de algo que a quebrou a força, como tijolos espalhados e pilhas de terra reviradas. Sugerindo que os goblins, antecipando a chegada de reforços, a demoliram deliberadamente.

    ‘Isso é muito estranho.’

    Tanto a cidade do quinto andar, quanto a barragem do sétimo andar, estavam em deplorável estado de degradação.

    Esses pequenos goblins não têm meios ou força para destruir completamente as muralhas e edifícios da cidade. Na melhor das hipóteses, conseguiram montar torres de cerco para escalar as muralhas.

    Então, como fizeram aquilo?

    — Irmãozão, o que você está fazendo aí? Você ficará encharcado. Venha para cá.

    — …Hum.

    — Qual é o problema?

    — Todos, saiam. Nossos convidados chegarão em breve.

    Consegui escutar passos ecoando.

    — Eu queria descansar um pouco mais — Jenna reclamou ao sair da árvore.

    Aaron fez o mesmo, e Eolka, recuperando o fôlego, bebeu cerca de um terço de sua última poção de mana e ficou ao meu lado.

    — Vamos esperar até que os reforços cheguem. Eles tentarão demolir a barragem. Devemos detê-los a todo custo.

    — Sim.

    Em meio à chuva que caía, o inimigo se revelou.

    Ao contrário do grupo anterior de goblins que encontramos, esses caras estavam de olho na represa. Eu os verifiquei através da cortina de gotas de chuva.

    Goblin Nv. 9】x 19

    Eles estavam armados e preparados, como forças especiais de elite.

    Vestindo armaduras de ferro e empunhando armas, alguns até brandiam picaretas e martelos, buscando pontos fracos para romper.

    E não estavam sozinhos.

    Bam, bam, bam!

    Cada passo enviava tremores que reverberavam pelo solo.

    Com aproximadamente três metros e cinquenta centímetros de altura, eles faziam os goblins ao lado parecerem pequenos ratos.

    Seus corpos musculosos ondulavam sob a pele verde-clara. Vestidos com armaduras resistentes que protegiam suas áreas vulneráveis, eles carregavam martelos de ferro colossais na mão direita.

    ‘Tive a sensação de que teriam um desses miseráveis.’

    A criatura soltou um rugido retumbante.

    — GUUUARGH!

    Ogro Nv. 23】


    1. EU SABIA. Eram as duas poções naquele momento, mas deixei uma porque não mencionaram a quantidade. Já modifiquei os capítulos anteriores.[]
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