Capítulo 62: Tipo de Missão: Escolta (6) (Parte 2)

Acionei o interruptor em minha mente e ativei a habilidade ‘Frenesi’.

As veias do braço que segurava a espada destacavam-se vividamente.

Avancei, balançando a espada com força.

Clang!

A placa de aço foi profundamente amassada.

O cavaleiro vacilou por um momento, depois conseguiu bloquear o segundo golpe direcionado ao pescoço. Mas ele não conseguiu bloquear o terceiro golpe direcionado à coxa. O punho da espada tinha um forte mecanismo anti-recuo.

Era a potência de quarenta pontos de força.

Não consegui penetrar na placa de aço, mas poderia quebrá-la.

Clang! Clang! Clang!

Cada golpe da minha espada fazia com que a armadura se deformasse. Mirei no espaço entre as placas que ficaram expostas durante cada um de seus movimentos, mas o cavaleiro defendeu desesperadamente cada ponto. Mesmo assim, não demoraria mais de dez minutos para derrubá-lo.

‘Inacreditável.’

‘Eu não tenho nem dez minutos!?’

A abertura na viseira do cavaleiro traçava uma linha que lembrava um sorriso.

O cavaleiro não atacaria, pois temia contra-atacar. Ele estava estacionado na entrada, bloqueando apenas ataques fatais.

— Garota, corra! — Gritei bem alto, sem se preocupar que alguém mais ouvisse.

Priasis saiu cambaleando para a rua. E então começou a correr.

Clang!

O choque de espadas soou.

Eu gritei ferozmente: — Não importa o que aconteça, não se preocupe comigo. Saía pelo portão. Corra ao longo do caminho!

Priasis correu desesperadamente.

O cavaleiro permaneceu firme no meio do portão. Ele não se moveria por mim, mas sim por Priasis. Ele a atacaria sem hesitação.

— Vai te lascar, porra!

Usei toda a minha força para afastar o cavaleiro.

O cavaleiro ergueu sua espada para bloquear, mas seu corpo foi empurrado para trás. Nessa abertura, Priasis avançou.

Swish!

Com o som do ar sendo cortado por algo, a espada grande balançou. Eu rapidamente torci meu corpo. Minha postura estava instável, mas consegui bloqueá-la de alguma forma. Um impacto poderoso sacudiu todo o meu corpo.

Acima do portão, uma sombra projetada do teto projetava uma linha violeta em direção a Príase, que passava pela passagem. Era um assassino.

Não havia espaço para bloquear com uma espada. Virei meu corpo e peguei a adaga com meu ombro esquerdo.

Finalmente, o cavaleiro brandiu sua espada contra mim.

Não conseguia sentir o braço esquerdo, onde a adaga havia ficado presa e fui atingido completamente pela espada larga. Meu corpo, incapaz de suportar o peso, bateu na parede da passagem.

— Han!

— Se você parar, você morrerá pelas minhas mãos!

Priasis. que havia parado brevemente e virou-se para olhar para mim, assentiu levemente e voltou a correr.

Inspecionei meu ombro esquerdo. Um líquido violeta escorria da adaga semienterrada. Eu deslizei a lâmina da minha espada no corte e, quando me levantei, balancei a espada no ar. O líquido venenoso na espada espirrou na viseira do cavaleiro.

O cavaleiro apertou o rosto.

— Isso entrou em seus olhos? — ri fracamente.

Olhei em volta e havia uma besta prestes a ser disparada.

O alvo na mira era óbvio. Era Priasis, que estava escapando pelo portão. Mas o assassino estava longe demais para eu alcançá-lo.

Peguei uma pedra do chão e atirei.

Zing!

No meio do voo, a pedra colidiu com a flecha que desviou do curso. O assassino olhou para mim incrédulo.

— O que você está olhando, arrombado!

Retirei a adaga alojada em meu ombro esquerdo e joguei-a.

A adaga mergulhou no capuz do assassino, que desabou imediatamente.

Gradualmente, a figura de Priasis desapareceu além do portão.

— …Uhhh.

Eu olhei para baixo.

O cavaleiro segurava a cabeça, contorcendo-se como se sentisse dor.

Ele parecia querer remover o capacete, mas seus braços apenas se contraíam fracamente fora do capacete. Peguei a espada larga que estava ao lado do cavaleiro apenas com uma mão.

Com todas as minhas forças, balancei a espada na cabeça do cavaleiro.

Bam!

Uma seção do capacete amassou profundamente e um fluido preto respingou pela abertura.

O cavaleiro parou de se mover como um inseto morto.

Depois de confirmar as mortes do cavaleiro e do assassino, desabei ao encostar-me na parede.

O sangue fluía do longo corte em meu corpo. Eu bloqueei a espada grande, mas minha postura não foi boa e me machuquei.

‘O veneno está se espalhando rapidamente.’

Deixei escapar uma tosse.

O sangue que cuspi estava tingido de roxo.

Deslizei contra a parede, sentindo como se estivesse escapando.

— Que situação de merda…

Quinto andar, décimo andar, décimo quinto andar.

Cada missão levou meu corpo ao limite.

‘Estou cansado…’

Fechei os olhos.

Meu trabalho estava feito. O resto dependia do grupo conseguir resistir até que o alvo chegasse ao seu destino. Considerando as condições deles, Aaron estava perto da morte, Edis e Jenna estavam feridas e Eolka não podia usar magia.

Um tempo depois, uma mensagem apareceu na escuridão.

‘Alguém morreu?’

Não, nós cinco subimos de nível.

Esbocei levemente um sorriso.